quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Em que é que ficamos: Saída da crise ou risco de bancarrota?!

O PCTP/MRPP tem sido o único partido político em Portugal a defender  a recusa do pagamento de uma  dívida que o imperialismo germânico imputa ao facto de os trabalhadores portugueses terem estado a viver acima das suas possibilidades, e que os seus serventuários Cavaco, Coelho e Portas , através de um conjunto de medidas terroristas e fascistas, da venda ao desbarato de activos estratégicos importantíssimos para  qualquer país que queira implementar uma economia independente e ao serviço do povo, persistem em implementar, contra o povo e quem trabalha.

Tem sido, também, o único partido a demonstrar que a dívida é um instrumento que permite ao imperialismo germânico, por um lado, praticar uma inaudita chantagem sobre outros países, remetendo-os à condição de colónia ou protectorado, depois de ter convencido alguns sectores da burguesia desses países- nos quais se inclui Portugal – a destruir o seu tecido produtivo ficando, por outro lado, completamente dependentes daquilo que importam pelo facto de terem aceite essa destruição.

Recordamos que, porque destruiu a sua siderurgia, metalomecânica/metalurgia , minas, marinha mercante, estaleiros navais, etc., e aceitou subsídios para levar os agricultores a abandonar os campos e a destruir floresta e vinhedo, entre outros activos agrícolas, bem como fazer com que pescadores aceitassem abater as suas embarcações – o que levou à liquidação da nossa frota pesqueira -, Portugal importa hoje mais de 80% daquilo que consome e necessita para gerar economia!

Demonstrámos, ainda, que não só não era ética e politicamente aceitável obrigarem quem não contraiu nem beneficiou desta  dívida, a pagá-la, como esta, aos juros faraónicos que são praticados e impostos pelo BCE (Banco Central Europeu) – que, por sua vez, juntamente com o directório europeu,  repartido pela Comissão e pelo seu Conselho, são dominados pelo imperialismo germânico –, estava destinada, propositadamente, a ser IMPAGÁVEL!

Como o inimigo não dorme, aproveitou este clima sereno de Verão – certamente crente de que o povo estaria a banhos ou adormecido – para, com grande pompa e circunstância fazer um Maduro qualquer anunciar que Portugal apresentava, pela primeira vez, um consistente trimestre de crescimento.

Coelho, mais afoito e bronzeado, tomou coragem e veio à festa do Pontal do seu partido, afirmar que o tal crescimento  - de 1,1%, pasme-se -constituía a prova provada de que Portugal estaria no bom caminho e tal se ficaria a dever à persistência e coerência das políticas que o seu governo de traição, resultante da coligação entre PSD e CDS, tinham gizado e imposto ao povo português.

Coelho escondido com o rabo de fora, para parafrasear – com um animal diferente, é certo – um velho, mas ponderoso, ditado popular. Segundo dados vindos a público esta quarta-feira, 21 de Agosto, a probabilidade de incumprimento da dívida subiu um ponto percentual, tendo regressado aos 6,5%  os juros da mesma a dez anos, no mercado secundário.

Fortemente provável é também o incumprimento da dívida a 5 anos. Segundo dados facultados pela S&P Capital IQ, essa probabilidade, que até 16 de Agosto se estimava em 31,43%, situava-se esta manhã de quarta-feira nos 32,58%!

Ou seja, há menos de uma semana estaríamos, segundo Coelho, Portas e Maduro, a sair da recessão! Hoje, corremos o risco de incumprimento e de bancarrota! O que mudou? Absolutamente nada!

Mantém-se a necessidade do estabelecimento de uma ampla unidade de todas as camadas populares, unidade que vise o derrube deste governo de traição nacional e a constituição de um governo democrático patriótico cuja primeiríssima medida seja a recusa do pagamento de uma dívida que não foi contraída pelo povo, a implementação de um programa económico que passe pela recuperação do nosso tecido produtivo e por investimentos criteriosos que possibilitem uma economia independente, para o que se torna vital preparar o país para a saída do euro e da União Europeia.


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