terça-feira, 4 de março de 2014

Os indicadores de um milagre feito desastre económico!

De há uns tempos a esta parte que os trabalhadores e o povo vêm a ser brindados por este governo de traição nacional com o anúncio de um continuado e consistente milagre económico.

Segundo esta gente, as medidas terroristas e fascistas que de há 3 anos a esta parte, desde que assumiram o poder, têm vindo a impôr ao povo começam a produzir indicadores positivos de uma recuperação económica.

O povo que, quando a esmola é muita, desconfia, sente, no entanto,  que tais medidas mais não tem do que conduzido a um continuado , consistente e alargado empobrecimento, e que indicadores como o desemprego, o crescimento das exportações, as projecções de crescimento económico, entre outros indicadores, não conseguem escamotear o facto de que as políticas prosseguidas, não só não estão a resultar, como o paraíso do leite e do mel anunciado não passa de uma miragem.

Assente o pó levantado pela demagogia e a mentira, eis que se começa a perceber que o desemprego, afinal, crescerá, passado o efeito sazonal do emprego de verão e deduzido das estatísticas oficiais o efeito da emigração massiva que se tem registado – sobretudo de jovens e licenciados.

Assim como se torna cada vez mais evidente que, apesar do genocídio fiscal que aos trabalhadores e ao povo português está a ser imposto para pagar uma dívida que não contraíram, nem dela retiraram qualquer benefício,  a dívida não cessa de aumentar,  e mesmo a diminuição do déficite não passa de uma ilusão projectada pelos mesmos que há 3 anos atrás anunciavam que o Memorando de Entendimento serviria, precisamente, para resgatar Portugal da dívida e do déficite.

No entanto, não fala este executivo de serventuários,de outro tipo de indicadores, esses sim reais. Esconde, nomeadamente, o facto de que nos últimos 2 anos lançou a malha estreita da rede das finanças sobre as famílias , como denuncia a um jornal económico o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, que assegura que  nos últimos dois anos o fisco executou e vendeu quase 56 mil imóveis, deixando as famílias sem lugar para viver, tendo o governo intensificado “…a pressão para penhorar imóveis”.

Um dos indicadores do sucesso que o governo dos serventuários Coelho/Portas, tutelado por Cavaco, mais amiúde gosta de evidenciar, é o das exportações. Contudo, mesmo o projectado crescimento de cerca de 5% estimado para 2013, não resultou de um aumento da capacidade produtiva instalada, mas sim de outros factores. A saber:

·         O facto de ter decrescido o consumo de gasolina e os seus excedentes estarem a ser exportados, isto porque o gasóleo se tornou  um produto com maior procura entre os combustíveis disponíveis no mercado;

·         O ouro não monetário estar em alta, resultado do cada vez maior recurso das famílias à venda ou penhora das jóias de família para compensarem as quebras de rendimento a que foram sujeitas, quer pelo desemprego, quer pelo aumento de impostos, quer pelos sucessivos cortes nas pensões e outras prestações sociais, quer ainda pelo brutal aumento dos principais bens e serviços de primeira necessidade, entre os quais se encontram os medicamentos;

·         Medicamentos que as grandes empresas multinacionais farmacêuticas – em busca de um maior e mais fácil lucro – estão a deixar esgotar nos circuitos de distribuição normais – farmácias, dispensários hospitalares, etc. - , para depois os vender a países estrangeiros com margens de lucro muito maiores;

·         A relativa desvalorização que o euro registou em relação ao dólar e que teve um grande efeito no volume das exportações, sobretudo para os países fora do euro.

Mesmo o frágil e por certificar crescimento do PIB deve-se ao facto de se ter registado alguma reanimação da procura interna, muito graças – o que não deixa de ser caricato – ao chumbo levado a cabo pelo Tribunal Constitucional de algumas das mais abjectas e terroristas normas do OE 2013, precisamente aquelas que induziriam, tivessem sido aprovadas, ainda mais dramáticas reduções nos já de si diminuto rendimentos do povo e de quem trabalha.

Conhecidas que são as escolhas de Coelho e Portas para a lista de coligação – a Aliança Portugal – que apresentam às próximas eleições para o parlamento europeu , assim como a do PS que apresenta como primeiro candidato um tal Assis que proclama a necessidade de um entendimento entre PS e PSD e CDS – como se esse entendimento não existisse de há muito e estivesse até consubstanciado no pacto de agressão sobre o povo que todos eles subscreveram com a tróica germano-imperialista -, quer a nível interno, quer a nível externo, outra saída não resta aos trabalhadores e ao povo português senão aproveitar as eleições europeias para dar um passo decisivo no derrube do governo de traição nacional e isolar e derrotar os candidatos que se mostram dispostos a com tal canalha se aliar.

Há que forjar na luta a ampla aliança de forças políticas e sociais que hão-de pôr na rua os inimigos do povo e os vendilhões da pátria e construir o governo democrático patriótico de que o país tão urgentemente necessita.


Sem comentários:

Enviar um comentário