Direcção da UGT
dispõe-se a ser muleta de governo refundado!
Ao ouvir as declarações de Carlos Silva, actual Secretário-Geral da UGT,
à saída da sua audiência com Cavaco Silva, seríamos tentados a pensar que o
homem chegou, viu e nada disse. Mas, uma análise mais rigorosa das mesmas
levam-nos a outra e bem diversa conclusão.
Carlos Silva, além de se prestar a uma monumental encenação
em curso para enganar o povo português e levá-lo a pensar que tem muita sorte em que a crise política
provocada por um dos parceiros da coligação serventuária dos interesses do
imperialismo germânico esteja a ser resolvida
pelo salvador Cavaco, vem afirmar que
para ele e para a direcção da central sindical a que preside é indiferente o
governo que estiver em funções!
Ora bem, como não é a demissão do governo que este
personagem exige, a única ilação que podemos retirar é a de que para Carlos
Silva e a direcção actual da UGT, o governo de traição nacional, protagonizado
por Cavaco, Coelho e Portas, refundado
ou não, é legítimo, assim como têm
sido legítimas as medidas terroristas
e fascistas que tem vindo a impôr aos trabalhadores e ao povo português.
Em vez de exigir a demissão do governo este pateta, que muito agrada à ala mais à
direita do PS de Seguro (a quem convém sempre ter um trunfo destes na manga),
vem afirmar que para os trabalhadores qualquer governo serve, desde que as
políticas que implemente não sejam contrárias aos interesses que a direcção da
UGT defende, que não são, certamente, os interesses do povo e de quem trabalha.
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