domingo, 15 de abril de 2012

Achtung Merkel!

Confiante de que a sua estratégia de dominação, ocupação e pilhagem dos países europeus não conta já com qualquer oposição, antes pelo contrário, merece o aplauso por parte das camarilhas e dos governos serventuários dos seus interesses que na cadeira do poder foi colocando, a chefe do IV Reich ensaia agora um novo passo no processo de germanização do continente, propondo o nome do seu actual ministro das finanças – Wolfgang Schauble – para futuro chefe do Eurogrupo, em substituição do há muito apagado Jean-Claude Juncker, de origem luxemburguesa.

Para aqueles democratas e patriotas de pacotilha que andem distraídos, o Eurogrupo é uma espécie de cúpula dos ministros das finanças da zona euro. É uma das superestruturas que o imperialismo germânico desenhou para assegurar que os países que façam parte dessa comunidade de 17 países que adoptaram a mesma moeda – o euro -, cumpram os limites da dívida externa que a dupla Merkel/Sarkozy impôs que integrassem nas suas constituições ou fizessem aprovar, pura e simplesmente, como lei ordinária nos parlamentos dos respectivos países.

A teia começa, pois, a apertar-se. Já não satisfeita em depôr chefes de governo eleitos, nem que formalmente, de forma democrática, substituindo-os por homens de mão da sua confiança e dos mercados, como foram os casos de Papademos na Grécia de Mario Monti em Itália, já não satisfeita em possuir uma corte de serventuários como são Passos Coelho em Portugal e Mariano Rajoy em Espanha, a chancelarina Merkel quer agora assegurar que a sinistra figura do seu ministro das finanças, mentor do MEE (Mecanismo Europeu de Estabilidade) e primeiro subscritor do projecto de um Governo Económico Europeu, domine o aparelho que assegurará à Alemanha o total controlo sobre as economias dos restantes países europeus.

Achtung Merkel! Ou, numa muito popular e portuguesíssima expressão, põe-te a pau chancelarina! É que, nem o facto de a Alemanha ser um país com nota triplo A a salvará da justa oposição e luta dos povos e nações da Europa que, uma vez mais, e tal como o fizeram no passado, derrotarão os seus intentos de subjugar a Europa aos seus interesses imperiais.

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