sábado, 2 de março de 2019

Quando uma imagem vale mais do que...mil palavras!


Realizou-se, no passado dia 1 de Março, um Conselho de Estado convocado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa,  para debater as repercussões mundiais do Brexit, dando sequência a um Conselho anterior,  para o qual tinha sido convidado Michel Barnier – o negociador chefe da União Europeia para o Brexit – para fez uma exposição sobre a condução das negociações e durante a qual formulou a sua própria leitura sobre a posição britânica e quais os desenvolvimentos futuros expectáveis.

Para além dos habituais conselheiros de estado, Marcelo decidiu convidar Christine Lagarde, a directora do Fundo Monetário Internacional, uma das organizações que integrou a tríade – FMI/BCE/UE - que impôs a Portugal um vergonhoso e humilhante “Memorando de Entendimento” – assinado por PS/PSD/CDS e tutelado por Cavaco - para impor ao povo português o pagamento de uma “dívida soberana” que não contraiu, e da qual não retirou qualquer benefício. Uma dívida privada transformada em dívida pública.


Que Christine Lagarde tenha aproveitado a oportunidade para agradecer ao governo de lacaios que em Portugal antecipou o pagamento de uma tranche da “dívida” reclamada pelo FMI, não nos surpreende. Que nenhuma referência tenha sido feita a que do pagamento da “dívida” esteja a resultar a venda ao desbarato dos mais importantes activos do país e a destruição do SNS, o desinvestimento nos transportes, no sector da educação, nos programas habitacionais, etc., também não nos surpreende.

Como não nos surpreende que, nenhum dos conselheiros– já para não falar do próprio presidente e do 1º ministro António Costa, ambos presentes – tenha sequer esboçado repulsa contra tal miserável provocação, mormente denunciando quais os efeitos nefastos para o povo português que o pagamento de tal “dívida” está a provocar.

A foto que aqui se publica é bem demonstrativa do “consenso” que o pagamento da “dívida pública” gera entre todos os partidos do “arco da governação” e do “arco parlamentar” , apesar de alguma nuances entre eles, que servem apenas para enganar o povo. Veja-se se, perante o alegre convívio entre Cavaco, Marcelo, Francisco Louçã, do BE, e Domingos Abrantes, do PCP, não é caso para dar razão ao meu saudoso camarada Arnaldo Matos quando questionava se, afinal,  isto não é tudo um putedo!

3 comentários:

  1. Eu faço ainda um pequeno reforço: isto é tudo um putedo franciscano

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  2. Nova chefe do governo sem eleições. Já estão nos governos da Grécia e Itália. Agora em Portugal 4ever!
    E ninguém se toca.

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  3. E digo mais, isto é tudo um putedo...elevado à quinta potência.

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