terça-feira, 26 de novembro de 2013

Genocídio Fiscal agravado com aprovação do OE 2014!

Ao início da tarde desta 3ª feira, 26 de Novembro, com os votos favoráveis dos deputados que representam no parlamento o PSD e o CDS, partidos que asseguram a maioria parlamentar que sustenta o governo dos serventuários Coelho e Portas, tutelados por Cavaco, mais um instrumento do genocídio fiscal a que pretendem sujeitar os trabalhadores e o povo português foi aprovado.

De realçar que as normas contidas na Lei Geral do Orçamento para 2014, agora aprovadas, combinadas com a aceitação do princípio do aumento da carga horária de 35 para 40 horas semanais para os trabalhadores da função pública, ontem decidido pela maioria dos juízes-conselheiros do Tribunal Constitucional e com os OEs anteriores, representam já um roubo acumulado do trabalho e dos salários de cerca de 30% para os trabalhadores do sector privado e de mais de 40% para os do sector público, desde que se iniciou o programa de resgate que PS, PSD e CDS assinaram com a tróica germano-imperialista.

O Orçamento que entrará em vigor no próximo dia 1 de Janeiro inclui, entre outras, medidas que levam ao roubo de mais 2,5% a 12% nos salários dos trabalhadores públicos, ao mesmo tempo que impõe cortes de 3,9 mil milhões de euros – o equivalente a 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) -, segundo se afirma, do lado da despesa, isto é, da educação, da saúde, das prestações sociais, reformas e pensões.

Um genocídio fiscal que, como ficou demonstrado pelos resultados dos exercícios orçamentais anteriores – 2011, 2012 e 2013 – em nada contribuiu para resolver a questão da dívida e do déficite, antes serviram para agravar quer um, quer outra.  Desde que se alcandoraram no poder, aliás, o governo PSD/CDS, com a tutela de Cavaco, são responsáveis por um agravamento de cerca de 50% da dívida, de nunca terem cumprido qualquer das metas que os seus patrões da tróica germano-imperialista lhes ditaram para o défice e, ainda, de um recessão económica, um agravamento do desemprego, da precariedade e da miséria a níveis só registados nos anos mais negros do regime salazarista/fascista!

Fica demonstrado claramente que o agravamento do défice e da dívida são – a par o agravamento das condições de vida do povo e de quem trabalha – das poucas componentes estáveis e constantes nesta equação que torna a dívida IMPAGÁVEL e que, a não ser derrubado este governo e o seu mentor, levará a medidas que podem inclusive passar pelo congelamento de parte ou a totalidade de depósitos bancários para satisfazer os ditames da tróica germano-imperialista, representante dos insaciáveis interesses dos grandes grupos financeiros, bancários e industriais, sobretudo alemães.

É cada vez mais claro e evidente para os trabalhadores e para o povo português que o está verdadeiramente em causa é a prossecução de um programa ideológico que visa o empobrecimento do povo, a transferência de rendas e de activos estratégicos públicos para as mãos de privados, a preços de saldo, remetendo Portugal para a condição de colónia ou protectorado, mercado periférico e fornecedor de mão de obra barata, não qualificada e intensiva.

Tal como sempre defendemos, limitar a luta à frente constitucional é um recuo e um desvio oportunista que só poderá conduzir- como ficou provado com o decreto lei agora caucionado pelo TC relativamente ao agravamento da carga horária de 35 para 40 horas semanais para os trabalhadores da função pública- a derrotas para o povo e quem trabalha. A saída para levar ao derrube deste governo e à revogação de todas as medidas terroristas e fascistas que ele e o seu tutor Cavaco impuseram, é a realização de todas as greves gerais que sejam necessárias, pelo tempo que for necessário!




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