domingo, 26 de maio de 2013

Seguro, o défice e a dívida:

Quando a solução agrava o problema!

Revelador de que Seguro e a actual direcção do PS não são de facto uma oposição ao governo de traição nacional liderado por Coelho e Portas, são as suas declarações à comunicação social, quando interpelado àcerca da notícia de que o executivo se prepara para pedinchar aos ocupantes da tróica germano-imperialista que aceite que o seu protectorado, em vez de um défice de 4% estimado para 2014, atinja uma percentagem de 4,5%!

Para além de trocar os pés pelas mãos até acertar com o valor do défice em questão e de não denunciar o facto de o défice previsto pelo memorando da traição ter sido inicialmente estabelecido em 2,3% o que significa que chegar aos 4,5% - quase o dobro –, representa a falência das medidas terroristas e fascistas que esse documento de traição nacional constitui, Seguro foi mais longe, afirmando, todo ufano e orgulhoso de si mesmo, que esta era a prova de que ele e o seu PS, tiveram razão, como de costume…antes de tempo!

Ou seja, em vez de denunciar que o aumento do défice agora solicitado resulta do que sempre denunciámos, isto é, de que esta dívida é impagável porque, destruído o nosso tecido produtivo, paulatinamente, ao longo das últimas décadas, precisamente pela política de bloco central levada a cabo por PS e PSD, obrigado que está Portugal a importar mais de 80% daquilo que consome ou necessita para gerar economia, vendidos os activos e empresas estratégicas a preços de saldo, o endividamento se agrava, o desemprego, a fome e a miséria se acentuam e a nossa soberania se hipoteca, Seguro prefere persistir no oportunista programa de que é no aumento da dívida, no alargamento dos prazos e na diminuição dos juros que reside a salvação para o país e a solução para a luta do povo.

Negando assim também a evidência de que nenhuma das metas traçadas pelo memorando se destina a ser cumprida, já que, desde que tal programa de traição, com o beneplácito do PS, começou a ser aplicado e imposto ao povo português, todos os objectivos a que se propunha, isto é, diminuição do défice e da dívida, aumentaram exponencialmente.

Escamoteando que, afinal, como sempre o afirmámos, o que se pretende é transformar uma dívida, que não foi contraída pelo povo, nem o povo dela retirou qualquer benefício, num instrumento de dominação do imperialismo – sobretudo do imperialismo alemão – sobre o país e o povo, através de uma renda perpétua e crescente!

Por isso é que Seguro e a sua corte, apesar de o negarem, abandonaram a exigência democrática e patriótica do derrube deste governo e do seu mentor Cavaco.

É por isso que Seguro evita a todo o custo o compromisso de levar a cabo uma política de ampla unidade sindical para convocar todas as greves gerais que sejam necessárias, pelo tempo que seja preciso, com ocupação dos locais de trabalho, para derrubar este governo de serventuários da tróica germano-imperialista.


Seguro e a sua direcção não fazem parte da solução e da saída que mais interessa ao povo e a quem trabalha. Enquanto assim for, não se pode confiar nesta gente para derrubar este governo e o seu mentor Cavaco Silva, suspender o pagamento da dívida e expulsar a tróica, nem, muito menos, ajudar à preparação da saída de Portugal do euro. Não se pode contar com a actual direcção do PS para  que o país volte a ser uma nação soberana, com uma politica de desenvolvimento independente, assente nas suas próprias forças e recursos.

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