sábado, 28 de setembro de 2024

Macron interpelado sobre massacres israelitas no Líbano por manifestantes em Montreal: "Vergonha para Macron"

 


 28 de Setembro de 2024  Robert Bibeau  

Por Mathieu Coache e Baptiste Farge com a AFP. Em 27/09/2024. (Vídeo)

"Vergonha" para si: Macron questionado sobre Gaza e Líbano por manifestantes em Montreal (bfmtv.com)


O Presidente da República defendeu a acção da França junto dos manifestantes, antes de confidenciar a sua frustração à BFMTV, declarando: "Se soubessem o quanto lutamos para que as coisas melhorem". (sic)

Emmanuel Macron foi duramente atacado sobre o conflito (a guerra de extermínio) em Gaza e no Líbano durante um banho de multidão em Montreal na quinta-feira, 26 de Setembro, pôde a BFMTV  observar no local. "Tenham vergonha", "têm sangue nas mãos", "estão a matar bebés na Palestina", gritavam os manifestantes ao Presidente da República Francesa, que saía de uma conferência de imprensa com o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau.

O chefe de Estado tentou responder ponto por ponto, em inglês, sem conseguir inverter o rumo da discussão. Em relação a Gaza, "sejamos claros, não estamos a vender armas, estamos a pedir um cessar-fogo, fomos ao Conselho de Segurança para isso", argumentou.

"Deve demitir-se"

"Ao mesmo tempo, devemos todos trabalhar juntos e decidir o que vamos fazer para envolver todos os países da região para deter os grupos terroristas", acrescentou. O manifestante mais virulento respondeu então que o movimento islamita palestiniano Hamas "não era um grupo terrorista, mas um grupo de resistência".

"Não, o que diz é inaceitável. Mataram centenas de pessoas", respondeu Macron, referindo-se ao ataque sem precedentes do Hamas a Israel em 7 de Outubro.

Exasperada, a jovem acabou por desabafar: "Se está no poder e não pode mudar nada, tem de se demitir!"

"Você não fez nada"

Além disso, o presidente recordou a sua acção em favor do Líbano, depois de ter estimado durante a sua conferência de imprensa que seria "culpa" do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, recusar o cessar-fogo proposto no Líbano e que assumiria "responsabilidade" por uma escalada regional.

Outro manifestante respondeu: "Quando você veio para o Líbano depois das explosões (em Agosto de 2020), não fez nada". A resposta do presidente: "Fizemos o máximo, mas não somos o substituto do governo libanês".

Este último confidenciou a sua frustração, dizendo À BFMTV: "se eles soubessem como lutamos para melhorar. Compreendo a emoção, partilho-a e vivemo-la. Mas então, não podemos deixar de sentir uma forma de injustiça quando nos sentimos repreendidos. Vemos isso em todos os lugares, na França também é muito verdadeiro".

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Na última etapa da sua visita ao Canadá, em frente à comunidade francesa de Montreal, cerca de cinquenta manifestantes ainda o esperavam, gritando, desta vez em francês, "Vergonha", "Solidariedade com a Palestina", "Macron demita-se".

 

Fonte: Macron interpellé sur les massacres israéliens au Liban par des manifestants à Montréal: « Honte à Macron » – les 7 du quebec

Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis Júdice




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