O êxito em que se traduziu a
conferência promovida por Mário Soares e outros democratas e patriotas,
realizada na passada 5ª feira, dia 30 de Maio, na Aula Magna da Reitoria da
Universidade de Lisboa sob o tema Libertar
Portugal da austeridade, e a que o Partido se associou e em que participou,
deve ser visto como um passo importante no sentido de corporizar e aprofundar
um movimento que una todas as forças políticas, sociais e cívicas,
personalidades democratas e patriotas de todos os quadrantes, susceptíveis de
serem unidas em torno de um objectivo que urge atingir rapidamente – o derrube
por todas as formas do governo de traição nacional PSD/CDS.
Sem obviamente se pôr de lado as
divergências quanto à alternativa correcta em termos governativos e de solução
estratégica para o país, o que é certo é que sem se apear este governo, de nada
valerá, dentro de algum tempo, estar a discutir-se o que quer que seja, perante
a liquidação da classe operária e da nossa soberania e independência nacional.
Por outro lado, quanto maior for
a abrangência e unidade desta frente pelo derrube do governo, maior será a base
social e política para a formação de um governo democrático patriótico, com
força para adoptar medidas radicais, como a da suspensão imediata do pagamento
da dívida, com vista ao seu repúdio, ou mesmo, para a sua renegociação.
Por tudo isto, ficou patente
naquele encontro que será um erro com consequências desastrosas insistir, numa
ocasião em que se discute a unidade na luta contra governo, na defesa de um governo patriótico de
esquerda, ainda por cima, como condição para o estabelecimento da frente única
para o derrube do actual governo.
É que, pôr de lado patriotas e
democratas que, não sendo de esquerda, se opõem com determinação à continuação
do governo é ter uma perspectiva perigosamente redutora na concretização
urgente desta tarefa política.
Em suma: o que esta iniciativa
veio revelar é que existem condições para alargar e reforçar a frente de luta
pelo derrubamento deste governo, que esse alargamento e reforço é indispensável
e urgente e que as formas de luta para atingir aquele objectivo de apear o
governo têm de intensificar-se e
radicalizar-se, principalmente tendo em conta o recrudescimento dos
ataques e medidas terroristas lançados pelo governo.
Retirado de:
Sem comentários:
Enviar um comentário