No antro das políticas anti-patrióticas e anti-populares que
dá pelo nome de Assembleia da República, discursou esta 4ª feira Zorrinho, o
inefável líder de bancada do Partido dito Socialista sobre a clamorosa vitória do PS nas últimas eleições
autárquicas.
Do chorrilho de declarações a vangloriar-se de uma vitória autárquica que assenta, por um
lado, numa perda de 273.427 votos e, por outro, numa abstenção de cerca
de 50%, fica uma frase paradigmática do que pode o povo contar da oposição do PS ao governo de traição
nacional PSD/CDS, tutelado por Cavaco.
"O PS diz não ao
corte retroactivo das pensões"! Ou seja, Seguro e a direcção do
Partido Socialista não se opõem a que, fruto do Memorando de Entendimento que,
com PSD e CDS, assinaram com a tróica germano-imperialista, as pensões dos
reformados - do estado ou privados - sofram cortes. Opõem-se, tão somente, a
que esses cortes tenham efeitos...RETROACTIVOS!
Caso para dizer que agora o povo português, os trabalhadores, os
democratas e patriotas, compreendem porque é que o PS e a direcção de Seguro
abandonaram de vez a reclamação do derrube do governo de Coelho e Portas,
tutelado por Cavaco, e a exigência de eleições legislativas antecipadas. É que este PS sabe que se vier a ser governo, na sequência dessas eleições, teria de aplicar as mesmíssimas medidas que,
com o PSD e CDS, aceitaram ao assinarem o Memorando de Entendimento com a
tróica.
Ou seja, o problema para o PS e para Seguro não está
nessas medidas, mas tão só no tempo, no modo e na intensidade para as aplicar.
A natureza retroactiva da aplicação das mesmas não passa, pois, de um mero fait divers, de uma tentativa de deitar
areia para os olhos do povo.
Sem comentários:
Enviar um comentário