A frente da cultura afirma a sua
disposição em participar no derrube deste governo de traição!
Chefe de um
governo de serventuários ao serviço dos interesses dos grandes grupos
financeiros e bancários, unidos em torno da tróica germano-imperialista,
apostado em liquidar o acesso à cultura de todo um povo em nome do pagamento de
uma dívida, que não foi contraída por este, e dos juros faraónicos a que estão
sujeitos os “empréstimos” e o “resgate” de FMI e parceiros, Passos Coelho foi
hoje recebido, com pompa e circunstância, por um numeroso grupo de elementos do
povo, aos gritos de "Governo que destrói o País", "Gatuno",
"Fascismo nunca mais" e "queremos os nossos salários".
A hipocrisia
de Coelho está bem patente nesta visita à paradigmática Casa Museu de
Serralves, na cidade Invicta do Porto. Um miserável traidor que se tem
dedicado, fervorosamente, a liquidar o nosso património e o acesso livre e
democrático dos trabalhadores e do povo à cultura, o chefe de um governo que se
tem encarregue de destruir a cultura praticando cortes substanciais nos
subsídios que proporcionam a sobrevivência dos agentes que a produzem e animam,
este personagem não deveria sequer ter o arrojo de pisar este centro de cultura
e reservatório único do nosso património cultural. Também por isso, e em
resposta a esta miserável provocação, teve a recepção que merecem todos aqueles
que, em contra-ciclo com a história e os interesses do povo, vendem por 30
moedas a identidade, a cultura e o património do país.
Não foi a
primeira vez que a história registou traições e traidores deste jaez. Não será
a última, certamente. Mas, tão certo como esta evidência, será a luta de todo
um povo para que a sua memória colectiva, a argamassa que une e define o seu
carácter e identidade enquanto povo seja preservada, e para que estes
candidatos a Miguel de Vasconcelos tal como o personagem original em 1640 o
foi, sejam defenestrados e atirados para o seu devido lugar: o caixote de lixo
da história.
Os
trabalhadores e o povo português têm cada vez maior consciência de que o
sequestro do acesso à cultura que este governo de traição está a levar a cabo
tem por objectivo alcançar aquele fim que a burguesia, tonta e estúpida, sempre
perseguiu: a de que um povo inculto e impreparado não se revolta! Mas, revolta-se!
E o caudal de lutas e protestos engrossa, como demonstra o episódio de hoje em
frente à emblemática Casa Museu de Serralves. Para demonstrar a um
primeiro-ministro serventuário e traidor que o povo se agiganta para o derrubar
a ele, ao seu governo e a todos os que têm caucionado as suas políticas. Para
lhe demonstrar que, também na frente cultural ele já pertence às fileiras dos
derrotados da história!
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