Mais um objectivo traçado para não
ser cumprido!
Pois é! Volvidos mais cerca de dois anos a tentar escamotear
a evidência de que esta é uma dívida impagável, eis que o governo de traição
nacional Coelho/Portas/Cavaco, face ao agravamento da dívida e do déficite,
face ao aprofundar da crise, tenta apresentar um orçamento rectificativo para 2013 – que se crê já não ser o último
– optimista, completamente desfasado
da realidade, na tentativa de justificar
as medidas terroristas e fascistas que, todos os dias, impõe ao povo e a quem
trabalha.
Para não sermos acusados de manipulação dos dados ou, pior,
politicamente cegos por adoptarmos uma perspectiva marxista-leninista da
realidade, reproduzimos algumas das conclusões e incongruências que a UTAO - Unidade Técnica de Apoio Orçamental que dá apoio técnico aos
deputados no parlamento - encontrou no Orçamento Rectificativo entregue pelo
Governo no Parlamento na semana passada.
Referindo-se
ao comportamento das exportações – que tem sido a grande bandeira da recuperação agitada pelo governo Coelho/Portas/Cavaco – diz a UTAO
que estas “…poderão estar sujeitas a um abrandamento superior ao esperado, no
caso de se verificar uma maior contracção na procura externa relevante", assinalando
que as mais recentes projecções da OCDE revêm em baixa os índices de
crescimento económico das principais economias o que, é certo, afectará as
exportações de produtos e serviços do nosso país, chegando os técnicos deste
organismo a prever que uma procura externa mais baixa poderá resultar numa
queda de 0.02 pontos percentuais do PIB.
Por
outro lado, considera a UTAO que um maior agravamento do índice de desemprego,
associado a uma redução do rendimento disponível das famílias, consequência das
novas medidas de consolidação orçamental,
aportariam um resultado ainda mais negativo ao crescimento económico,
devido à quebra do consumo privado, o que demonstra que as metas de crescimento
traçadas neste orçamento rectificativo,
tal como as metas e objectivos que este governo de traição nacional foi
traçando desde que tomou posse, não são para ser cumpridas nem atingidas.
Finalmente,
e ao contrário do que o governo faz reflectir neste orçamento rectificativo,diz a UTAO que "Relativamente à evolução dos
preços, o cenário macroeconómico contemplado no OER/2013 (Orçamento
Rectificativo) incorpora uma subida dos preços relevantes para a actividade
económica (deflactor do PIB) muito superior à estimativa a OCDE”, pelo que “A
evolução dos preços produz efeitos ao nível do PIB nominal, relevante, entre
outros aspectos, para a receita fiscal e para o referencial do défice e da
dívida em percentagem do PIB".
Para concluir que, se este deflactor se situou, no ano transacto, em 0,1%, revelando a evolução negativa dos preços relevantes para as componentes do consumo público e a evolução positiva dos preços das importações, estimando o Governo, neste OER 2013, um deflactor de 1,8% com todas as componentes do PIB a darem um contributo positivo, em particular os preços do investimento e consumo público, a OCDE faz uma previsão completamente oposta a esta, prevendo que o efeito preço seja negativo em 0,4% , representando mesmo o factor que mais influencia a divergência nas projecções quanto ao défice orçamental entre o previsto no rectificativo e o que é avançado pela OCDE.
Para concluir que, se este deflactor se situou, no ano transacto, em 0,1%, revelando a evolução negativa dos preços relevantes para as componentes do consumo público e a evolução positiva dos preços das importações, estimando o Governo, neste OER 2013, um deflactor de 1,8% com todas as componentes do PIB a darem um contributo positivo, em particular os preços do investimento e consumo público, a OCDE faz uma previsão completamente oposta a esta, prevendo que o efeito preço seja negativo em 0,4% , representando mesmo o factor que mais influencia a divergência nas projecções quanto ao défice orçamental entre o previsto no rectificativo e o que é avançado pela OCDE.
Tal como sempre o afirmámos, é cada vez mais evidente a necessidade e urgência do derrube deste governo de serventuários. Enquanto ele não for derrubado e der lugar a um governo democrático patriótico, não será possível a saída do euro e da União Europeia, instrumentos da destruição do nosso tecido produtivo ao longo dos últimos mais de 30 anos e de subjugação a uma dívida que mais não constitui do que uma renda ilegítima, ilegal e odiosa que enche os bolsos e os cofres dos grandes grupos financeiros e bancários – com os alemães à cabeça -, mas exare de recursos e compromete a soberania nacional, ao mesmo tempo que lança na miséria, no empobrecimento, no desemprego e na precariedade o povo e quem trabalha.
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