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16 de Setembro de
2024 Robert Bibeau
Por Khider Mesloub.
Emmanuel Macron é um escroque
político.
Acaba de cometer uma burla institucional ao enganar os franceses com a convocação de eleições legislativas, declaradas no final, pela sua vontade presidencial autocrática, nulas e sem efeito. Como nulas, uma vez que não lhe deram os resultados esperados, a desejada maioria macronista.
Ao abusar das instituições e ao ignorar o voto do eleitorado, Macron está a infligir uma tortura psicológica ao “povo” francês. Abuso moral. Humilhação eleitoral ao espezinhar os seus votos.
Há quase dois meses, este homem agitado faz o mesmo recital, canta o mesmo refrão: “Sou o maestro do governo e, como tal, componho o meu coro ministerial sem coração ideológico para tocar a minha pestilenta partitura presidencial. E para o dirigir, nomeio o primeiro-ministro da minha escolha.
O facto de este presidente fanfarrão se querer rodear de ministros à sua escolha, incluindo cabeças de anchova, é um direito seu. Mas este direito constitucional de nomear um primeiro-ministro para formar um novo governo era legítimo e legal até 9 de Junho de 2024, data da dissolução da Assembleia Nacional. Desde então, os franceses votaram duas vezes em eleições legislativas. O seu voto foi para os partidos da oposição e não para o governo macronista, que se encontrava em frangalhos.
Até 9 de Junho, o Presidente Macron tinha plena aptidão democrática e presidencial para nomear um Primeiro-Ministro da sua escolha. Estava no seu direito constitucional de nomear qualquer personalidade como Primeiro-Ministro, incluindo Marine Le Pen, Éric Zemmour ou Habib Meyer. Ou mesmo o seu antigo encarregado de missão, o criminoso condenado Alexandre Benalla.
Desde 7 de Julho de 2024, a paisagem política mudou. O Presidente Macron deveria ter declarado imediatamente, assim que os resultados eleitorais foram anunciados, a “dissolução da sua prerrogativa presidencial” de nomear o primeiro-ministro e formar o governo. E entregar essa prerrogativa ao bloco que saiu vencedor das eleições, o NFP, a única coligação legítima para nomear um primeiro-ministro das suas fileiras e ministros das suas bancadas parlamentares.
Macron, como um autocrata seguro de si, decidiu ignorar o voto do povo francês e desprezar os seus deputados. Desprezar os seus votos. Abusar da República. Perseguir os cidadãos.
Durante dois meses, o monarca Macron transformou a República num regime de corredores. Alguns diriam na calçada, tanto Macron se entrega ao aliciamento ministerial e à devassidão política.
Diógenes procurava homens com lanternas, Macron seduzia-os com um lugar ministerial. Em França, tudo se compra, especialmente a sua elite e a sua classe política, para quem a prostituição intelectual e governamental é a sua principal actividade: prostrar-se perante o sionismo genocida, a sua religião.
Como se não tivesse havido eleições legislativas, o monarca Macron convocou constantemente, no seu Palácio do Eliseu, os líderes dos partidos políticos, antigos ministros e personalidades da “sociedade civil” burguesa. No final destas consultas, supostamente democráticas, decretou que o governo nunca será formado pelo bloco vencedor das eleições legislativas, como acontece em todos os países “democráticos” da Europa. Nem será composto por ministros “melenchonistas” (LFI) ou “ecologistas” (EELV).
Esta é a escolha do rei Macron, que quer assegurar a continuidade da linha
macronista e a longevidade do seu poder despótico, nomeando ministros
compatíveis com Macron (corruptíveis).
Recorde-se que, na França medieval, segundo a lei sálica, as mulheres não
tinham o direito de governar o país. Hoje, em virtude da vontade sádica de
Macron, a esquerda também já não tem o direito de governar o país.
Sabíamos que Macron era um robot financeiro, uma máquina de guerra, eleito para aniquilar o modelo social francês, sacrificando milhões de trabalhadores, lançados no empobrecimento ou despachados para o além, devido, em particular, à sua vil reforma das pensões que acelera o ritmo da aniquilação profissional e, portanto, da eutanásia social planeada. Estamos a descobrir que se trata de um aprendiz de autocrata capaz de excessos autoritários. Em vias de reactivar a máquina totalitária de destruição maciça das instituições republicanas.
