Uma
lucrativa estratégia de distracção?!
Está em curso uma bem orquestrada campanha para fazer do ébola o inimigo
público número um da humanidade, criando toda uma visão apocalíptica em
torno das consequências por ele provocadas.
Será, no entanto, que
um vírus – é certo que altamente mortífero – como o ébola se pode transformar
numa pandemia à escala mundial? O facto de vários cientistas e grande parte da
comunidade médica se pronunciarem contra este embuste, remete-nos para outra
explicação sobre os porquês deste frenesim
mediático em torno do seu efeito devastador.
Segundo relatos da
imprensa o catastrófico surto de ébola terá provocado a morte a
pouco mais de quatro mil indivíduos. Certamente que se lamentarão estas mortes,
tanto mais quanto elas ocorrem, sobretudo, entre populações privadas de
qualquer tipo de sistema de saúde, com condições de vida abaixo do limiar da
pobreza, uma alimentação deficiente ou inexistente, sem acesso a água potável,
tudo fruto de uma herança colonial ou, pior do que isso, uma tutela neo-colonial
a que os países onde mais casos se registaram estão ainda sujeitos.
Esta paranóia pelos
efeitos de um vírus cujo surto epidémico,
se e quando ocorrer, se consegue resolver e ultrapassar adoptando medidas
básicas como higiene, boa nutrição e vitaminas C e D nas doses e pelo tempo
adequados e criando as infra-estruturas médicas que facultem aos doentes
infectados os cuidados médicos de base não se transmite por via aérea, não
existindo qualquer razão para recear que este se possa transformar numa
pandemia global.
Para além de existirem
vários exemplos de como o pânico pode gerar negócios muito lucrativos – sendo a
pandemia iminente(2005) e a gripe
das aves exemplos paradigmáticos -,
é surpreendente como não registamos a mesma paranóia
mediática internacional que fala de 1299 mortos entre Março e Agosto de
2014 quando, no mesmo período morreram, segundo dados da Organização Mundial de
Saúde (OMS), vítimas de malária (paludismo), cerca de 1,2 milhões de pessoas!
Já se viu que, a ser
aceite a necessidade de campanhas
massivas de vacinação, tal geraria fabulosos lucros para as farmacêuticas. Mas,
para além disso, que melhor do que uma bem orquestrada estratégia de distracção,
assente num autêntico dilúvio de informação
sobre uma questão de saúde que não tem a escala que se lhe pretende atribuir,
para desviar as atenções do povo e de quem trabalha de questões essenciais,
sejam elas nas área das ciências, da economia ou de outras igualmente importantes
para assegurar a qualidade de vida e dignidade a que os povos têm direito?
O método de criar um problema, prevendo uma reacção de medo
por parte das populações, para depois apresentar uma solução, apesar de estafado continua a ser utilizado por aqueles
que se consideram os donos do mundo e
seus serventuários locais.
Com toda esta histeria
mediática pretende-se provocar um curto-circuito na análise racional e pôr
fim ao sentido crítico dos indivíduos, implantando ideias, desejos, medos e temores, compulsões, que os induzam à paralisia, fazendo com que sejam
incapazes de compreender as tecnologias e os métodos utilizados, quer para o
controle destas pandemias, quer contra os métodos que a classe dominante, a
burguesia capitalista, utiliza para assegurar o controle sobre eles,
remetendo-os à condição de escravidão.
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