Como demonstram os cerca de 90% de adesão à
Greve dos Trabalhadores dos CTT
Como temos vindo a noticiar,
a administração dos CTT, mancomunada com o governo de traição nacional
Cavaco/Coelho/Portas que, ao serviço da tróica germano-imperialista, tem por
objectivo privatizar este activo, a preços de saldo, a favor de grandes grupos
financeiros e bancários, tem vindo a encerrar dezenas de estações de correios
por todo o país, deixando as populações, e sobretudo os idosos, sem
alternativas para os serviços que a empresa é suposto prestar, mormente o que
respeita à entrega e pagamento de reformas.
Com uma adesão a rondar os 90%, a greve que os trabalhadores dos
CTT levaram hoje a cabo, convocada pelos sindicatos representativos do sector, demonstra
que a sua consciência quanto aos objectivos da luta são cada vez mais claros.
São eles: garantir que não haverá despedimentos fruto destes encerramentos e
exigir a reabertura de todas as estações encerradas até à data para assegurar
que as populações são servidas de forma a não verem mais depreciado do que está
um serviço ao qual têm direito.
Como se pode ler no
comunicado à imprensa divulgado pela Direcção Nacional do Sindicato Nacional
dos Trabalhadores dos Correios (SNTCT), “…apesar das pressões e opressões, da
chantagem emocional, da desinformação e do medo que tentaram induzir a alguns,
trabalhadores dos CTT estão a responder de forma massiva na luta pela sua
empresa, pelo serviço público e pelo seu futuro”.
Não há outro caminho! Só o
caminho da luta, dura e prolongada é certo, impedirá que mais estações sejam
encerradas e maiores sejam as garantias de que despedimentos serão evitados.
Conscientes de que esta luta é eminentemente política, a Direcção Nacional do
SNTCT, ao mesmo tempo que saúda “efusivamente todos os trabalhadores e
trabalhadoras dos CTT que, apesar de todas as barreiras que lhes tentaram
impôr, estão a lutar de forma massiva pelo futuro do Serviço Público Postal,
dos CTT e claro, também pelo seu futuro”, indica que “esta luta é também uma
resposta directa ao governo e em especial a uma administração dos CTT” que mais
não são do que “…comissários políticos, prepotentes e arrogantes, ali colocados
para destruírem a imagem, o corpo e o futuro de uma empresa com quase 500 anos
de história”.
Só a Luta e a Unidade dos
trabalhadores dos CTT com o povo que se tem oposto ao encerramento de estações
de correio por todo o país, de Delães, em Boliqueime, a Ervidel, Fanzeres,
Barreiro, Baixa da Serra, Cacilhas, Feijó, São Romão (Seia), Carnide, Leiria,
Tomar, Escoural, Alte, Santa Catarina (Caldas) a Valado dos Frades e tantas
outras loclidades, levará à Vitória pelos objectivos pelos quais ambos lutam. E
a luta tem de prosseguir, com os trabalhadores dos CTT a aderirem massivamente
à Greve Geral Nacional marcada para o próximo dia 27 de Junho.
Greve Geral que deve servir
para derrubar este governo que persiste em aplicar sucessivas medidas
terroristas e fascistas sobre o povo e quem trabalha, levando à constituição de
um governo democrático patriótico que assegure que este activo – os CTT - de
vital importância estratégica para qualquer plano económico que se pretenda ao
serviço do povo não seja sacrificado no altar de uma dívida ilegítima, ilegal e
odiosa. Povo que, não tendo contraído esta dívida, nem dela retirado qualquer
benefício – antes pelo contrário - deve proclamar alto e bom som NÃO PAGAMOS!
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