Uma provocatória chantagem a anteceder um
orçamento terrorista
O crescente tom de desespero que tem envolvido o anúncio das medidas impostas pela Tróica germano-imperialista é revelador de que, para este governo de traição nacional, deixou de haver limites para a sua política de roubo do salário e do trabalho – agora, em particular, dirigida aos trabalhadores da função pública - de genocídio fiscal, de despedimentos e do saque às pensões de reforma e de sobrevivência, tudo para, exclusivamente, levar os trabalhadores a pagar uma dívida impagável e que apenas beneficia a banca e economia germânicas.
Muito embora não ignore que tem contado com uma plêiade de lacaios comentadores e analistas económicos, Passos Coelho exige ainda mais dessa gentalha, tendo em conta a acrescida dificuldade em explicar a profundidade e gravidade das medidas de empobrecimento do povo que aí vêm, com o orçamento para um ano que o próprio governo vai simultânea e descaradamente anunciando como de recuperação.
Por outro lado, é agora mais recorrente o argumento chantagista de Coelho e Portas de que estarão antecipadamente justificadas todas as medidas terroristas contra os trabalhadores para se chegar ao fim do memorando e evitar um segundo resgate.
Ora, para a classe operária e todos os democratas e patriotas a questão é exactamente outra: para evitar que se consuma e torne definitivo o plano de destruição da nossa soberania e o brutal empobrecimento de quem trabalha, é cada vez mais urgente varrer este governo, revogar todas as medidas que foram impostas pela tróica e constituir, com eleições ou sem eleições, um governo democrático patriótico.
E, para já, torna-se imperioso e indispensável atirar o próximo orçamento de estado para o lixo – essa é a única expectativa que pode e deve ser estimulada por quem se assuma como patriota e democrata.
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