Assim como o dinheiro burguês superou o dinheiro senhorial do
antigo regime também o dinheiro operário supera o dinheiro burguês.
O dinheiro para o burguês é o equivalente da espada do nobre
cavaleiro. No antigo regime com a espada é que o rei e a nobreza enriqueciam. O
saque fazia-se com a Guerra. Com a revolução burguesa o saque passou a fazer-se
com a Banca e o enriquecimento com o sobre-produto, equivocamente também
chamado de mais-valia, que a desigualdade da relação assalariada permite obter.
O capital está à cabeça no novo regime que tanta pinha tem
comido na sua progressão e ainda hoje engana muitos daqueles e daquelas que
também defendem como capital o dinheiro para arrematação da força de trabalho
ao invés do produto do trabalho realizado, este, sim, verdadeira origem da
quantificada multiplicação do dinheiro.
Do sobre-produto o burguês faz o seu ponto de honra e quando lho
põem em causa recorre à intimidação e à guerra.
A massa operária, pelo contrário, é no produto que tem a
sobrevivência, e daí a superioridade histórica do operário sobre o burguês.
A proliferação das bestas feras com cara de anjos tais como
Netanyahu, Putin, Biden, Trump, Macron, Zelensky e demais confrades e seus
ajudantes nacionais e estrangeiros tem origem na obstinada ordem económica
burguesa que massacra impiedosamente ao contrário de gizar por ordem das novas
necessidades e pretensões.
Para fazer a guerra os governos com os seus demais órgãos de
Estado aumentam desmesuradamente a exploração contratual assalariada e quando
isso é insuficiente intensificam a carga fiscal fabricando multas, inventando
novas formas de confisco e de agravamento dos impostos já existentes ou mesmo
repondo o trabalho forçado escravo.
O sobre-produto não é mais do que um substituto dos odiados
dízimos, décimas e outras imposições e saques senhoriais que a revolução
burguesa sob essa forma perpetuou.
Sobre-produto é opressão e guerra!
Viva quem estuda!
Viva quem trabalha!
Viva quem produz!
Região Autónoma dos Açores, 1 Out 2024
Pedro Pacheco
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