domingo, 16 de março de 2014

Só lutando o Povo Vencerá!

Os trabalhadores da Rodoviária em luta não desarmam


Os trabalhadores da Rodoviária Tejo decidiram manter uma paralisação de 24 horas no próximo dia 28 deste mês, depois de uma reunião com a administração "nós tínhamos uma proposta e pensávamos que hoje íamos discutir essa proposta, mas aquilo que a empresa disse foi que não estava disponível para negociar sob pré-aviso de greve… portanto, entrámos com uma mão vazia e saímos com uma mão cheia de nada", este o tom da denuncia feita por um dirigente sindical do Sindicato dos Transportes Rodoviários.
As principais reivindicações dos trabalhadores são o cumprimento da aplicação do descanso compensatório, o aumento dos salários, melhoria das condições de trabalho (horários incomportáveis entre outros), contra a discriminação de salários e abonos entre funcionários.
O sindicalista explicou que em cima da mesa de negociações estava também a discussão do acordo de empresa (AE), e que estão a ponderar avançar com processos judiciais contra a Rodoviária do Tejo. "Temos um conjunto de cerca de 150 processos para entrar contra a empresa em tribunal pelo não pagamento nem atribuição do descanso compensatório e das diferenças dos pagamentos de subsídio de férias e Natal ao longo dos anos que eles nunca cumpriram", apontou.
No dia 28, também estarão em greve os trabalhadores da Rodoviária de Lisboa e da Transportes Sul do Tejo.
A continuação desta luta demonstra que os trabalhadores destas empresas de transportes não estão dispostos a ceder nas suas justas reivindicações, luta essa que tem de se inserir no combate mais geral do povo português pelo derrube deste governo vende-pátrias.

Trabalhadores da Moviflor - Lutam contra os despedimentos e o roubo dos seus salários!


Os trabalhadores da Moviflor, uma importante cadeia de mobiliário com sede em Braga entraram em greve, esta segunda-feira, dia 10/03, por tempo indeterminado. Segundo os trabalhadores, a empresa que está a ser alvo de um Plano Especial de Revitalização, apenas pagou 20% dos salários de Fevereiro. A greve dos trabalhadores de Braga vai manter-se pelo menos até ao dia 14, dia em que os trabalhadores poderão suspender os contratos.
Os trabalhadores denunciam que têm três salários de 2013 em atraso, mais os respectivos subsídios de férias e natal. O mês de Janeiro deste ano não foi pago e esta situação acontece, não só aos 15 trabalhadores de Braga, mas também aos mais de 500 espalhados por todo o país, denuncia corroborada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércios, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP).
Esta segunda-feira de manhã, os trabalhadores manifestaram-se à porta das instalações da empresa em Braga, distribuindo panfletos e empunhando uma faixa onde se podia ler: "Exigimos pagamento dos salários".
Apesar do dito plano especial de revitalização aprovado em Novembro, os mais de 500 trabalhadores que se encontram em casa por suspensão temporária do contrato de trabalho, - a Moviflor tem cerca de 830 trabalhadores, dos quais 320 foram incluídos num plano de despedimentos da empresa - estão numa “situação difícil” que "continuam sem saber quando vão trabalhar ou qual é o seu futuro”, existindo já trabalhadores que já tiveram de recorrer ao Banco Alimentar, denuncia feita por trabalhadores que entretanto se manifestaram no passado dia 8 de Março junto à loja no Porto. Semelhantes concentrações de trabalhadores desta empresa aconteceram em Braga, Olhão e Seixal.
Mais uma luta dos trabalhadores de uma importante empresa que luta contra os despedimentos e o roubo dos seus salários. O combate por parte destes trabalhadores só poderá obter êxito se estiver relacionado com o objectivo primacial que consiste no derrube deste governo subjugado aos interesses da Tróica, porquanto se este governo se mantiver no poder, a já débil e diminuta produção industrial desaparecerá inapelavelmente, situação que se agravou desde que Portugal se tornou num país de criados de libré, onde nada ou pouco se produz, se pesca, se lavra.
Lutemos então para inverter esta situação, impondo a saída do euro, o não pagamento desta dívida odiosa, um governo democrático patriótico que lute contra os despedimentos, contra o roubo do salário, a recuperação do nosso tecido industrial destruído, a nossa agricultura e as pescas, em suma a defesa da independência nacional, o que caracteriza um país soberano e livre.


