sexta-feira, 21 de junho de 2013

EPUL: Ganhar uma batalha não é vencer a guerra!

Como sempre afirmámos o enterro da EPUL estava a ser precipitadamente anunciado. Precisamente pela forças políticas – PS e PSD, com o beneplácito do CDS – que julgavam que apoiando com o seu voto favorável ou a sua abstenção a atitude arrogante e fascista de António Costa, actual presidente da Câmara Municipal de Lisboa, em proceder à extinção daquela empresa, tinham vencido a guerra que tinham declarado aos seus trabalhadores e ao povo de Lisboa.

O inimigo tem destas coisas. Vencida uma batalha pensa ter ganho a guerra. Mas, a história tem demonstrado que quando são injustos os motivos que levam alguém a iniciar uma guerra, o seu projecto pode ganhar algumas batalhas mas, de vitória em vitória chegará à derrota final.

No caso da EPUL, em que os trabalhadores pareciam ser o elo mais fraco, porque estes se souberam unir, porque souberam ser firmes e determinados na justeza da sua luta, porque a sua é uma luta que não visa apenas os seus direitos, mas se preocupa também com a defesa e preservação de um instrumento que, posto ao serviço dos lisboetas, lhes garantirá uma capital moderna , progressiva e europeia, de aparente derrota em derrota chegarão certamente à vitória final!

Tendo sido importante a decisão do Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa em acolher a providência cautelar interposta pelos trabalhadores da EPUL que suspende a extinção daquela empresa, não há que alimentar ilusões quanto ao facto de o actual executivo camarário aceitar de bom grado esta derrota. António Costa e a sua vereação, mas também o PSD que acolheu os pressupostos da extinção proposta pelo PS, apenas se tendo abstido justificando o seu voto com a preocupação quanto aos custos que tal extinção acarretaria, estão já a preparar o contra-ataque.


Tal como defendíamos num artigo anterior, os trabalhadores da EPUL devem continuar a implementar todos os esforços no sentido de concitar o apoio e solidariedade dos trabalhadores da Câmara Municipal de Lisboa e do povo da capital, prosseguindo a sua denúncia das manobras oportunistas de António Costa e da vereação que compactua com as suas jogadas, de forma a elevar a consciência daqueles que ainda se deixam iludir pela dança de cadeiras que tem permitido que há mais de 30 anos PS e PSD, à vez, sozinhos ou coligados com outros partidos do chamado arco parlamentar, tenham sequestrado a cidade dos seus munícipes e levado a cabo uma gestão de abandono, destruição, compadrio e corrupção.

Os trabalhadores da EPUL, por ousarem lutar, ousarão vencer! 

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