De há uns tempos a esta parte que os trabalhadores e
o povo vêm a ser brindados por este
governo de traição nacional com o anúncio de um continuado e consistente milagre económico.
Segundo esta gente, as medidas terroristas e
fascistas que de há 3 anos a esta parte, desde que assumiram o poder, têm vindo
a impôr ao povo começam a produzir indicadores
positivos de uma recuperação económica.
O povo que, quando a esmola é muita, desconfia,
sente, no entanto, que tais medidas mais
não tem do que conduzido a um continuado , consistente e alargado
empobrecimento, e que indicadores como o desemprego, o crescimento das exportações, as projecções de crescimento económico, entre outros indicadores, não conseguem
escamotear o facto de que as políticas prosseguidas, não só não estão a resultar,
como o paraíso do leite e do mel anunciado não passa de uma miragem.
Assente o pó levantado pela demagogia e a mentira,
eis que se começa a perceber que o desemprego, afinal, crescerá, passado o
efeito sazonal do emprego de verão e
deduzido das estatísticas oficiais o efeito da emigração massiva que se tem
registado – sobretudo de jovens e licenciados.
Assim como se torna cada vez mais evidente que,
apesar do genocídio fiscal que aos trabalhadores e ao povo português está a ser
imposto para pagar uma dívida que não contraíram, nem dela retiraram qualquer
benefício, a dívida não cessa de
aumentar, e mesmo a diminuição do
déficite não passa de uma ilusão projectada
pelos mesmos que há 3 anos atrás anunciavam que o Memorando de Entendimento serviria, precisamente, para resgatar Portugal da dívida e do
déficite.
No entanto, não fala este executivo de
serventuários,de outro tipo de indicadores, esses sim reais. Esconde,
nomeadamente, o facto de que nos últimos 2 anos lançou a malha estreita da rede
das finanças sobre as famílias , como
denuncia a um jornal económico o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos
Impostos, que assegura que nos últimos
dois anos o fisco executou e vendeu quase 56 mil imóveis, deixando as famílias
sem lugar para viver, tendo o governo intensificado “…a pressão para penhorar
imóveis”.
Um dos indicadores do sucesso que o governo dos serventuários Coelho/Portas, tutelado por
Cavaco, mais amiúde gosta de evidenciar, é o das exportações. Contudo, mesmo o
projectado crescimento de cerca de 5% estimado para 2013, não resultou de um
aumento da capacidade produtiva instalada, mas sim de outros factores. A saber:
·
O facto de ter decrescido o consumo de gasolina e
os seus excedentes estarem a ser exportados, isto porque o gasóleo se tornou um produto com maior procura entre os
combustíveis disponíveis no mercado;
·
O ouro não monetário estar em alta,
resultado do cada vez maior recurso das famílias à venda ou penhora das jóias de família para compensarem as
quebras de rendimento a que foram sujeitas, quer pelo desemprego, quer pelo
aumento de impostos, quer pelos sucessivos cortes nas pensões e outras prestações sociais, quer ainda pelo
brutal aumento dos principais bens e serviços de primeira necessidade, entre os
quais se encontram os medicamentos;
·
Medicamentos que as grandes empresas multinacionais
farmacêuticas – em busca de um maior e mais fácil lucro – estão a deixar
esgotar nos circuitos de distribuição normais – farmácias, dispensários
hospitalares, etc. - , para depois os vender a países estrangeiros com margens
de lucro muito maiores;
·
A relativa desvalorização que o euro registou em
relação ao dólar e que teve um grande efeito no volume das exportações, sobretudo
para os países fora do euro.
Mesmo
o frágil e por certificar crescimento do
PIB deve-se ao facto de se ter registado alguma reanimação da procura interna, muito graças – o que não deixa de
ser caricato – ao chumbo levado a cabo pelo Tribunal Constitucional de algumas
das mais abjectas e terroristas normas do OE 2013, precisamente aquelas que
induziriam, tivessem sido aprovadas, ainda mais dramáticas reduções nos já de
si diminuto rendimentos do povo e de quem trabalha.
Conhecidas
que são as escolhas de Coelho e Portas para a lista de coligação – a Aliança Portugal – que apresentam às
próximas eleições para o parlamento europeu , assim como a do PS que apresenta
como primeiro candidato um tal Assis que proclama a necessidade de um
entendimento entre PS e PSD e CDS – como se esse entendimento não existisse de
há muito e estivesse até consubstanciado no pacto de agressão sobre o povo que
todos eles subscreveram com a tróica germano-imperialista -, quer a nível
interno, quer a nível externo, outra saída não resta aos trabalhadores e ao
povo português senão aproveitar as eleições
europeias para dar um passo decisivo no derrube do governo de traição nacional
e isolar e derrotar os candidatos que se mostram dispostos a com tal canalha se
aliar.
Há que forjar na luta a ampla aliança de forças
políticas e sociais que hão-de pôr na rua os inimigos do povo e os vendilhões
da pátria e construir o governo democrático patriótico de que o país tão
urgentemente necessita.
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