ENVC - A confirmação de uma linha política


envc 01Um experiente camarada comunista marxista-leninista questionado sobre quais as razões por que um governo de traição nacional como este, e nas circunstâncias políticas actuais da luta de classes, ainda não tinha caído, perante o silêncio dos ouvintes, respondeu: são duas, uma o PS e a outra a CGTP.O PS porque se não tivesse aceitado negociar o acordo de “salvação nacional” proposto pelo bandalho do Cavaco, o governo teria caído; a CGTP porque desconvocou a passagem a pé sobre a ponte. Pois, no que respeita à CGTP não se trata de um erro, de um erro grave é certo, mas apenas erro. Não! Os factos recentes nos ENVC provam que é uma política, uma política feita de desistência e derrota.
Todo o operário consciente, todo o democrata, todo o patriota cuidava, ainda há pouco, que os trabalhadores dos ENVC, principalmente os operários, estavam na vanguarda do combate político contra o avanço da contra-revolução não só no domínio das relações laborais como pela salvaguarda dos meios de uma estratégia nacional de desenvolvimento baseada na potenciação dos recursos próprios, nomeadamente do mar, contra a prática traidora do governo de venda ao desbarato de todos os activos e de entrega à exploração imperialista dos recursos nacionais.
A ofensiva vende-pátrias do governo consistia em concessionar o terreno e os equipamentos dos estaleiros a uma empresa de um grupo falido, a Martifer, por meia dúzia de tostões para, salvaguardando interesses de banqueiros postos em causa quer pela situação financeira do próprio grupo Martifer quer pela possibilidade de violação dos contratos dos ENVC, lavar as mãos do futuro encerramento do mesmo com a entrega do negócio da construcção naval aos estaleiros do Norte da Europa (encerrando os ENVC, mais negócio fica para os restantes estaleiros). Cumpriria assim mais um acto no processo de integração europeia do país fazendo o que Soares, Cavacos, Guterres, Barrosos e Sócrates já haviam feito no passado, mas ainda com maior gravidade dada a debilidade actual do aparelho produtivo nacional: liquidando a capacidade produtiva num sector estratégico para o desenvolvimento do país. Não hesitou mentir sobre exigências da UE, não hesitou em utilizar meios avultados para oferecer de borla à concessionária, não hesitou em utilizar todos os meios para tentar “limpar” os ENVC dos seus, segundo um ex-administrador, “piores passivos”, os trabalhadores.
A propaganda comunista marxista-leninista tudo isto denunciou. Para a vitória numa luta desta natureza tornava-se essencial conhecer o interesse do inimigo, a solidariedade dos sectores democráticos e patrióticos e uma unidade férrea dos trabalhadores para não se deixarem encantar pelos cantos da sereia do duvidoso interesse pessoal imediato ensaiados pelo governo. Mas um bando de dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas e Metalomecânicas do Distrito de Viana do Castelo (STIMMDVC), sindicato filiado na CGTP, o Branco Viana, o Martinho Cerqueira e o Diamantino Veiga, todos eles trabalhadores dos ENVC, para justificarem o seu encanto pelo interesse material imediato, violaram o mandato dos operários e negociaram com o ministro um “plano social” (mais 3500€ para cada trabalhador com direito ao complemento de pensão, mais 2500€ para os restantes e promessa de “prioridade” para os trabalhadores dos estaleiros nas 400 admissões da Martifer) em troca da traição (rescisão com mútuo acordo até 21 de Fevereiro). Para quem não assinasse, despedimento colectivo com direito exclusivamente aos “mínimos legais”. Dos actuais 617, apenas 11 resistiram.
E qual foi a reacção da CGTP que, em palavras, propunha a continuação da luta? Denunciar e expulsar do seu seio quem traiu desta maneira uma luta tão importante para os interesses sindicais? Não! Silenciar; passar de fininho; desistir. A mesma atitude da ponte. Enfim, uma política. Para já venceram o cálculo e o interesse pessoal, perderam a classe e interesses democráticos e patrióticos. Mas esta derrota de hoje pode ser transformada em vitória amanhã, se soubermos retirar as devidas lições.

