domingo, 6 de outubro de 2013

Forum Empresarial reuniu Mentes Criminosas!

Decorreu este fim de semana, em Vilamoura, o II Forum Empresarial do Algarve, a maior concentração por metro quadrado de beneficiários da política vende pátrias do governo Coelho/Portas, tutelado por Cavaco.

Desde referências ao estado do doente – Portugal e a sua situação económica e financeira – até à situação do resgate a que o país está a ser sujeito, todos os oradores foram unânimes em defender a continuação de hecatombe fiscal que se abate sobre os trabalhadores e o povo português.

Tudo para que o doente possa, segundo estes faccínoras, sair da unidade de cuidados intensivos em que se encontra internado e possa vir a beneficiar de um regime ambulatório, num programa de assistência cautelar mais consentâneo com o desejo de, apesar de ainda não estar curado, poder continuar a ser monitorizado sem, contudo, estar confinado a um prolongado internamento!

E quem botou faladura neste forum que mais se parecia com um simpósio de médicos charlatães, autênticos vendedores de banha da cobra? Durão Barroso, Passos Coelho e um naipe de banqueiros bem conhecidos pelas trafulhices jurídico-políticas em que estão envolvidos.

Isto é, nada mais nada menos que o chefe do directório europeu que funciona como autêntica marioneta dos interesses do imperialismo germânico, secundado por Coelho, chefe do governo de serventuários que aplica, a ferro e fogo, as medidas terroristas e fascistas que a chancelerina Angela Merkel lhes dita, e os testas de ferro dos bancos que, em Portugal, beneficiam de uma grossa fatia da agiotagem e roubo praticados através da dívida e do seu pagamento, consubstanciado nos juros faraónicos que cobram e que, a par das razões que contribuem para que a dívida cresça de forma imparável, a torna … IMPAGÁVEL!


Não há volta a dar! Quando se sabe qual a origem da doença, não são apenas os seus efeitos que é necessário atacar. Hoje já não basta, por isso, afirmar que a nossa luta, a luta dos trabalhadores e do povo português, a luta de democratas e patriotas, deva ser pelo NÃO PAGAMENTO da dívida. Há que ir muito mais além. Há que romper com o que provoca a dívida, a mantém e aprofunda. Há que lutar pela saída de Portugal do euro e da União Europeia.

É hoje cada vez mais claro – e este forum de empresários serviu para ainda melhor o clarificar e evidenciar– que a sociedade portuguesa está dividida em duas posições, antagónicas entre si:

·         De um lado aqueles que, como os empresários e banqueiros que se reuniram no Algarve este fim de semana, advogam uma política – que só a eles beneficia – de subserviência aos grandes grupos financeiros e bancários europeus, com os alemães à cabeça, aqueles que tiraram proveito – e continuam a tirar – da destruição do tecido produtivo português e de parte dos juros faraónicos que obtêm à custa da dívida

·         Do outro, a esmagadora maioria do povo e dos trabalhadores portugueses que, para além de não terem contraído esta dívida ou dela retirado qualquer benefício, se vêm obrigados a pagá-la, num quadro em que, fruto da política levada a cabo pelo bloco central, de aliança entre PS e PSD – com o CDS por vezes pela trela – Portugal se vê obrigado a importar mais de 80% daquilo que necessita para sobreviver e gerar economia e impedido de beneficiar das suas vantagens de partida, como é a sua posição geoestratégica única que o torna, não num país periférico, como pretendem os novos colonizadores, mas num país que pode ser a porta de entrada e de saída do essencial das mercadorias de e para a Europa.

      Assim sendo, é mais fácil para o povo e quem trabalha identificar quem, no seu seio, dizendo-se hipocritamente contra a dívida, subscreve a ideia de Portugal se manter no euro e na União Europeia – já para não falar desse pacto de agressão imperialista a que a União Europeia está associada, que é a NATO - , precisamente os instrumentos de uma política que agravam continuamente essa dívida e a tornam propositadamente impagável.
     
      Ou seja, exigir a renegociação ou a reestruturação de uma dívida, no quadro do euro e da União Europeia que são, por acção do imperialismo alemão que domina ambas, os fautores da dívida, representa o mesmo que tentar curar um doente de cancro com aspirinas. Representa iludir os trabalhadores e o povo português com a possibilidade de ser o factor que induz a doença a facultar a sua cura, num corpo exaurido de defesas imunitárias!
      
      Um país sem indústria, um país sem agricultura, uma país sem uma política cambial e aduaneira autónomas, torna-se um protectorado ou colónia das grandes potências, subserviente e sem independência, tal como aconteceu com as ex-colónias quando eram dominadas pelo regime colonialista e fascista, de Salazar e Marcelo Caetano.
      
      É por isso que é inevitável e urgente que uma ampla frente de democratas e patriotas se una em torno de princípios para derrubar com a máxima urgência este governo de traição nacional e assegurar a constituição de um governo democrático patriótico que se pronuncie, não só pelo não pagamento da dívida mas, em simultâneo, com a saída de Portugal do euro e da União Europeia.

Sem comentários:

Enviar um comentário