sexta-feira, 4 de abril de 2014

Como a administração da Autoeuropa serve os fins eleitoralistas da coligação traidora PSD/CDS

trabalhadores autoeuropa 01A administração da fábrica de automóveis Autoeuropa, do grupo alemão da Volkswagen, anunciou recentemente, através do director daquela unidade de produção de Palmela, a intenção de investir em Portugal 670 milhões de euros até 2019.
O anúncio desta mera intenção de investimento deu, contudo, lugar a uma cerimónia pública com pompa e circunstância, com ministro e tudo, e mereceu imediatamente por parte de toda a comunicação social vendida grandes parangonas nas primeiras páginas dos jornais e destaques de relevo nos serviços noticiosos dos canais televisivos.
Ou seja, a encenação foi de tal ordem que aquilo que ainda não existe e não passa de uma incerta intenção surgiu como um facto consumado e apresentado, no fundo, como um sinal de confiança e apoio da parte do imperialismo germânico na política do governo de traição nacional PSD/CDS.
Acontece que se fica a saber, pelas próprias declarações do director da fábrica de Palmela, que o proclamado investimento estará ainda dependente da aprovação de Bruxelas e condicionado por incentivos a conceder pelo governo português, o que, convenhamos, da parte destes lacaios, não constituirá problema.
Seja como for, a concretizar-se este propalado plano, nada ocorrerá antes do próximo mês de Junho de 2014, isto é, só depois das eleições europeias que , como é sabido, terão lugar a 25 de Maio deste ano.
Ou seja, estamos perante um descarado golpe eleitoralista orquestrado pela coligação fascista no poder para tentar iludir os trabalhadores e levá-los a votar em quem se tem dedicado ao roubo do trabalho, dos salários, das pensões e das reformas.
Sucede, contudo, que qualquer plano de reforço do investimento alemão nesta fábrica, que exporta a quase totalidade da sua produção, tem e terá sempre por detrás, por parte dos lacaios do governo português, a garantia de condições de exploração e liquidação dos direitos dos trabalhadores que assegurem uma rentabilidade segura do capital investido.
Só que também não se pode deixar passar em claro a conivência e cumplicidade de alguns dirigentes da CT, que se gabam de colaborar e trabalhar em conjunto com a administração e não se coíbem de reconhecer e dar o justo valor à administração local, tudo nas palavras de António Chora, presidente da CT.
Todas estas manobras eleitoralistas visam acima de tudo impedir que se discuta neste período eleitoral a necessidade da saída do Euro, como única alternativa para pôr termo precisamente à dramática situação para que foram e continuarão a ser lançados milhões de famílias trabalhadoras, em consequência dos ditames da chancelerina Merkel.
E disto, como da necessidade de derrubar o governo de traição nacional PSD/CDS, não se podem também alhear os operários da Autoeuropa.

Retirado de:
http://lutapopularonline.org/index.php/pais/92-movimento-operario-e-sindical/1036-como-a-administracao-da-autoeuropa-serve-os-fins-eleitoralistas-da-coligacao-traidora-psd-cds

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