sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Bloco de Esquerda:


A teoria acéfala sobre a violência por parte de uma direcção bicéfala!

 

O “modus operandis” dos oportunistas é sempre o mesmo. Aguardam pelas reacções que determinado acontecimento produz na sociedade, avaliam aquela que para eles parece ser a tendência dominante de pensamento e, só depois, “tomam posição”!

Não que constitua qualquer perplexidade que somente 48 horas após a carga policial fascista que se produziu em frente à Assembleia da República, no passado dia 14 de Novembro, e na sequência da manifestação que culminou a Greve Geral, a direcção bicéfala do Bloco de Esquerda, em entrevista conjunta à RTP, tenha tomado, finalmente, uma posição.

E, como é hábito naqueles cuja linha política tem sido, sempre, a de se apresentarem como “conselheiros Acácio” do sistema capitalista que, ao “avaliarem” a violência a que o país assistiu, meterem tudo no mesmo saco, isto é, não diferenciarem a violência fruto da justa ira popular, daquela que tem uma natureza fascista, que deriva de uma articulada e premeditada política de ataque à classe operária, aos trabalhadores e ao povo em geral, que este governo de traidores e serventuários prossegue.

Caso para questionar a Catarina e o Semedo como se lhes afigura possível constituir um “governo de esquerda” e “derrubar o governo” PSD/CDS, face a uma situação política em que Cavaco, não só considera este o seu governo, como se recusa a agir em conformidade com o cada vez maior clamor do povo que exige a sua demissão? Através de “petições cidadãs”?

Esta gente está convencida, ainda, que os trabalhadores e o povo, com papas e bolos, se deixam levar por tolos! Desenganem-se! As diferentes camadas populares, todos os dias atacadas e humilhadas pelas medidas terroristas e fascistas que Coelho e Portas, com o beneplácito de Cavaco e a mando da tróica germano-imperialista lhes impõe, sabem já que a saída para as suas lutas passará, certamente, pelo aprofundar da sua combatividade, único garante para o derrube do governo de traição PSD/CDS.

Por enquanto, os trabalhadores e o povo ainda se vêm constrangidos a correr à frente dos esbirros da polícia. Mas, à medida que se livrarem dos oportunistas que minam a sua unidade e a sua combatividade, à medida que forem tornando mais consequente a sua organização, mais depressa passarão a ter o aparelho repressivo e quem ele defende a correr à sua frente.

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