domingo, 15 de abril de 2012

O Tempo e o Modo de uma Dívida IMPAGÁVEL!


Como vai sendo habito do chefe do governo de traição PSD/CDS, Passos Coelho, este aproveita-se das suas deslocações ao estrangeiro, nomeadamente à Alemanha onde vai amiúde prestar contas e vassalagem à sua chefe, a chancelarina Merkel, para fazer afirmações que em Portugal, aos trabalhadores e ao povo, nunca teria a coragem de fazer.
Em entrevista à revista alemã DER SPIEGEL, diz o Coelho, não o da Páscoa, mas o dos nossos piores pesadelos, que muito provavelmente será necessário que Portugal recorra a um segundo programa de estabilização orçamental. Claro está que, a nós que sempre afirmámos que esta dívida, para além de ilegítima, ilegal e odiosa é, propositadamente, IMPAGÁVEL, tais declarações em nada nos surpreendem.
Interessante é, no entanto, observarmos a reacção do BE, um dos partidos que sempre se anunciou como partido responsável, adepto de que, apesar de ainda não se saber ao certo quanto se deve, porque é que se deve e a quem se deve, se deve defender, desde a primeiríssima hora, que aos trabalhadores e ao povo português deveria ser exigido o responsável pagamento desta dívida – ou parte dela -, desde que em prestações suaves e a juros baixinhos.
Louçã é um daqueles bobos da corte que, de quando em vez, intervala o seu trabalho de assessoria ao governo e à tróica germano-imperialista – ensinando-lhes como devem dar um rosto humano ao seu selvático sistema capitalista – com o entretinimento das suas palhaçadas que, não fosse o momento bastante trágico para os trabalhadores e para o povo, até nos arrancariam algumas gargalhadas.
Para além de propor um novo verbo e respectiva articulação ao governo dos traidores Passos/Portas, Louçã e o seu movimento/bloco vêm agora fazer um ultimato ao executivo serventuário das exigências da dupla Merkel/Sarkozy. Se, tal como anunciou na supracitada entrevista à revista DER SPIEGEL, o governo vende pátrias vier a recorrer a um novo empréstimo patrocinado pela tróica germano-imperialista, Louçã afirma que “é a democracia e não a vigarice que tem de decidir; democracia é decisão, decisão são eleições, é a escolha democrática de todos”.
Mas vai mais longe o coordenador da comissão política do BE. Diz o Francisco que “para sobreviver, o país precisa de se erguer contra a tróica, contra o abuso económico”.  Numa época considerada por muitos como santa, Louçã terá pensado para com os seus botões, deus nos livre de pensar ou propor derrubar o governo, expulsar a tróica do nosso país e integrar uma frente de todas as camadas populares capazes de constituir um Governo de esquerda cuja primeira medida seja a recusa do pagamento desta dívida e a implementação de um novo paradigma de economia, baseado na recuperação do tecido produtivo destruído e na nacionalização da banca e de todas as empresas e sectores estratégicos para que uma economia ao serviço dos trabalhadores e do povo e controlada por estes, possa emergir.
Pelos vistos, segundo o brilhante ideólogo Louçã, o que está mal não é obrigar o povo a pagar uma dívida ilegítima, ilegal e odiosa, porque obriga ao seu empobrecimento e compromete o desenvolvimento e independência do país. Nada disso! O que está mal é contrair um novo empréstimo, tentando escamotear que o recurso a ele é uma decorrência do facto de esta dívida ser, propositadamente, IMPAGÁVEL! É uma decorrência de os grandes grupos bancários e financeiros, do imperialismo germânico, terem visto na dívida a melhor fonte de rendimentos, lucros e acumulação de capital a que podiam deitar mão, a par de um instrumento de chantagem para dominar e subjugar os povos e nações da Europa!
Há oportunistas, como Louçã, que nunca aprenderão, e em boa verdade nunca quererão aprender! Para eles…FOGO NA PEÇA!

Sem comentários:

Enviar um comentário