terça-feira, 30 de abril de 2013

Documento de Estratégia Orçamental (DEO):


O déficite, a dívida e o documento do consenso!



O Documento de Estratégia Orçamental, hoje discutido e aprovado no Conselho de Ministros deste governo de traição nacional, é o instrumento que, em tempo de memorando e programa de estabilização a que Portugal foi sujeito por PS, PSD e CDS, quando assinaram com a tróica germano-imperialista a sujeição do país à condição de colónia dos grandes grupos financeiros e bancários, sobretudo alemães, substitui os famigerados PEC’s.

Basicamente, o que sucede é que a tríade assassina e rapace entrega nas mãos da vítima o fabrico da corda com a qual se enforcará, mas o carrasco faculta-lhe o manual de instruções e os técnicos que supervisionarão o enforcamento.

Tal como sempre o dissemos, esta dívida é impagável porque, destruído o tecido produtivo, sujeitos a ter de importar mais de 80% do que necessitamos para alimentar o povo e gerar economia, com uma recessão sem precedentes e uma taxa de desemprego e níveis de pobreza que nos remetem para os tempos mais negros da nossa história, a ter de pagar juros faraónicos e agiotas, a dívida, tal como se tem visto, aumenta exponencialmente.

E isto porque a dívida não é mais do que um instrumento de chantagem sobre os povos e nações e destina-se, apenas e tão só, a trazer  os países bafejados com a sorte de serem sujeitos a programas de estabilização orçamental amarrados a uma dívida que, claro está, os credores desejam que cresça, pois é nesse crescimento que assenta a virtualidade do negócio e aumenta a capacidade de influenciar e impor políticas de empobrecimento a quem vive do seu trabalho, ao mesmo tempo que promove o sequestro dos activos e empresas estratégicas a preços de saldo para exponenciar a sacrossanta acumulação capitalista.

Ora se isto é cada vez mais claro para nós e para o trabalhadores e os elementos do povo conscientes, para os iluminados da direcção do PS, com Seguro no leme, deveria ser ainda mais. Mas, pelos vistos, preferem comportar-se como aquela virgem ingénua e tola, que não percebeu ainda que lhe estão a cantar a canção do bandido para lhe roubar a virgindade. Claro que já ninguém acredita que o PS é ingénuo nem a sua política virgem e imaculada de corrupção e compadrio.

O oportunismo sem limites desta gente é um dado adquirido pelo movimento popular, democrático e patriótico. A suposta deriva programática, que leva o PS, num dia, a exigir a demissão do governo, e noutro dia, a silenciar por completo essa reclamação, é bem indicativa de que se quer prestar ao papel do senhor que se segue como serventuário de serviço e ao serviço da tróica germano-imperialista.

E, para tal, deseja utilizar o povo e quem trabalha como tropa de choque do seu tacticismo oportunista que mais não visa do que demonstrar aos patrões que pode mudar de serventia com a vantagem de passar a ter serventes que, por invocarem o seu desbotado e rosa socialismo, crêem poder, com maior eficácia do que os actuais traidores Coelho e Portas, desmantelar o movimento popular que exige o derrube deste governo e a demissão do indigente de Belém para constituir um governo democrático patriótico que leve, no mínimo, à suspensão do pagamento da dívida e à preparação do país para a saída do euro.

Convém relembrar que PS, PSD e CDS estiveram, quer na génese da destruição do tecido produtivo português, quer na implementação das PPP’s – a maior fonte de corrupção geradora da maior fatia da dívida e do déficite - , assim como na traição aos interesses do povo e da independência nacional, que constituiu a assinatura do memorando com a tróica germano-imperialista.

Debater, como vai acontecer hoje no parlamento, o DEO do agravar das condições miseráveis de vida a que o povo está a ser sujeito vais ser mais um daqueles exercícios a que PS, PSD e CDS nos vêm habituando para iludir o essencial, que é que, no fundamental, estão unidos no que respeita ao descabelado ataque aos interesses do povo e de quem trabalha e à liquidação da soberania nacional.

Se os trabalhadores e o povo não se dispuserem a mobilizar, a organizar-se e a empenhar-se no derrube deste governo e na constituição de um governo democrático patriótico, terão de acrescentar uma factura de muito mais do que os 6 mil milhões de euros que agora são anunciados no DEO, com o agravar do corolário de mais desemprego, mais fome, menos saúde e educação, à sua condição de pagantes à força de uma dívida que não contraíram, nem dela retiraram qualquer benefício.

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