Apesar de as decisões do
Tribunal Constitucional terem ficado muito aquém daquilo que corresponderia aos
interesses do povo e da defesa da soberania nacional, isto é, que o conjunto do
OE 2013, por manifestamente constituir um genocídio fiscal para o povo
português, fosse chumbado, atirado
para o lixo, foi um ressaibiado Coelho que, de forma vil e provocatória, se
aproveitou dos microfones, antenas e publicações que os grupos financeiros que
representa detêm, para defender a suspensão da constituição já que ela seria a
razão da ingovernabilidade e ineficácia das medidas terroristas e fascistas que
o seu governo de traição tem vindo a aplicar.
Isolado e odiado pelo povo que
persegue de forma impiedosa e sistemática, lá se foi queixar ao indigente de
Belém que, em vez de cumprir um dos desígnios a que a função o obriga –
defender a constituição -, preferiu projectar a ideia - ademais já estava
presente na consciência da maioria do povo -, de que este é, verdadeiramente, o
seu governo e, como tal, se justifica a moção
de confiança que lhe endereça.
Com as costas quentes que o inestimável apoio de outro dos que estão na
mira do povo para ser derrubado, ilusoriamente lhe proporciona, Coelho ensaia o
discurso chantagista próprio dos tiranetes em fim de ciclo que, quanto mais
esbracejam, mais acreditam que se agigantam.
Mas, desengane-se. Os
trabalhadores e o povo português, não só não caucionaram nenhuma das medidas
terroristas e fascistas que o governo de traição PSD/CDS sobre eles lançou,
como não se deixarão intimidar pelas ameaças de vingança que Coelho produz ao
indicar que, agora, mais não resta a estes serventuários da tróica
germano-imperialista do que adoptar outras medidas, ainda mais terroristas e
fascistas, para liquidar os mais elementares direitos dos trabalhadores nas
empresas públicas e nas áreas da saúde, da educação e das prestações sociais.
É isso que se pode inferir da
interpretação saloia que Coelho faz quando sugere que a preferência dos juízes
do Palácio Raton (TC) é pelo aumento dos impostos e não pelo corte das despesas!
Os trabalhadores e o povo
português, os democratas e patriotas que nunca apoiaram qualquer das medidas
que este governo, em completa subserviência com os ditames da tróica – todos
eles dirigidos aos rendimentos de quem trabalha -, vem aplicando, não se
deixarão enredar nesta chantagem de Coelho, como não se deixarão paralisar por
uma decisão tímida e cobarde que o TC adoptou e que não representou uma
reprovação radical da política de traição nacional e de empobrecimento brutal
levada a cabo por este governo.
Como se pode concluir da nota
produzida pela Comissão de Imprensa do PCTP/MRPP, “…contra este discurso
chantagista e ameaçador, torna-se agora mais imperioso derrubar este governo,
dispensando-o, assim, até de ter de explicar seja o que for à Tróica sobre as
consequências do acórdão do TC…”, pelo que “…cada vez se torna mais claro que sem a suspensão do pagamento da
dívida e a saída do euro – que só um governo democrático patriótico poderá
levar a cabo – o povo português nunca se livrará da miséria, da fome e do
desemprego que este governo ameaça prolongar eternamente”.
Sem comentários:
Enviar um comentário