Os trabalhadores da Casa da Moeda em greve


trabalhadores casa da moeda 01Contra o fim anunciado dos serviços sociais pela administração do INCM (Imprensa Nacional da Casa da Moeda), os trabalhadores irão efectuar greves nos dias 28 de Fevereiro e 3 de Março. Na próxima sexta-feira, dia da primeira paralisação, os trabalhadores irão concentrar-se pelas 14 horas junto ao edifício da administração em Lisboa.
Estas formas de luta foram decididas pelos trabalhadores em plenários realizados nos passados dias 5 de Fevereiro (em Lisboa) e 19 de Fevereiro (no Porto).
A Comissão de Trabalhadores, em comunicado, afirma que, apesar das negociações que estão a decorrer, a administração “manteve no essencial as suas propostas”, ou seja, os cortes de direitos nos serviços sociais. É por isso que os trabalhadores terão de continuar a luta com as novas greves agora convocadas, depois da que realizaram em 19 de Dezembro pelos mesmos motivos.
Esta luta como todas as outras terá de ter em mente o objectivo primacial do derrube do governo de traição nacional, porque sem esse desígnio ser atingido, quanto antes, nenhum combate sairá vitorioso.
Ousemos lutar para ousarmos vencer!

Mineiros da Panasqueira: Em luta contra o aumento do horário de trabalho e o roubo nos salários!


mineiro 01Os mineiros das minas da Panasqueira lutam contra a alteração dos horários de trabalho e por melhores salários.
Mais uma vez os trabalhadores desta importante mina lutam contra a prepotência do patronato que continuamente tenta impor ritmos de trabalho ofensivos da dignidade de quem vende a sua força de trabalho, colocando em causa a vida pessoal, familiar e social destes trabalhadores que trabalham em condições extremamente duras e com salários dos mais mal pagos do sector.
Conforme informação divulgada pelo STIM - Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira, na passada quinta-feira, os trabalhadores rejeitaram em plenário a proposta da Sojitz Beralt Tin & Wolfram e decidiram fazer greve no próximo dia 10 de Março.
Um combate duro mas tenaz destes operários que não podem ceder, porque só ousando lutar poderão vencer. Luta essa que não se pode desligar do objectivo central da luta mais geral do povo português, que consiste no derrube deste governo vende-pátrias e a imposição de uma alternativa democrática patriótica, que tenha como programa político imediato, o não pagamento de uma dívida que não foi contraída pelo povo, nem o povo dela retirou qualquer benefício, e a defesa da saída do euro.

Os trabalhadores da CP e da Refer em Greve


2013-03-09-manif 04Os trabalhadores da CP e da Refer prosseguem a sua luta contra o “corte de salários, pensões e direitos, a redução dos investimentos em comboios e infra-estruturas, a redução contínua de trabalhadores e a falta de segurança quanto à manutenção do posto de trabalho.”
Esta importante luta tem também por objectivo contrariar a concessão/privatização que, se fosse avante, iria destruir em definitivo o serviço público ferroviário às populações que já se encontram enormemente carenciadas deste serviço. Muita desta população já deixou de ter esse meio de transporte com o fecho de centenas de linhas férreas por este país fora, durante os consulados de Cavaco Silva, Barroso, Sócrates e Passos Coelho/Portas.
Os trabalhadores combatem também o fim do direito ao transporte gratuito quer de reformados, quer de trabalhadores no activo, salientando-se que, no caso dos reformados, existe um impacto muito grande na degradação da sua mobilidade.
Os trabalhadores da EMEF paralisam a 11 de Março, aproveitando o dia para a realização de um plenário nacional e manifestação, seguindo-se dia 13 uma greve na CP, Refer e CP Carga. O prosseguir desta luta foi decidido num encontro de representantes do sector ferroviário, realizado nesta terça-feira, 18/02.
A 11 de Março os trabalhadores do Porto, Barreiro, Lisboa e Entroncamento da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF) irão concentrar-se no Entroncamento, estando prevista uma paralisação geral da empresa durante todo o dia, “com recurso aos tempos legais para plenário e também a algum tempo de greve".
No dia 13 será a vez dos trabalhadores da CP, Refer e CP Carga cumprirem uma greve de 24 horas.
Esta luta dos trabalhadores terá de se inserir na luta mais geral do povo português pelo derrube deste governo vende-pátrias, pela imposição de um governo democrático patriótico que implemente um programa cujas medidas principais sejam a saída do euro e o não pagamento de uma dívida ilegal, ilegítima e impagável.
Ousando lutar, ousa-se vencer!


