O PCTP/MRPP tem sido o único
partido político em Portugal a defender
a recusa do pagamento de uma
dívida que o imperialismo germânico imputa ao facto de os trabalhadores
portugueses terem estado a viver acima
das suas possibilidades, e que os seus serventuários Cavaco, Coelho e
Portas , através de um conjunto de medidas terroristas e fascistas, da venda ao
desbarato de activos estratégicos importantíssimos para qualquer país que queira implementar uma
economia independente e ao serviço do povo, persistem em implementar, contra o
povo e quem trabalha.
Tem sido, também, o único
partido a demonstrar que a dívida é um instrumento que permite ao imperialismo
germânico, por um lado, praticar uma inaudita chantagem sobre outros países,
remetendo-os à condição de colónia ou protectorado, depois de ter convencido
alguns sectores da burguesia desses países- nos quais se inclui Portugal – a
destruir o seu tecido produtivo ficando, por outro lado, completamente
dependentes daquilo que importam pelo facto de terem aceite essa destruição.
Recordamos que, porque
destruiu a sua siderurgia, metalomecânica/metalurgia , minas, marinha mercante,
estaleiros navais, etc., e aceitou subsídios para levar os agricultores a
abandonar os campos e a destruir floresta e vinhedo, entre outros activos
agrícolas, bem como fazer com que pescadores aceitassem abater as suas
embarcações – o que levou à liquidação da nossa frota pesqueira -, Portugal
importa hoje mais de 80% daquilo que consome e necessita para gerar economia!
Demonstrámos, ainda, que não
só não era ética e politicamente aceitável obrigarem quem não contraiu nem
beneficiou desta dívida, a pagá-la, como
esta, aos juros faraónicos que são praticados e impostos pelo BCE (Banco
Central Europeu) – que, por sua vez, juntamente com o directório europeu, repartido pela Comissão e pelo seu Conselho,
são dominados pelo imperialismo germânico –, estava destinada,
propositadamente, a ser IMPAGÁVEL!
Como o inimigo não dorme,
aproveitou este clima sereno de Verão
– certamente crente de que o povo estaria a banhos ou adormecido – para, com
grande pompa e circunstância fazer um Maduro
qualquer anunciar que Portugal apresentava, pela primeira vez, um consistente trimestre de crescimento.
Coelho, mais afoito e
bronzeado, tomou coragem e veio à festa do Pontal do seu partido, afirmar que o
tal crescimento - de
1,1%, pasme-se -constituía a prova
provada de que Portugal estaria no bom
caminho e tal se ficaria a dever à persistência
e coerência das políticas que o seu governo de traição, resultante da coligação
entre PSD e CDS, tinham gizado e imposto ao povo português.
Coelho escondido com o rabo de
fora, para parafrasear – com um animal diferente, é certo – um velho, mas
ponderoso, ditado popular. Segundo dados vindos a público esta quarta-feira, 21
de Agosto, a probabilidade de incumprimento da dívida subiu um ponto percentual, tendo regressado aos 6,5% os
juros da mesma a dez anos, no mercado secundário.
Fortemente provável é também o
incumprimento da dívida a 5 anos. Segundo dados facultados pela S&P Capital
IQ, essa probabilidade, que até 16 de Agosto se estimava em 31,43%, situava-se
esta manhã de quarta-feira nos 32,58%!
Ou seja, há menos de uma
semana estaríamos, segundo Coelho, Portas e Maduro, a sair da recessão! Hoje, corremos o risco de incumprimento
e de bancarrota! O que mudou?
Absolutamente nada!
Mantém-se a necessidade do
estabelecimento de uma ampla unidade de todas as camadas populares, unidade que
vise o derrube deste governo de traição nacional e a constituição de um governo
democrático patriótico cuja primeiríssima medida seja a recusa do pagamento de
uma dívida que não foi contraída pelo povo, a implementação de um programa
económico que passe pela recuperação do nosso tecido produtivo e por
investimentos criteriosos que possibilitem uma economia independente, para o
que se torna vital preparar o país para a saída do euro e da União Europeia.
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