segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Nem as eleições nem os dias de acção sindical podem travar a marcha para a guerra e a contínua deterioração das nossas condições de vida e de trabalho!

 

Por estarmos de acordo com os pressupostos políticos, estratégicos e tácticos do mesmo, publica-se neste blogue este comunicado do  Grupo Revolucionário Internacionalista, grupo afiliado da Tendência Comunista Internacionalista.

Nem as eleições nem os dias de acção sindical podem travar a marcha para a guerra e a contínua deterioração das nossas condições de vida e de trabalho!

Os últimos meses foram marcados pelo espectáculo angustiante que se seguiu à dissolução da Assembleia Nacional por Emmanuel Macron, após a derrota do seu partido nas eleições europeias. As injunções de responsabilização face aos extremos, os discursos xenófobos ou, pelo contrário, os apelos à defesa da democracia face a uma ameaça fascista fantasiada, as negociatas, as lamúrias posteriores face à negação da democracia, saturaram o espaço mediático, funcionando como uma verdadeira diversão.

Estas aparentes oposições não são, na realidade, mais do que divergências entre diferentes fracções da burguesia francesa sobre a melhor forma de defender o capital nacional, e em caso algum se trata de defender os interesses dos.

Não há dúvida de que os partidos de esquerda, nomeadamente os chamados radicais, procurarão mobilizar-se nos próximos meses para garantir a sua vitória nas próximas eleições. Não podemos dar o mínimo crédito às suas promessas. Seja qual for o governo que chegue ao poder, podemos esperar austeridade, continuação das deportações de imigrantes ilegais e repressão dos que lutam. Os exemplos do Syriza, na Grécia, e do Podemos, em Espanha, ilustram-no. Os governos de direita e de esquerda de todo o mundo tendem a tornar-se cada vez mais autoritários em resposta às exigências da crise económica e às crescentes rivalidades e tensões imperialistas.

A chegada da esquerda ao poder não seria nem um mal menor nem um trampolim para lutas mais consistentes; pelo contrário, sufocaria as lutas e paralisaria a nossa classe.

Também não podemos contar com as direcções sindicais e as suas intermináveis jornadas de acção sem fim à vista, como o demonstrou amplamente o último movimento contra a reforma das pensões.

A única saída é retomar a luta de classes. Depois de tantas décadas de contra-revolução e práticas colaboracionistas, de legalismo e pacifismo, isso pode parecer difícil e incerto, mas não temos outra opção.

Camaradas, proletários,

Recusemos os sacrifícios que nos são impostos em nome da saúde da economia nacional ou da competitividade das empresas, e defendamos intransigentemente os nossos interesses de classe!

Confiemos apenas em nós próprios e regressemos aos métodos de classe (greve sem pré-aviso, sem duração pré-definida...).

Organizemo-nos por categorias, idades, sexos, nacionalidades, procuremos alargar e generalizar as lutas para criar um movimento o mais amplo possível.

O período actual está repleto de perigos para a humanidade, quer se trate da catástrofe ecológica em curso ou dos diferentes conflitos armados que ameaçam degenerar em guerra total. Só retomando a luta de classes autónoma é que poderemos opor-nos a eles.

Grupo Revolucionário Internacionalista

grupo afiliado à Tendência Comunista Internacionalista

www.leftcom.org/fr

 

Para nos contactar : fr@leftcom.org

 

Fonte:  www.leftcom.org/fr

Este comunicado foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis Júdice

Sem comentários:

Enviar um comentário