terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Reformas e pensões são um direito, não uma esmola do estado!

Para repetir até à exaustão as mentiras que pretendia que se transformassem em verdade, Hitler contava com o seu sinistro ministro da propaganda, Goebels. O governo fascista de Coelho e Portas, que é tutelado por Cavaco, não quis ser tão modesto quanto a sua alma mater e decidiu lançar mão de um sem número de Goebels, mascarados de politólogos, jornalistas e opinadores.

Desse autêntico batalhão, um dos mais proeminentes e patéticos dá pelo nome de Medina Carreira e é pago a peso de ouro para opinar sobre o estado da economia e de como a opção se resume ao caos do inferno dantesco ou à solução do empobrecimento do povo e quem trabalha ou da solução que passa por privatizar tudo o que possa interessar à acumulação capitalista, mesmo que se trate de activos e empresas estratégicas vendidas a preço de saldo e previamente limpas de gorduras – leia-se, de trabalhadores.

O energumeno bolsa várias e científicas teses, a mais recente das quais se enquadra no seu modelo do caos, de que o mal de todos os males não reside na aceitação canina, por parte de um governo de serventuários, de fazer o povo pagar uma dívida que não contraiu, nem dela retirou qualquer benefício, de aceitar a chantagem da dívida que, propositadamente impagável, gera milhares de milhões de lucros em juros agiotas e faraónicos, promovendo uma renda perpétua para os grandes grupos financeiros e bancários europeus, sobretudo alemães, mas nessa mania  que o povo tem, terminado o seu ciclo produtivo, de exigir que o estado lhe pague uma reforma!

No tempo de antena semanal que a TVI graciosamente lhe concede - mas que nega a quem tem um entendimento diferente de toda a sorte de lambe botas do sistema -, o programa Olhos nos Olhos, o inefável Medina Carreira volta à carga sobre um tema que lhe é tão caro, isto é, as pensões, os reformados e pensionistas, não certamente por acaso na semana em que termina o prazo para o Tribunal Constitucional se pronunciar sobre a legalidade do corte de 10% que o governo pretende aplicar às pensões acima de 600 euros pagas pela Caixa Geral de Aposentações.

Para Medina Carreira  é urgente demonstrar a uma opinião pública pouco bem formada (sic) que se torna insustentável persistirmos no modelo de um país onde temos cinco a seis milhões de pessoas a que o Estado paga e, mesmo assim, continuam a demonstrar uma tão grande má vontade contra um governo, segundo ele, tão magnânimo!
   
Temendo que desta vez, mesmo sendo tão repetida a mentira, esta não se transformasse em verdade, o personagem apresentou um conjunto de gráficos através dos quais pretendia demonstrar o progressivo aumento de pensionistas nos últimos anos, exemplificando com o aumento de 250 mil, em 1970, para mais de 3 milhões em 2010, três décadas depois!

Vociferando que temos cinco a seis milhões de pessoas a que o Estado paga – colocando no mesmo saco reformados da segurança social e da função pública, pensionistas e desempregados – Medina Carreira entra em delírio absoluto ao defender que as pensões são a despesa pública mais pesada, superiores mesmo às despesas com o pessoal e à aquisição de bens e serviços. Não satisfeito com tanta imbecilidade, remata com a a afirmação de que o grosso da despesa é a pagar a pessoas… é um peso assustador.

E é a estes opinadores carreiristas, a estes politólogos imbecis, que se abre profusamente o tempo de antena de todos os canais de televisão, quer genéricos, quer por cabo. Uma profusão de serventuários que tenta por todos os meios torcer os factos de forma a apresentar as opções estratégicas de um governo de serventuários, as medidas terroristas e fascistas que aplicam sobre o povo e o genocídio fiscal a que o querem sujeitar, como a única saída, não percebendo porque o povo, esse ingrato, ainda por cima se opõe e reclama!

São estes vendilhões do templo que já nem se importam de ver o seu crédito intelectual – se alguma  vez o possuíram – cair na rua da amargura por escamotearem o facto de que os fundos que se acumulam na Segurança Social não são do estado, mas sim fruto dos descontos de toda uma carreira contributiva efectuada por cerca de 3 milhões de pensionistas, tal como os cerca de meio milhão de reformados e pensionistas da Caixa Geral de Aposentações recebem o valor correspondente ao que descontaram, que se torna urgente desmascarar e, juntamente com Coelho, Portas e Cavaco…defenestrar!



Sem comentários:

Enviar um comentário