Preparando
impunidade para executantes e mandantes deste negócio ruinoso para o povo!
Na sequência de uma denúncia
feita pelos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa, o nosso camarada Garcia
Pereira apresentou na Procuradoria Geral da República, no passado dia 10 de
Maio, uma queixa-crime a
instar o Ministério Público a investigar e apurar responsabilidades na
assinatura de contratos “swaps” por várias empresas públicas, investigação que
leve ao pronunciamento, acusação e condenação de todos os responsáveis
envolvidos nessa economia de casino altamente criminosa que, só no caso
do Metro de Lisboa - que na passada 5ª
feira esteve encerrado por causa da greve convocada pelos trabalhadores -,
dariam para suportar os custos dos transportes para todos os seus utentes
durante mais de 20 anos!
Certamente acreditando que
lançando poeira para os olhos desviaria a atenção e quebraria a firmeza com
que, quer os trabalhadores do Metro de Lisboa, quer o povo em geral, querem ver
criminalizados e politicamente isolados e derrubados os autores de tais desmandos e os seus
mandantes, vem o governo anunciar, com pompa e circunstância que tomou a
decisão de afastar todos os executivos envolvidos nas operações “swap”.
Desengane-se o governo de traição nacional, liderado por
Coelho, Portas e Cavaco, se pensa que os trabalhadores e o povo se darão por
satisfeitos, apenas por ver presidentes executivos, administradores e gestores
financeiros das empresas públicas de transportes, Metro de Lisboa e do Porto,
Carris, STCP, CP e EGREP - Entidade Gestora de Reservas de Produtos
Petrolíferos, afastados dos seus cargos por se terem envolvido na contratação
de “swaps tóxicos”, mesmo que entre esses gestores esteja uma figura
tão odiada pelos trabalhadores como é o caso de Silva Rodrigues, presidente
conjunto da Carris e do Metro de Lisboa.
Nada disso! Os verdadeiros responsáveis, aqueles que zurzem
todos os dias os ouvidos e roubam o povo e quem trabalha para que paguem uma
dívida que não contraíram, nem dela retiraram qualquer benefício, afirmando que
o povo esteve a viver acima das suas
possibilidades, o governo serventuário da tróica germano-imperialista e dos
grandes grupos financeiros e bancários que esta defende e que beneficiaram com
este negócio dos “swaps”, não sairá impune.
Se julgam que os trabalhadores e o povo ficarão satisfeitos
com a condenação de alguns dos homens de
mão deste e doutros governos por terem desviado alguns milhões, desenganem-se!
É que os trabalhadores e o povo português já não nutrem qualquer ilusão de que
o que está em preparação é, com a nomeação de alguns bodes expiatórios, se
preparar a impunidade quer para executores, quer para mandantes.
Só que, desta vez, o governo de traição nacional encontra
pela frente uma ampla plataforma de patriotas, democratas que, aliados à classe
operária e demais trabalhadores, composta de partidos e plataformas cidadãs,
sindicatos, personalidades, estudantes, reformados, estão dispostos a derrubar
um governo que mais não tem feito do que exaurir de recursos Portugal e
aprofundar a miséria, o desemprego e a precariedade do povo, enquanto enche os
bolsos dos grandes grupos financeiros e bancários – sobretudo alemães – com
negócios chorudos como os que representaram estes “swaps”.
Uma ampla plataforma que será, certamente, o sustentáculo
de um Governo Democrático Patriótico capaz de se impor, expulsando a tróica
germano-imperialista do país, suspendendo de imediato o pagamento da dívida e
dos juros e preparando o país para a saída do euro e da União Europeia que se
têm revelado autênticos instrumentos de rapina e denegação da nossa soberania
nacional.
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