Um compromisso para o
reforço da exploração do povo e perda de soberania do país!
Na sua alocução ao país, Cavaco avançou três grandes linhas
de pensamento:
1. A chantagem - Que a solução que passa
pela dissolução do parlamento acarretaria para os portugueses, depois de tantos sacrifícios que lhes foram exigidos –
o eufemismo da declaração escamoteia a natureza terrorista e fascista das
medidas que foram impostas pelo seu governo de traição nacional – enormes riscos, consubstanciados, em
última análise, na necessidade de se
recorrer a um 2º resgate
2. O Memorando – Recordou que são três os agentes políticos – PS, PSD e CDS – que
subscreveram o Memorando de Entendimento
e que, portanto, não faz sentido, no seu entender, sujeitar o país e o povo a
um acto eleitoral que estaria, segundo ele, conformado (para não dizer
ensombrado)pelo que a tróica germano-imperialista impôs através desse documento
3.
A Solução – Um Compromisso de Salvação Nacional! Isto é, reconhecendo que o
governo está em plenitude de funções,
apela a que o PS participe na refundação
do estado, via participação, no curto e médio prazo, na aprovação e
aplicação das medidas que assegurem que, por um lado, o povo continue a pagar
uma dívida que não contraiu e da qual não retirou qualquer benefício e, por
outro, imponha o modelo de competitividade
que os grandes grupos financeiros e bancários, a sua tróica e o imperialismo
germânico têm em mente, isto é, a sujeição da classe operária e dos
trabalhadores portugueses a um esquema de trabalho intensivo, pouco qualificado
e baratinho, transformando o nosso país numa espécie de Malásia da Europa.
O que Cavaco não precisou de dizer, mas está implícito no
seu discurso de sedução, foi que, estando o PS comprometido com o
Memorando com a tróica germano-imperialista, conta com a sua participação nesta
solução
de compromisso de salvação nacional,
sendo que o prémio que lhe estaria
reservado era o de, até Junho de 2014 – data em que termina o programa de assistência – satisfaria a sua exigência de dissolver a Assembleia e
convocatória de eleições antecipadas.
Mas, o prémio adicional
tem de ser contextualizado no facto de as mais recentes sondagens levadas a
cabo pela Universidade Católica revelarem que, se é certo que o PSD desce seis
pontos percentuais, o PS não descola dos 31% (tendo, até, baixado dois pontos
percentuais). E qual é esse prémio? É
o de, até Junho de 2014, PS, PSD e CDS, através do compromisso de salvação nacional, salvarem a face por terem todos
subscrito o Memorando de Entendimento com a tróica, e PSD e CDS o estarem a
executar, e terem tempo para destilar toda a sorte de promessas, mentiras e
intrigas que conduza a uma melhor perspectiva eleitoral para cada um destes
partidos pró-tróica, que evite que o poder
caia na rua, isto é, não venha a estar ao serviço de uma verdadeira
política nacional, democrática e patriótica, anti-imperialista.
Este discurso de Cavaco é o reconhecimento de que a
contra-revolução está num impasse. Os diferentes sectores da burguesia não se
entendem quanto ao modo e à intensidade da exploração a que pretendem sujeitar
os trabalhadores e o povo. Nenhum dos sectores da burguesia tem força para
protagonizar a sua solução. Como não
tem força para subjugar um cada vez mais pujante movimento democrático patriótico
que indica um outro modelo, uma outra solução, um novo paradigma. E é
precisamente por temer que as forças da revolução se agigantem ainda mais e
deponham, sem hesitações, este governo de traição nacional, que Cavaco faz ver
aos diferentes sectores da burguesia quão suicida pode ser esta luta fratricida.
A alocução de Cavaco é mais um episódio na política de traição
nacional que prossegue, é mais um capítulo da história de serventia ao serviço do
imperialismo germânico e dos grandes grupos financeiros e bancários e contra o
povo e quem trabalha. É uma clara afronta, aliás, à exigência e ao clamor de
vastos sectores do mundo do trabalho, mas também de intelectuais,
personalidades independentes, plataformas cidadãs e elementos com e sem partido
que manifestaram de forma viva e clara a sua oposição à continuação de uma
política que mais não faz do que agravar a condição de protectorado ou
sub-colónia de Portugal, remetendo para um agravamento das condições de vida o
povo e quem trabalha.
Os partidos responsáveis pelo desastre existente para o povo português, mais tarde ou mais cedo!pagarão bem caro e levarão o correctivo como a vendilhões do "templo" pela entrega da nossa soberania ao serviço do imperialismo Alemão e seus fieis da banca e seus lacaios!!!
ResponderEliminar