domingo, 7 de abril de 2013

Passos Coelho: discurso de um tiranete em fim de ciclo!


Apesar de as decisões do Tribunal Constitucional terem ficado muito aquém daquilo que corresponderia aos interesses do povo e da defesa da soberania nacional, isto é, que o conjunto do OE 2013, por manifestamente constituir um genocídio fiscal para o povo português, fosse chumbado, atirado para o lixo, foi um ressaibiado Coelho que, de forma vil e provocatória, se aproveitou dos microfones, antenas e publicações que os grupos financeiros que representa detêm, para defender a suspensão da constituição já que ela seria a razão da ingovernabilidade e ineficácia das medidas terroristas e fascistas que o seu governo de traição tem vindo a aplicar.

Isolado e odiado pelo povo que persegue de forma impiedosa e sistemática, lá se foi queixar ao indigente de Belém que, em vez de cumprir um dos desígnios a que a função o obriga – defender a constituição -, preferiu projectar a ideia - ademais já estava presente na consciência da maioria do povo -, de que este é, verdadeiramente, o seu governo e, como tal, se justifica a moção de confiança que lhe endereça.

Com as costas quentes que o inestimável apoio de outro dos que estão na mira do povo para ser derrubado, ilusoriamente lhe proporciona, Coelho ensaia o discurso chantagista próprio dos tiranetes em fim de ciclo que, quanto mais esbracejam, mais acreditam que se agigantam.

Mas, desengane-se. Os trabalhadores e o povo português, não só não caucionaram nenhuma das medidas terroristas e fascistas que o governo de traição PSD/CDS sobre eles lançou, como não se deixarão intimidar pelas ameaças de vingança que Coelho produz ao indicar que, agora, mais não resta a estes serventuários da tróica germano-imperialista do que adoptar outras medidas, ainda mais terroristas e fascistas, para liquidar os mais elementares direitos dos trabalhadores nas empresas públicas e nas áreas da saúde, da educação e das prestações sociais.

É isso que se pode inferir da interpretação saloia que Coelho faz quando sugere que a preferência dos juízes do Palácio Raton (TC) é pelo aumento dos impostos e não pelo corte das despesas!

Os trabalhadores e o povo português, os democratas e patriotas que nunca apoiaram qualquer das medidas que este governo, em completa subserviência com os ditames da tróica – todos eles dirigidos aos rendimentos de quem trabalha -, vem aplicando, não se deixarão enredar nesta chantagem de Coelho, como não se deixarão paralisar por uma decisão tímida e cobarde que o TC adoptou e que não representou uma reprovação radical da política de traição nacional e de empobrecimento brutal levada a cabo por este governo.


Como se pode concluir da nota produzida pela Comissão de Imprensa do PCTP/MRPP, “…contra este discurso chantagista e ameaçador, torna-se agora mais imperioso derrubar este governo, dispensando-o, assim, até de ter de explicar seja o que for à Tróica sobre as consequências do acórdão do TC…”, pelo que “…cada vez se torna mais claro que sem a suspensão do pagamento da dívida e a saída do euro – que só um governo democrático patriótico poderá levar a cabo – o povo português nunca se livrará da miséria, da fome e do desemprego que este governo ameaça prolongar eternamente”.

Sem comentários:

Enviar um comentário