Um ataque desesperado da contra-revolução
contra o
seu principal inimigo
A 28 de Maio de 1975, as
tropas do COPCON, na época a 5ª coluna e o braço armado dos social fascistas do
PCP, lideradas pelo pistoleiro Otelo Saraiva de Carvalho e comandadas pelo
falecido - e tão elogiado pela burguesia que sempre serviu - facínora e
fascista Jaime Neves, , invadiram e destruíram, com base num plano
meticulosamente levado a cabo, várias sedes do MRPP por todo o país, prendendo
mais de 400 dos seus militantes, incluindo o seu Secretário-Geral, o camarada
Arnaldo Matos.
Não certamente por acaso,
a data escolhida para o efeito coincidiu com a célebre, famigerada e negra data
em que, quase meio século antes, havia ocorrido o golpe militar que colocaria
Salazar no poder, primeiro como Ministro das Finanças e, depois, como presidente do conselho, de um
regime colonial e fascista, que em nada difere, no essencial, daquilo que hoje
vivenciamos relativamente ao governo Coelho/Portas.
Evocar a data é importante,
quer para relembrar que o MRPP - e posteriormente o PCTP/MRPP - foi o único
partido a desmistificar o oportunismo daqueles que queriam fazer crer que com o
25 de Abril, a classe operária, os camponeses, os trabalhadores e o povo
português tinham, finalmente, alcançado a Liberdade e a Democracia pelas quais
tanto haviam lutado e sofrido, quer para evocar as semelhanças com o presente,
quando não podem deixar de ser comparadas as semelhanças e circunstâncias em
que o ditador e fascista Salazar chegou ao poder com aquelas que levaram à
indigitação de Gaspar como ministro das finanças do governo de traição nacional
encabeçado por Coelho e Portas e apadrinhado por Cavaco Silva.
Foi precisamente pelo
facto de o MRPP se ter constituído e afirmado como vanguarda da classe operária
e cabeça da luta revolucionária pela destruição completa do Estado fascista e pela
construção do socialismo, que as suas sedes e os seus militantes e dirigentes
foram atacados, não tendo sido assassinados porque uma onda de luta pela sua
libertação se levantou por todo o país, com dezenas de milhar de democratas e
patriotas a exigirem e a imporem a sua libertação. O Partido saiu mais forte e
coeso desta luta vitoriosa contra a tentativa desesperada da contra-revolução
para o aniquilar.
Apesar de a burguesia e
os seus lacaios terem prosseguido a sua campanha de cerco, aniquilamento e
amordaçar das opiniões e posições políticas do PCTP/MRPP, um cada vez maior
número de operários, camponeses, trabalhadores, democratas e patriotas, ganham
consciência de que, se chegámos à situação política actual foi precisamente
porque as ilusões e o oportunismo tomaram conta da direcção do movimento
revolucionário que, após o golpe militar de 25 de Abril, eclodiu em todo o
país, tal como sempre e coerentemente afirmámos.
Assinalar a data é ainda
conclamar a classe operária e os trabalhadores portugueses para que, na
presente situação política, não se deixem enredar nas ilusões com que aqueles
que, no passado, já lhes haviam indicado a aliança Povo/MFA ou as
nacionalizações - sem que o estado burguês e fascista tivesse sido destruído nos
seus fundamentos - nos levariam à sociedade socialista e ao socialismo,
paralisando a sua acção e desviando-os dos seus objectivos, nos proponham agora
a renegociação ou a reestruturação de uma dívida que não
contraíram, nem dela retiraram qualquer benefício.
Assinalar a data é
apontar o caminho do derrube do governo Coelho/Portas e do seu tutor Cavaco
Silva, da expulsão da tróica germano-imperialista do nosso país, da constituição
de um Governo Democrático Patriótico que suspenda de imediato o pagamento da
dívida e prepare a saída de Portugal, quer da União Europeia, quer do euro.
Pelo derrube do governo de traição nacional Coelho/Portas!
Cavaco para a rua!
Tróica fora de Portugal!
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