domingo, 12 de outubro de 2014

Vírus ébola:

Uma lucrativa estratégia de distracção?!

Está em curso uma bem orquestrada campanha para fazer do ébola o inimigo público número um da humanidade, criando toda uma visão apocalíptica em torno das consequências por ele provocadas.
Será, no entanto, que um vírus – é certo que altamente mortífero – como o ébola se pode transformar numa pandemia à escala mundial? O facto de vários cientistas e grande parte da comunidade médica se pronunciarem contra este embuste, remete-nos para outra explicação sobre os porquês deste frenesim mediático em torno do seu efeito devastador.
Segundo relatos da imprensa o catastrófico surto de ébola terá provocado a morte a pouco mais de quatro mil indivíduos. Certamente que se lamentarão estas mortes, tanto mais quanto elas ocorrem, sobretudo, entre populações privadas de qualquer tipo de sistema de saúde, com condições de vida abaixo do limiar da pobreza, uma alimentação deficiente ou inexistente, sem acesso a água potável, tudo fruto de uma herança colonial ou, pior do que isso, uma tutela neo-colonial a que os países onde mais casos se registaram estão ainda sujeitos.
Esta paranóia pelos efeitos de um vírus cujo surto epidémico, se e quando ocorrer, se consegue resolver e ultrapassar adoptando medidas básicas como higiene, boa nutrição e vitaminas C e D nas doses e pelo tempo adequados e criando as infra-estruturas médicas que facultem aos doentes infectados os cuidados médicos de base não se transmite por via aérea, não existindo qualquer razão para recear que este se possa transformar numa pandemia global.
Para além de existirem vários exemplos de como o pânico pode gerar negócios muito lucrativos – sendo a pandemia iminente(2005)  e a gripe das aves  exemplos paradigmáticos -, é surpreendente como não registamos a mesma  paranóia mediática internacional que fala de 1299 mortos entre Março e Agosto de 2014 quando, no mesmo período morreram, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), vítimas de malária (paludismo), cerca de 1,2 milhões de pessoas!
Já se viu que, a ser aceite a necessidade de campanhas massivas de vacinação, tal geraria fabulosos lucros para as farmacêuticas. Mas, para além disso, que melhor do que uma bem orquestrada estratégia de distracção, assente num autêntico dilúvio de informação sobre uma questão de saúde que não tem a escala que se lhe pretende atribuir, para desviar as atenções do povo e de quem trabalha de questões essenciais, sejam elas nas área das ciências, da economia ou de outras igualmente importantes para assegurar a qualidade de vida e dignidade a que os povos têm direito?
O método de criar um problema, prevendo uma reacção de medo por parte das populações, para depois apresentar uma solução, apesar de estafado continua a ser utilizado por aqueles que se consideram os donos do mundo e seus serventuários locais.
Com toda esta histeria mediática pretende-se provocar um curto-circuito na análise racional e pôr fim ao sentido crítico dos indivíduos, implantando ideias, desejos, medos e temores, compulsões, que os induzam à paralisia, fazendo com que sejam incapazes de compreender as tecnologias e os métodos utilizados, quer para o controle destas pandemias, quer contra os métodos que a classe dominante, a burguesia capitalista, utiliza para assegurar o controle sobre eles, remetendo-os à condição de escravidão.





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