Serventuários Passos
e Portas …cumprem!
A confirmar que a nossa
crítica a Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP, de fazer depender a
marcação de uma Greve Geral Nacional, a sério, do que o governo iria fazer
relativamente à TSU, era justa, estão aí as reveladoras notícias e rumores de
que o governo de traição Passos/Portas, apesar de ter anunciado, perante os
“meios de comunicação social” – e apenas face à pressão popular – , que
abandonava o projecto de aplicação de tal taxa, ajoelha agora perante o
directório europeu e aceita, caninamente, aplicar o modelo ditado por Bruxelas
e pelo imperialismo germânico, modelo a incorporar na Lei do Orçamento Geral do
Estado para 2013.
Garantindo que as medidas
alternativas propostas para substituir os objectivos pretendidos com a
aplicação da TSU – redução da taxa para o patronato e aumento da mesma de 11
para 18% para os trabalhadores –, satisfazem plenamente, em termos orçamentais,
o que aquela taxa visava, escamoteiam que os fins políticos que de facto
perseguem são os de, através do roubo dos salários e do trabalho, obrigarem os
trabalhadores e o povo português a pagar uma dívida da qual não são
responsáveis, nem dela beneficiaram.
Demonstrando o que sempre
afirmámos, o “conselho da concertação social”, a nova câmara corporativa do
fascismo e um órgão contra natura – pois é impossível conciliar o
inconciliável, isto é, os interesses do grande capital e do imperialismo com os
interesses dos trabalhadores e do povo -, veio, através dos pomposamente
apodados de “parceiros sociais” (uma misturada de “representantes” sindicais
com associações patronais), mostrar-se muito surpreendido com o anúncio feito
por Oli Rehn, o “comissário do euro”, de que as exigências de Bruxelas
(leia-se, do imperialismo germânico que tutela e domina o directório europeu),
estavam a ser cumpridas “quer no plano orçamental, quer no plano estrutural”.
Traduzido por miúdos, em
linguagem simples e directa, e não com os “floreados” a que, quer Bruxelas, quer
o governo de traidores PSD/CDS recorrem para tentar enganar os trabalhadores e
o povo, a burguesia, o grande capital e o imperialismo podem ter perdido uma
importante batalha, mas não perderam os intentos de ver aplicadas mais (outras)
medidas terroristas contra os trabalhadores que tenham os mesmos efeitos e
alcance dos da descida generalizada da TSU para o patronato e a sua
correspondente subida para quem trabalha!
Amanhã, na reunião
extraordinária da direcção da CGTP, Arménio Carlos só poderá colocar à
discussão e aprovação a proposta da marcação imediata, sem hesitações e
delongas, de uma Greve Geral Nacional, a sério, e que tenha de forma inequívoca
como objectivo o derrube deste governo. Esperar pela reunião da “concertação
social” que se realiza a 12 de Outubro ou, pior do que isso, esperar pelo dia
em que este governo de serventuários e vende-pátrias apresentará no parlamento
a Lei Geral do Orçamento para 2013, só poderá ser classificado como uma
miserável traição aos trabalhadores e ao povo português.
Sem comentários:
Enviar um comentário