11 de Setembro de
2024 Robert Bibeau
Por Normand Bibeau e Robert Bibeau
Quem pode acreditar decentemente, atrevo-me a dizer inteligentemente, que o homem faz a história e que não é a história que faz os homens que, por acaso, agem em troca da história de acordo com os princípios motores do modo de produção dominante, aquilo a que Marx e Engels chamaram o princípio científico materialista e o método dialéctico.
Ao analisar a história pelo lado errado do óculo, como nos ensina a ideologia burguesa (misticismo), ou seja, do ponto de vista do indivíduo que a época escolheu para a personificar, procedendo à sua personificação, os historiadores burgueses confundem as suas vítimas, que passam a acreditar que o indivíduo (individualismo e narcisismo) escreve a história sob a supervisão de deuses imanentes, os seus criadores todo-poderosos (sic).
Marx e Engels repuseram a história de pé ao demonstrarem que é “o mundo material que cria a consciência e não a consciência que cria o mundo material”. Esta lei da filosofia materialista científica aplicada à história significa que uma dada época, com os seus atributos particulares, os seus princípios de funcionamento singulares, identifica um “líder”, e é este “líder” que os intelectuais e historiadores burgueses retêm como a força motriz da história, quando na verdade ele é apenas o seu produto activo. Quem seria César sem as suas legiões, Jesus sem os seus apóstolos, Sócrates sem Platão, Napoleão sem a Grande Armée, Hitler sem a sua falange nazi, Lenine sem o Partido Comunista (bolchevique), Donald Trump sem o Partido Republicano, Kamala Harris sem o Partido Democrata, etc.?
A burguesia não é a soma das burguesias consideradas individualmente, o proletariado não são os milhares de milhões de proletários considerados individualmente, são classes sociais com um papel histórico, cada um dos quais intercambiável ao sabor dos acontecimentos, mas cujo conjunto é indispensável e permanece o mesmo durante todo o período histórico de um modo de produção de bens e serviços. Os matemáticos dizem que “a soma não é igual à adição de cada uma das suas partes” porque é qualitativa e não quantitativa.
Assim, afirmar que qualquer um pode ser burguês ou proletário, pensar como burguês ou proletário, não muda nada na realidade: não é o pensamento do indivíduo que cria a sua realidade e modifica o curso da história universal. Um burguês capitalista, para se reproduzir como indivíduo e, portanto, como classe social, aluga força de trabalho e extorque mais-valia da força de trabalho do proletário, que a aluga a ele para subsistir e se reproduzir como indivíduo e, portanto, como classe social. O burguês luta e está disposto a matar para perpetuar este ciclo reprodutivo denominado “acumulação” no modo de produção capitalista (MPC). O proletário luta para melhorar a sua sorte e para resistir à sobre-exploração da sua força de trabalho, até ao dia em que se apercebe que está ameaçado de extinção enquanto classe social e que deve destruir este sistema capitalista de exploração e abolir a propriedade dos meios de produção. Nesse dia, o mundo passará por uma revolução social e dará origem a uma nova sociedade, a um novo modo de produção, e tudo o resto será anedótico e cosmético.
Apliquemos este método materialista dialéctico ao período histórico actual
Zelenski cumpriu assim
o seu serviço encomendado em nome da burguesia mundial, ou seja, convencer os
fantoches políticos a desviar fundos públicos de programas sociais em benefício
do complexo militar-industrial, principalmente americano, russo e chinês, e,
por acaso, europeu, como foi confirmado na conferência da NATO em Washington,
em 9 e 10 de Julho, e na última reunião entre a Rússia e a China de Xi Jinping.
A farsa das negociações
Tudo o que resta agora
é liquidar o patético fantoche Zelenski e a sua camarilha de ukronazis
simbólicos, tal como foi feito com Sadam Hussein, Kadhafi, Bin Laden e todos os
lacaios servis que o precederam.
Ao mesmo tempo, os capitalistas ianques aproveitaram a oportunidade para expulsar os seus rivais russos e, em breve, chineses do mercado europeu, tal como aproveitaram a oportunidade para expulsar os seus rivais ocidentais dos mercados africano e indiano. Agora que esta batalha preparatória da terceira guerra mundial terminou, cada um dos lados quer fazer com que o outro fique mal visto, e é neste cenário de fumo e espelhos que Zelenski joga a carta da negociação, depois de ter jogado duro, enquanto o decreto da Duma ainda existe proibindo “todas as negociações com a Rússia enquanto Putin for presidente” e a NATO ainda está alinhada com a ukase “guerra enquanto for necessário e até ao último ucraniano se necessário”. Veja: https://queonossosilencionaomateinocentes.blogspot.com/2024/09/ucrania-peritos-norte-americanos-atiram.html
Estas "negociações" entre mercenários NATO-Kievianos e mercenários da Aliança do Pacífico (Rússia-China) são fumo e espelhos e enganos destinados a enganar idiotas úteis, porque os cães ladram e a caravana da guerra passa. https://les7duquebec.net/archives/292992
Fonte: Réhabilitons la science matérialiste et la méthode dialectique et historique – les 7 du quebec
Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis
Júdice
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