Facto
demonstrativo de que o poder se vale do controlo que mantém sobre os orgãos de comunicação social, a diminuta presença
de jornalistas aos quais, mesmo assim, o camarada Garcia Pereira teve a
oportunidade de referir que o que se pretende com esta acção é que o
“Ministério Público investigue e leve até ao fim o apuramento das
responsabilidades por uma série de negócios absolutamente ruinosos e
especulativos, que se traduzem em perdas de três mil milhões de euros”.
O camarada
enfatizou, ainda que o que o governo de traição nacional PSD/CDS está a
preparar é que “uma vez mais…sejam os trabalhadores portugueses a suportar,
pelos impostos e pela redução dos seus salários” este desvio colossal de
dinheiros públicos, com o recorrente branqueamento de mais um caso de corrupção
e compadrio.
E, muito a
propósito, realçou a situação para a qual os trabalhadores da Carris foram
atirados, já que alguns daqueles contratos ruinosos foram feitos pela
administração daquela empresa onde
«agora os trabalhadores estão a passar fome» e onde «os sindicatos estão a
lançar campanhas de recolha de alimentos».
Mas, sublinhou
ainda o camarada Garcia Pereira, “…os tribunais não devem deixar impunes os
ladrões e os corruptos e devem perseguir implacavelmente aqueles que cometeram
essas irregularidades”, assinalando que esta participação deve simbolizar “…que
os cidadãos não estão mais dispostos a tolerar que coisas dessas possam ser
feitas” e os seus autores saírem impunes!
É cada vez
mais claro para quem trabalha, e para o povo em geral, que não estiveram a viver acima das suas possibilidades.
Afinal, a dívida que os querem obrigar a pagar, mas da qual em nada
beneficiaram, está a revelar-se como tendo origem numa sucessiva e recorrente
prática de corrupção e compadrio levada a cabo, há décadas, pelo bloco central protagonizado por PS e
PSD, com o beneplácito do CDS e de Cavaco.
Por isso é
também cada vez mais claro que a única saída para o povo e quem trabalha passa
pelo derrube deste governo e pela constituição de um governo democrático
patriótico que assegure, primeiro, que o povo NÃO PAGARÁ uma dívida que não
contraiu e, depois, que prepare a saída de Portugal do euro, um mecanismo que
acorrenta o país e lhe subtrai a soberania nacional, favorecendo os interesses
da tróica germano-imperialista.
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