Quando a solução agrava o problema!
Revelador de que Seguro e a actual direcção do PS não são de
facto uma oposição ao governo de traição nacional liderado por Coelho e Portas,
são as suas declarações à comunicação
social, quando interpelado àcerca da notícia de que o executivo se prepara
para pedinchar aos ocupantes da tróica germano-imperialista que aceite que o
seu protectorado, em vez de um défice de 4% estimado para 2014, atinja uma percentagem
de 4,5%!
Para além de trocar os pés pelas mãos até acertar com o
valor do défice em questão e de não denunciar o facto de o défice previsto pelo
memorando da traição ter sido inicialmente estabelecido em 2,3% o que significa
que chegar aos 4,5% - quase o dobro –, representa a falência das medidas
terroristas e fascistas que esse documento de traição nacional constitui,
Seguro foi mais longe, afirmando, todo ufano e orgulhoso de si mesmo, que esta
era a prova de que ele e o seu PS, tiveram razão, como de costume…antes de tempo!
Ou seja, em vez de denunciar que o aumento do défice agora
solicitado resulta do que sempre denunciámos, isto é, de que esta dívida é
impagável porque, destruído o nosso tecido produtivo, paulatinamente, ao longo
das últimas décadas, precisamente pela política de bloco central levada a cabo por PS e PSD, obrigado que está
Portugal a importar mais de 80% daquilo que consome ou necessita para gerar
economia, vendidos os activos e empresas estratégicas a preços de saldo, o
endividamento se agrava, o desemprego, a fome e a miséria se acentuam e a nossa
soberania se hipoteca, Seguro prefere persistir no oportunista programa de que
é no aumento da dívida, no alargamento dos prazos e na diminuição dos juros que
reside a salvação para o país e a
solução para a luta do povo.
Negando assim também a evidência de que nenhuma das metas
traçadas pelo memorando se destina a ser cumprida, já que, desde que tal
programa de traição, com o beneplácito do PS, começou a ser aplicado e imposto
ao povo português, todos os objectivos a que se propunha, isto é, diminuição do
défice e da dívida, aumentaram exponencialmente.
Escamoteando que, afinal, como sempre o afirmámos, o que se
pretende é transformar uma dívida, que não foi contraída pelo povo, nem o povo
dela retirou qualquer benefício, num instrumento de dominação do imperialismo –
sobretudo do imperialismo alemão – sobre o país e o povo, através de uma renda
perpétua e crescente!
Por isso é que Seguro e a sua corte, apesar de o negarem,
abandonaram a exigência democrática e patriótica do derrube deste governo e do
seu mentor Cavaco.
É por isso que Seguro evita a todo o custo o compromisso de
levar a cabo uma política de ampla unidade sindical para convocar todas as
greves gerais que sejam necessárias, pelo tempo que seja preciso, com ocupação
dos locais de trabalho, para derrubar este governo de serventuários da tróica
germano-imperialista.
Seguro e a sua direcção não fazem parte da solução e da
saída que mais interessa ao povo e a quem trabalha. Enquanto assim for, não se
pode confiar nesta gente para derrubar este governo e o seu mentor Cavaco
Silva, suspender o pagamento da dívida e expulsar a tróica, nem, muito menos,
ajudar à preparação da saída de Portugal do euro. Não se pode contar com a
actual direcção do PS para que o país
volte a ser uma nação soberana, com uma politica de desenvolvimento
independente, assente nas suas próprias forças e recursos.
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