quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Biden e a América Latina

 





11 de Novembro de 2020 Robert Bibeau  

Por El Tiempo. Em Le Grand Soir.

Em entrevista concedida há poucos dias ao media colombiano El Tiempo, Joe Biden aborda a questão das relações com "os autocratas da região". É sobre Venezuela, Nicarágua e Cuba ... Extracto.

(…)

Como é que vai enfrentar os autocratas da região como Nicolas Maduro na Venezuela, Daniel Ortega na Nicarágua e o regime castrista em Cuba ?

“As políticas de Trump não tiveram sucesso. Os ditadores ainda estão no poder em Cuba e na Venezuela. A repressão de direitos e a crise humanitária estão apenas a piorar.

O meu objectivo será promover e realizar a liberdade das pessoas que vivem sob os regimes opressores liderados por Maduro, Ortega e o regime cubano. Defenderei os valores universais da democracia e dos direitos humanos. E, ao contrário de Donald Trump, protegerei aqueles que fogem da opressão dessas ditaduras.

Há muito tempo que condeno a corrupção e os abusos da ditadura de Maduro. Quando fui vice-presidente, liderei o esforço para impor a primeira onda de sanções contra o regime de Maduro.

Como presidente, apoiarei o povo venezuelano e a democracia concedendo o estatuto de protecção temporária (TPS) aos venezuelanos que já estão nos Estados Unidos e garantindo que os requerentes de asilo recebam uma audiência legal justa. a que têm direito.

Vou mobilizar a comunidade internacional para enfrentar a crise humanitária, pressionar o regime e seus cúmplices por meio de sanções coordenadas contra os envolvidos em corrupção e violações dos direitos humanos, pressionar por eleições livres e equitativas e auxiliar na recuperação de longo prazo da Venezuela.

A política cubana de Trump é um espetáculo barato. O seu governo está a deportar centenas de cubanos para a ditadura, e a repressão do regime só aumentou sob a sua liderança.

Quase 10.000 cubanos estão a definhar em acampamentos ao longo da fronteira com o México devido ao programa anti-imigração de Trump, que separa as famílias cubanas por meio de restrições às visitas familiares e remessas de dinheiro.

A minha política no que respeita a Cuba será guiada por dois princípios: primeiro, os americanos, especialmente os cubano-americanos, serão os melhores embaixadores da liberdade em Cuba. Em segundo lugar, darei poderes ao povo cubano para determinar o seu próprio futuro - isso é essencial para os interesses de segurança nacional dos Estados Unidos. Vou reverter as políticas ineficazes de Trump e permitir que os cubano-americanos venham à ilha e enviem dinheiro para as suas famílias em Cuba.

Tal como o fiz enquanto vice-presidente, exigirei mais uma vez a libertação dos presos políticos e darei prioridade aos direitos humanos. Também reabrirei os canais para a migração legal e segura da ilha, incluindo o Programa de Liberdade Condicional para a Reunificação da Família Cubana e o Programa de Admissão de Refugiados Cubanos, o mais rápido possível. Essas pessoas estão à espera da sua vez há muito tempo, e não é justo termos colocado este programa em espera por tanto tempo.

(…)

Fonte: https://les7duquebec.net/archives/259677

 

Observações do Tradutor: Os extractos desta entrevista concedida por Joe Biden antes da recente mascarada eleitoral nos EUA, provam que é penas formal o diferendo entre o presidente eleito e o presidente ainda em exercício. O objectivo de ambos é o mesmo. Interferir nos assuntos internos de outros estados, promover e apoiar golpes de estado ou impor regimes mais favoráveis aos interesses da superpotência que representam.

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