Este ataque ao nosso património
cultural NÃO PASSARÁ!
Fundada em 1990 na sequência de um espectáculo levado à cena
em 1989 por Mário Viegas e Juvenal Garcês – O Regresso de Bucha e Estica -, a Companhia Teatral do Chiado (CTC) desenvolveu, desde a sua
fundação, um conjunto de actividades vivificadoras do Teatro, sendo exemplo
paradigmático dessas iniciativas o Chá
das Cinco no Chiado, encontros de diálogo aberto e livre debate entre
público e actores.
Sendo a concretização de um desejo daqueles dois actores
expressarem a sua sensibilidade teatral em contracorrente com o status quo cultural cinzento e castrador,
dominante naquela época, o projecto foi responsável pela reabilitação do
chamado teatro de raiz popular, atraindo novos e velhos públicos para uma
vertente cultural a atravessar, então, uma profunda crise de audiências.
Para além das produções teatrais que realizou ao longo de
cerca de três décadas, a CTC montou
exposições temáticas, levou a cabo sessões videográficas, promoveu o lançamento
de livros e discos e animou uma intensa agenda de 25 produções, desde o teatro
à poesia, passando pela música (donde se destacam as sete edições da Festa do
Jazz), a dança contemporânea, clássica e o flamenco, bem como a inédita estreia
de uma curta-metragem de um jovem realizador português.
Face a este intenso e profícuo labor cultural, que
reabilitou a relação de vários públicos com o teatro e a cultura, numa vertente
popular de há muito perdida, está a causar a maior indignação nos meios
artísticos e culturais – com a qual o PCTP/MRPP e a sua Candidatura à Câmara
Municipal de Lisboa se solidarizam – a decisão de António Costa, por enquanto
presidente da Câmara Municipal de Lisboa, de entregar uma sala que foi
reconstruída em 2003 para acolher o Teatro-Estúdio
Mário Viegas com a estreia da peça Oh
que Ricos Dias a outra entidade que, no seu entender, poderá gerar lucro!
O teatro, desde logo beneficiando do riquíssimo espólio que
a família de Mário Viegas cedeu, corre agora o sério risco de vir a ser
entregue às Producções Fictícias,
certamente porque prevaleceu a visão saloia, boçal e economicista de António
Costa que tem da cultura o mesmo entendimento que Coelho e Portas, os
serventuários de serviço da tróica germano-imperialista, isto é, de que a
cultura representa…DESPESA!
É por isso que urge uma forte mobilização de todas as forças
e personalidades democráticas, apelando-se a todos aqueles que,
independentemente das concepções estético-culturais que perfilham, comungam a
necessidade de defender a liberdade cultural e artística e o debate de ideias
que permite e consagra o elevar da consciência de um povo, que se unam para
travar este miserável ataque e isolar o oportunista António Costa, exigindo a
revogação imediata da medida anunciada pelo seu executivo camarário.
Já não bastava ao Costa, tal Dantas revisitado, destruir e
descaracterizar a cidade, sequestrar Lisboa impedindo-a de ser uma capital
europeia moderna, desenvolvida e culta. Para além de ter transformado a cidade
num monumental parque automóvel e numa apetitosa presa do patobravismo, António
Costa quer, agora, destruir uma das referências maiores do seu património
cultural – a CTC e o Teatro – Estúdio Mário Viegas.
MORRA O DANTAS –
COSTA, PIM!
Já não vão entregar às ditas produções mas continuam a querer acabar com o contrato do CTC...vai dar ao mesmo.
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