Como sempre
afirmámos o enterro da EPUL estava a ser precipitadamente anunciado.
Precisamente pela forças políticas – PS e PSD, com o beneplácito do CDS – que julgavam
que apoiando com o seu voto favorável ou a sua abstenção a atitude arrogante e fascista
de António Costa, actual presidente da Câmara Municipal de Lisboa, em proceder
à extinção daquela empresa, tinham vencido a guerra que tinham declarado aos
seus trabalhadores e ao povo de Lisboa.
O inimigo
tem destas coisas. Vencida uma batalha pensa ter ganho a guerra. Mas, a
história tem demonstrado que quando são injustos os motivos que levam alguém a
iniciar uma guerra, o seu projecto pode ganhar algumas batalhas mas, de vitória
em vitória chegará à derrota final.
No caso da
EPUL, em que os trabalhadores pareciam ser o elo mais fraco, porque estes se
souberam unir, porque souberam ser firmes e determinados na justeza da sua
luta, porque a sua é uma luta que não visa apenas os seus direitos, mas se preocupa
também com a defesa e preservação de um instrumento que, posto ao serviço dos
lisboetas, lhes garantirá uma capital moderna , progressiva e europeia, de
aparente derrota em derrota chegarão certamente à vitória final!
Tendo sido
importante a decisão do Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa em acolher
a providência cautelar interposta pelos trabalhadores da EPUL que suspende a
extinção daquela empresa, não há que alimentar ilusões quanto ao facto de o
actual executivo camarário aceitar de bom grado esta derrota. António Costa e a
sua vereação, mas também o PSD que acolheu os pressupostos da extinção proposta
pelo PS, apenas se tendo abstido justificando
o seu voto com a preocupação quanto
aos custos que tal extinção acarretaria, estão já a preparar o contra-ataque.
Tal como
defendíamos num artigo anterior, os trabalhadores da EPUL devem continuar a
implementar todos os esforços no sentido de concitar o apoio e solidariedade
dos trabalhadores da Câmara Municipal de Lisboa e do povo da capital, prosseguindo
a sua denúncia das manobras oportunistas de António Costa e da vereação que
compactua com as suas jogadas, de forma a elevar a consciência daqueles que
ainda se deixam iludir pela dança de cadeiras que tem permitido que há mais de
30 anos PS e PSD, à vez, sozinhos ou coligados com outros partidos do chamado arco parlamentar, tenham sequestrado a
cidade dos seus munícipes e levado a cabo uma gestão de abandono, destruição,
compadrio e corrupção.
Os trabalhadores da EPUL, por ousarem lutar, ousarão vencer!
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