quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

O negócio da dívida:

Enquanto uns regozijam outros sofrem!


 Duas notícias marcaram a agenda noticiosa do dia: a ida aos mercados com a venda de dívida pública a atingir uma procura muito próxima dos 10 mil milhões de euros, considerando os analistas e corretores do costume uma medida inteligente por parte do governo  o facto de este  ter travado a procura pueril destes títulos a médio prazo…

E  o relato de três casos de abandono assassino de doentes, uma senhora de mais de 80 anos, acamada, vítima de leucemia há vários anos ,outro de um sexagenário que, para evitar uma morte certa,  teve de recorrer à realização de uma colonoscopia com sedação no sistema privado e, ainda, um outro relato de uma mulher que, tendo aguardado mais de dois anos por idêntico exame, viu-lhe agora ser diagnosticado que o cancro de que padecia se  havia desenvolvido a um ponto em que se tornou inoperável!!!

Qual a relação que existe entre uma situação e a outra é o que desde há muito vimos denunciando. O negócio da dívida tem levado ao exaurir de todos os recursos e implicado uma sistemática denegação do acesso à saúde e outros serviços públicos, tudo em nome do pagamento de uma dívida que não foi contraída pelo povo, nem o povo dela retirou qualquer benefício.  Isto para além, claro está, do corolário de medidas que facilitam e institucionalizam o roubo do trabalho e do salário e a venda a preços de saldo de tudo o que é activo ou empresa estratégica.

Não tendo o povo retirado qualquer benefício dessa dívida soberana que agora o governo de traição nacional Coelho/ Portas, tutelado por Cavaco, pretende que seja ele a pagar, alguém anda, de forma pueril e entusiasmada, exultante com os benefícios que está a sacar do negócio da dívida. Desde logo multiplicando de forma exponencial a procura de títulos dessa dívida onde, apesar de terem vindo a baixar os juros, os lucros que lhes estão associados continuam a ser altamente atractivos e agiotas.

Tudo isto enquanto casos de denegação de saúde como os relatados apenas espelham e sublinham o que uma política terrorista e fascista tem produzido em relação ao chamado serviço nacional de saúde: a sua completa destruição. Preparando e acelerando a privatização do sector. Políticas que se estendem a sectores como a educação e às chamadas prestações sociais, com cortes que se pretendem temporariamente…definitivos!

Melhor se compreende agora porque os grandes grupos financeiros, bancários e industriais – sobretudo os alemães – tanto almejam por que as dívidas soberanas sejam impagáveis! É que, enquanto o sistema tal proporcionar, a desejada acumulação capitalista estará assegurada, depois de ter sofrido com a crise do sub-prime ou outra qualquer endémica crise do sistema capitalista alguma retracção!

Não existe outra forma de terminar este, ou qualquer outro artigo que verse temáticas idênticas a estas, senão para reafirmar a necessidade da realização de todas as greves gerais que forem necessárias, pelo tempo que for necessário, até que se concretize o derrube deste governo de serventuários da tróica germano-imperialista e do seu tutor Cavaco, para que desse derrube emerja um governo democrático patriótico que se recuse a pagar a dívida e prepare o país para a saída do euro e da União Europeia, mecanismos que têm beneficiado os suspeitos pueris do costume!

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