Macron precisa de ajuda e de colaboradores para as suas manobras políticas
e operações de guerra? Não faltam: a França é um país de colaboradores,
incluindo Mélenchon, o rebelde institucional, que está descaradamente disposto
a colaborar com Macron, tornando-se seu primeiro-ministro.
Macron é um homem de outro tempo. E, sobretudo, de um outro mundo: o da
finança, que ele sabe aproveitar com finura e, sobretudo, com mesquinhez, à
altura da sua baixeza. Macron não é um político, mas um mercenário do capital.
A política de Macron, se é que ele tem uma opinião política, resume-se a
enriquecer os seus amigos, os financeiros e os industriais.
Macron não foi elevado ao poder para gerir os assuntos da República, mas
para transformar a França numa República de negócios.
Este libertino político, apóstolo do capitalismo libertário, não hesita em amputar as liberdades e mutilar as prestações sociais, para agradar aos seus apoiantes, consumidos pela comichão do despotismo para fazer subir as cotações da bolsa.
Há quem diga que Macron está desfasado da realidade, tão desfasado se
tornou do seu “povo”, com o qual só se relaciona por carta e violência, ou
seja, através da sua polícia, que se tornou a sua milícia, e na qual se apoia
para governar e impor o seu terror “democrático”: o terror democrático é esta
nova forma de governação despótica, exercida com toda a legitimidade, porque se
realiza num país ocidental.
Além disso, Macron está a mentir com todos os dentes. Quando ele anuncia
uma intenção honesta, devemos desconfiar. Só a sua vontade destrutiva conta.
Através da sua política de terrorismo anti-social, Macron faz explodir
diariamente a vida dos seus cidadãos trabalhadores com as suas medidas
socialmente destrutivas. Todos os dias, lança uma nova bomba anti-social sobre
os proletários franceses, que vêem as suas conquistas sociais reduzidas a
cinzas; uma nova carga explosiva liberticida contra os cidadãos, que vêem as
suas liberdades pulverizadas, os seus votos espezinhados e a sua democracia
confiscada; um novo torpedo lançado contra as instituições do país,
privatizadas e entregues a agências de consultoria americanas: McKinsey, etc.;
um novo óbus diplomático projectado contra a Rússia pela sua política de apoio
militar à Ucrânia, de envio de armas a Zelensky.
Lenta mas seguramente, a política nacional incendiária de Macron e a
diplomacia da canhoneira estão a mergulhar a França na guerra civil e no
conflito armado generalizado. Desde a sua eleição, Macron conseguiu virar toda
a sua população contra ele e a maioria dos países do mundo contra a França.
No entanto, em 7 de Maio
de 2017, Macron disse aos seus concidadãos no seu manifesto: “Sinto-me obrigado
a dar-vos a conhecer os meus sentimentos e princípios. Não deve haver qualquer
equívoco entre vós e eu. Não sou ambicioso. [...] Criado em países livres, na
escola do infortúnio, manter-me-ei sempre fiel aos deveres que me são impostos
pelos vossos votos e pela vontade da Assembleia. Honrar-me-ei em deixar, no
final de cinco anos, ao meu sucessor, o poder consolidado, a liberdade intacta,
o progresso real alcançado.”
Macron terá derrotado a vontade legislativa da Assembleia, que passa a ser governada pelos 49,3 oukases oligárquicos. E, hoje, com a autocracia. Um totalitarismo que em breve triunfará.
Macron tem delírios de grandeza. Mas, sobretudo, a grandeza da loucura. Uma loucura presidencial que o faz perder a sua razão republicana, a sua sabedoria governamental. Uma loucura elísia que o conduzirá, lenta mas seguramente, ao abismo da torpeza presidencial, da decadência moral, da desonra política e da indignidade nacional.
Khider MESLOUB
Fonte: Comment l’escroc politique et apprenti autocrate Macron trompe les Français – les 7 du quebec
Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis
Júdice
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