Após dura e prolongada luta Estivadores do porto de Lisboa alcançam vitória!


A fim de relatar as negociações que levaram a uma retumbante vitória para a luta dos estivadores portugueses, o Sindicato dos Estivadores do Tráfego e Conferentes Marítimos do Centro e Sul de Portugal convocou uma conferência de imprensa para as 19 horas desta 2ª feira, dia 17 de Fevereiro, nas suas instalações à Rua do Alecrim, 25-1º, em Lisboa, à qual a redacção do Luta Popular esteve presente.
Para esta manhã, o sindicato havia convocado um Plenário no qual estiveram presentes cerca de 200 trabalhadores, para discutir os termos do acordo que havia sido alcançado com o patronato e os operadores marítimos na 6ª feira passada, tendo o acordo obtido o voto unânime por parte dos presentes.
Com a arrogância própria de quem se julga protegido pelas medidas terroristas e fascistas de um governo que tem imposto a facilitação e embaretecimento dos despedimentos e a institucionalização da precarização do trabalho, o grupo Mota-Engil que controla, através da sua empresa LISCONT, as operações de carga e descarga e manipula a seu belo prazer e conforme os seus interesses os operadores portuários em Lisboa, acreditava que iria subjugar os trabalhadores e suas organizações sindicais aos seus ditames.
Porém, os trabalhadores da estiva, num assinalável exemplo de coesão, mobilização, unidade e vontade de lutar, organizados em torno de um combativo Sindicato e contando com a solidariedade internacional de organizações de estivadores de todo o mundo – mormente do poderoso International Dockworkers Council (IDC)-, impuseram ao patronato uma monumental derrota.
Na passada 6ª feira, dia 14 de Fevereiro, depois de largos meses de dura e prolongada luta, assente em sucessivos períodos de greve e com o apoio dos sindicatos de estivadores europeus e do IDC, representantes do Sindicato dos Estivadores do Tráfego e Conferentes Marítimos do Centro e Sul de Portugal anunciaram ter imposto ao patronato um acordo que aponta “para um roteiro a definir nos próximos dias entre os diferentes parceiros sociais para a calendarização do processo de negociação de um novo contrato colectivo de trabalho”.
Mas, mais importante ainda, o presente acordo forçou a que governo e patronato aceitassem as principais exigências dos trabalhadores:
• Reintegração de todos os 47 estivadores despedidos do porto de Lisboa
• Fim da contratação de trabalhadores alternativos, uma forma eufemística de classificar trabalho baratinho, intensivo e pouco qualificado
• Abertura do processo de negociação do novo contrato colectivo de trabalho
• E retirada de todas as multas e sanções que haviam sido impostas pelo patronato e pelo governo ao sindicato e aos trabalhadores com o objectivo de fazer vergar e derrotar a sua luta.
Conscientes de que a divisão entre trabalhadores só beneficia o patronato e cria as condições para a precarização do trabalho e o baixamento dos salários, os trabalhadores da estiva e o seu sindicato impuseram que, quer em relação aos 26 trabalhadores eventuais da AETP-L, quer em relação aos 21 trabalhadores da PORLIS, “deve ser dada formação profissional necessária para aumentar as capacidades de resposta às necessidades de mão-de-obra do porto”, devendo estes trabalhadores vir a ser abrangidos pelo novo CCT que ficou de ser negociado até ao final de Setembro de 2014.
Sem alimentar ilusões, os trabalhadores estivadores do porto de Lisboa, apesar de confiarem na sua força, têm consciência de que ganharam uma importante batalha, mas que o inimigo de classe certamente aguardará as condições que considerar mais favoráveis a um contra-ataque. Foi assim no passado, tudo indica que o será no futuro. A vigilância, a unidade e a disposição para a luta serão a única garantia de que se tal ocorrer os trabalhadores vencerão de novo!

O que a luta dos trabalhadores da estiva de Lisboa vem demonstrar é que quando estes se dispõe a organizar-se, a mobilizar-se e a lutar por uma causa justa como aquela em que se empenharam, a burguesia e os seus agentes saem sempre derrotados. Este e outros exemplos devem nortear a luta de todos os trabalhadores e do povo português em geral pelo derrube do governo de serventuários da tróica germano-imperialista, protagonizado por Coelho e Portas e tutelado por Cavaco.


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