Não passa um
dia em que os chamados meios de
comunicação social, com o contributo de todo o tipo de opinólogos, economistas e
fazedores de opinião ao serviço do
governo Coelho/Portas e dominados pelos grandes grupos financeiros e bancários
que aqueles – juntamente com o seu tutor Cavaco – defendem, não nos venham
fazer prova de vida da governança PSD/CDS e de um pseudo-milagre económico que estes estariam a
produzir.
Nenhum dos
seus argumentos resiste, no entanto, aos factos. E os factos, que falam por si,
traçam um outro cenário – nada ídilico: o da realidade do crescente e profundo empobrecimento
do povo e de quem trabalha, que as políticas da tróica germano-imperialista provocaram
e que estes serventuários se têm prestado a executar. Segundo dados divulgados esta
semana por uma fonte tão insuspeita como Autoridade Tributária e do Orçamento do Cidadão (OC):
·
Apenas nos
últimos dois anos, o sucesso das
políticas de ajustamento impostas
pela tróica tiveram como consequência a queda dos rendimentos de 750 mil
famílias para os escalões mais baixos do IRS
·
Com um
rendimento anual bruto de 10 mil euros, viviam em 2010 cerca de 2,3 milhões de
famílias (48%),
número que aumentou para 3 milhões
(66%), em 2012! Isto é, apenas neste escalão o empobrecimento representou um
aumento de 33,1% em dois anos!
·
No escalão
das famílias que auferiam menos de 715 € brutos mensais de rendimento, era de
2,28 milhões o número de agregados familiares , número que disparou, em 2012,
para 3,04 milhões abaixo daquele limiar
O resultado está a ser, afinal, a prova de vida do desastre económico a
que este governo, persistindo na política de que seja o povo a pagar uma dívida
que não contraiu e da qual não retirou qualquer benefício, está a conduzir os
trabalhadores e o povo.
·
Enquanto em
2010 foram entregues 4,71 milhões de declarações de rendimento (IRS) e, deste
total, 48,4% declararam menos de 10 mil
euros brutos de rendimento e 51,6% um valor acima daquele, já as declarações de
rendimentos de 2012 – entregues em 2013 – registam que 3,04 milhões de famílias
terão assinalado rendimentos inferiores a 10 mil euros brutos.
·
Isto é, um
aumento de 753 mil agregados familiares – ou seja 33% de subida – em relação a
2010 (ano em que os rendimentos das famílias portuguesas equivalia a cerca de
50% da média europeia).
·
Enquanto o
total de agregados familiares com rendimentos abaixo dos 10 mil euros brutos
anuais representava em 2010 48% das
declarações apresentadas, em 2012 tal percentagem subiu para 66%.
·
Ou seja, se
em 2010, 51,6% das famílias auferiam rendimentos superiores a 10 mil euros
brutos anuais, esse número diminuiu para 34,3% em 2012!
Neste contexto, a prova de vida que
os trabalhadores e o povo devem dar a estes serventuários é a de que tudo farão
para que se consolide uma política de unidade que leve ao derrube deste governo
de traição nacional e do seu tutor Cavaco, primeiro passo para a constituição
de um Governo Democrático e Patriótico que se recuse a pagar uma dívida
ilegítima, ilegal e odiosa e que crie as condições para que o povo seja chamado
a debater e a pronunciar-se sobre a saída de Portugal do euro em referendo. E
podem dar já um primeiro sinal dessa vontade nas eleições para o Parlamento
Europeu que vão ocorrer no próximo dia 25 de Maio!
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