Por estarmos de acordo com os
pressupostos políticos, estratégicos e tácticos do mesmo, publica-se neste
blogue este comunicado do Grupo Revolucionário Internacionalista, grupo afiliado da Tendência Comunista Internacionalista.
Nem as eleições nem os dias de acção sindical podem travar a marcha para a guerra e a contínua deterioração das nossas condições de vida e de trabalho!
Os últimos meses foram marcados pelo espectáculo angustiante que se seguiu à dissolução da Assembleia Nacional por Emmanuel Macron, após a derrota do seu partido nas eleições europeias. As injunções de responsabilização face aos extremos, os discursos xenófobos ou, pelo contrário, os apelos à defesa da democracia face a uma ameaça fascista fantasiada, as negociatas, as lamúrias posteriores face à negação da democracia, saturaram o espaço mediático, funcionando como uma verdadeira diversão.
Estas aparentes oposições não são, na realidade, mais do que divergências entre diferentes fracções da burguesia francesa sobre a melhor forma de defender o capital nacional, e em caso algum se trata de defender os interesses dos.
Não há dúvida de que os partidos de esquerda, nomeadamente os chamados radicais, procurarão mobilizar-se nos próximos meses para garantir a sua vitória nas próximas eleições. Não podemos dar o mínimo crédito às suas promessas. Seja qual for o governo que chegue ao poder, podemos esperar austeridade, continuação das deportações de imigrantes ilegais e repressão dos que lutam. Os exemplos do Syriza, na Grécia, e do Podemos, em Espanha, ilustram-no. Os governos de direita e de esquerda de todo o mundo tendem a tornar-se cada vez mais autoritários em resposta às exigências da crise económica e às crescentes rivalidades e tensões imperialistas.
A chegada da esquerda ao poder não seria nem um mal menor nem um trampolim para lutas mais consistentes; pelo contrário, sufocaria as lutas e paralisaria a nossa classe.
Também não podemos contar com as direcções sindicais e as suas intermináveis jornadas de acção sem fim à vista, como o demonstrou amplamente o último movimento contra a reforma das pensões.
A única saída é retomar a luta de classes. Depois de tantas décadas de contra-revolução e práticas colaboracionistas, de legalismo e pacifismo, isso pode parecer difícil e incerto, mas não temos outra opção.
Camaradas, proletários,
Recusemos os sacrifícios que nos são impostos em nome da saúde da economia nacional ou da competitividade das empresas, e defendamos intransigentemente os nossos interesses de classe!
Confiemos apenas em nós próprios e regressemos aos métodos de classe (greve sem pré-aviso, sem duração pré-definida...).
Organizemo-nos por categorias, idades, sexos, nacionalidades, procuremos alargar e generalizar as lutas para criar um movimento o mais amplo possível.
O período actual está repleto de perigos para a humanidade, quer se trate da catástrofe ecológica em curso ou dos diferentes conflitos armados que ameaçam degenerar em guerra total. Só retomando a luta de classes autónoma é que poderemos opor-nos a eles.
Grupo Revolucionário Internacionalista
grupo afiliado à Tendência Comunista Internacionalista
Para nos contactar : fr@leftcom.org
Fonte: www.leftcom.org/fr
Este
comunicado foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis Júdice
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