Não é de agora e nunca há-de deixar de ser um meio a
utilizar pelo governo de traição nacional. Quando está prestes a impôr ou a justificar mais algumas das suas medidas
terroristas e fascistas contra o povo e quem trabalha, utiliza uns grilos falantes para produzir afirmações
que considera ainda não ter reunidas as condições para ser Coelho ou Portas a
produzir.
Desta feita a encomenda foi atribuída a um dos seus ideólogos
preferidos, o famigerado e abominável João César das Neves.
Numa entrevista conjunta que deu à TSF e ao Diário de
Notícias, jornal onde costuma bolsar
as suas miseráveis e cobardes provocações sobre o povo e quem trabalha, pois
sabe que o povo não terá o direito de resposta, esta personagem que se arroga
economista, liberal e católico veio produzir afirmações falsas sobre a situação
dos reformados e das reformas em Portugal e sobre o salário mínimo nacional,
cujo aumento é de há muito uma exigência – embora que tímida e insuficiente –
das duas centrais sindicais –CGTP e UGT – e dos trabalhadores que estas
representam.
Ao referir-se aos reformados, esta besta que lecciona na
Universidade Católica, arrogou-se o direito de afirmar que a “maior parte dos
pensionistas não são pobres”, mas apenas “…fingem-no”!!! Os factos, porém,
estão aí para o desmentir:
·
É inferior a 419€ mensais o valor da reforma auferido por cerca de 64% dos pensionistas, sejam eles da
Segurança Social ou da Caixa Geral de Aposentações (CGA).
·
Se neste escalão considerarmos aqueles que
recebem até 750€, a taxa sobe para os 77,3%.
Quanto ao salário mínimo, o personagem em questão vai mais
longe, considerando que, num quadro de desemprego tão vasto como o que se
observa, exigir que este seja aumentado de 485€
para 515€, isto é, 30€ euros de aumento mensal (ou 1€ diário) , é “criminoso”!
Ou seja, quanto a esta abominável criatura, já não será
criminoso os valores que actualmente se praticam e que não asseguram sequer
aquilo que os capitalistas costumam reservar para a manutenção – habitação,
alimentação, vestuário, transportes, saúde, educação, etc. – e reprodução da
força de trabalho. Números e valores que consubstanciam o programa de
empobrecimento que este governo, ao serviço dos interesses dos grandes grupos
financeiros, bancários e industriais europeus – com os alemães à cabeça –
persiste em levar a cabo.
Tanto mais provocatória é esta afirmação quando, dias antes
foi dado a conhecer um estudo do Credit Suisse, assinalando que o número de
milionários tinha crescido em Portugal e que 870 deles eram detentores de
rendimentos equivalentes a cerca de 45% do valor do Produto Interno Bruto
(PIB), isto é, quase metade do valor de tudo o que produzido pelos
trabalhadores portugueses!
Esmagadora maioria de trabalhadores esses que, ou vivem do
salário mínimo, ou – no caso dos precários, falsos recibos verdes, etc. –
abaixo desses valores. Salários e rendimentos que os remetem para a condição de
pobreza ou limiar da pobreza e os obrigam a recorrer ao negócio da caridade! Sobre esta indústria da caridade sugiro a leitura deste artigo que pode ser visionado em:(http://queosilenciodosjustosnaomateinocentes.blogspot.pt/2012/12/a-industria-da-caridade.html)
Claro está que o que, a mando do governo de serventuários da
tróica germano-imperialista, grilos
falantes, provocadores profissionais, como João César das Neves visam
escamotear, é o facto de que, em nome do pagamento de uma dívida que não
contraiu, e da qual não retirou qualquer benefício, o povo e quem trabalha vê
serem assaltadas as suas já magras pensões e reformas – para as quais
descontaram uma vida inteira de trabalho –, vê roubados os seus salários e o
seu trabalho.
Enquanto, no extremo oposto, os 870 milionários a que
fazemos referência mais acima, não cessam de encher os bolsos à custa dos faraónicos
juros que a dívida proporciona e de toda a sorte de isenções fiscais – como é o
exemplo do IMI em relação aos fundos imobiliários -, em contraponto com o
genocídio fiscal que este governo de traição nacional Coelho/Portas sujeita o
povo português.
Este abominável César das Neves terá o mesmo destino dos
seus patrões: a defenestração! O povo, os trabalhadores em geral, os democratas
e patriotas, os intelectuais, a juventude estudantil e trabalhadora, saberá
unir-se em torno de um programa comum que passa pelo derrube deste governo e a
constituição de um governo democrático patriótico que se recusará a pagar esta
dívida e preparará a saída de Portugal do euro e da União Europeia.
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