Tiveram lugar, hoje, dia 28 de Setembro, manifestações em várias cidades do país, alegadamente, para “lutar” por uma habitação condigna e, sobretudo, cujos custos sejam suportáveis por todos aqueles que auferem parcos rendimentos, sendo sujeitos à mais impiedosa das explorações – isto é, operários e outros escravos assalariados.
A “manifestação” de Lisboa parecia mais uma “parada carnavalesca”. Apesar da aderência de muitos jovens – certamente imbuídos das melhores intenções – a organização do evento transformou, propositadamente, o mesmo, em algo que não revela qualquer sinal de estarem dispostos a conduzir uma luta dura, prolongada e sem tréguas, contra a burguesia exploradora e especuladora que, para além de lhes roubar a mais-valia que produzem,lhes impõe rendas e habitações a custos insustentáveis para a miséria de salários que providenciam a quem para eles trabalha.
Temos, então, um evento que, ao contrário de marcar a disposição para a luta, fez esboçar um sorriso condescendente à burguesia que assistiu à “exibição de alegria”, “espontaneidade” e “boa disposição” que emanava da dita “parada” (ou seria mais cortejo fúnebre?). E com o que é que os “manifestantes” estavam tão contentes? Provavelmente por serem manipulados por toda uma cambada de “activistas” e outros oportunistas encartados.
Uma “delegação” do P”C”P, que incluía o seu secretário-geral, aguardava os “manifestantes”, confortavelmente instalada numa esquina a seguir à Praça do Chile. Apenas para se “mostrarem” e, assim, receberem uns tímidos aplausos de quem acreditava que a “representação” revisionista e social-fascista estaria ali para assegurar o “cumprimento da constituição” que, segundo os organizadores do cortejo caranavalesco, contemplará o ... “direito à habitação!” Passada a manifestação, a dita “representação” do P”C”P revisionista desapareceu, tal Sebastião, nas “brumas” da Almirante Reis, para nunca mais ser vista.
Deixem-se de ilusões! Só uma luta organizada, consciente e combativa, de classe, pelo derrube da burguesia e do seu sistema capitalista e imperialista, poderá levar à criação de uma sociedade onde seja abolida a exploração do homem pelo homem e construída uma sociedade onde a cada um seja providenciado aquilo de que necessita, incluindo a habitação! A alternativa será servir de “carne para canhão” para o imperialismo e pasto de ilusões anti qualquer coisa que nos conduza a “longas noites fascistas”, à frustração, à desmobilização e a ainda mais exploração! Só a insurreição popular poderá criar as condições para a ruptura revolucionária e a Revolução!
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