segunda-feira, 18 de novembro de 2013

O Abominável César das Neves!

Não é de agora e nunca há-de deixar de ser um meio a utilizar pelo governo de traição nacional. Quando está prestes a impôr ou a justificar mais algumas das suas medidas terroristas e fascistas contra o povo e quem trabalha, utiliza uns grilos falantes para produzir afirmações que considera ainda não ter reunidas as condições para ser Coelho ou Portas a produzir.

Desta feita a encomenda foi atribuída a um dos seus ideólogos preferidos, o famigerado e abominável João César das Neves.

Numa entrevista conjunta que deu à TSF e ao Diário de Notícias, jornal onde costuma bolsar as suas miseráveis e cobardes provocações sobre o povo e quem trabalha, pois sabe que o povo não terá o direito de resposta, esta personagem que se arroga economista, liberal e católico veio produzir afirmações falsas sobre a situação dos reformados e das reformas em Portugal e sobre o salário mínimo nacional, cujo aumento é de há muito uma exigência – embora que tímida e insuficiente – das duas centrais sindicais –CGTP e UGT – e dos trabalhadores que estas representam.

Ao referir-se aos reformados, esta besta que lecciona na Universidade Católica, arrogou-se o direito de afirmar que a “maior parte dos pensionistas não são pobres”, mas apenas “…fingem-no”!!! Os factos, porém, estão aí para o desmentir:

·         É inferior a 419€ mensais o valor da reforma auferido por cerca de 64% dos pensionistas, sejam eles da Segurança Social ou da Caixa Geral de Aposentações (CGA).

·         Se neste escalão considerarmos aqueles que recebem até 750€, a taxa sobe para os 77,3%.

Quanto ao salário mínimo, o personagem em questão vai mais longe, considerando que, num quadro de desemprego tão vasto como o que se observa, exigir que este seja aumentado de 485€  para 515€, isto é, 30€ euros de aumento mensal (ou 1€ diário)  , é “criminoso”!

Ou seja, quanto a esta abominável criatura, já não será criminoso os valores que actualmente se praticam e que não asseguram sequer aquilo que os capitalistas costumam reservar para a manutenção – habitação, alimentação, vestuário, transportes, saúde, educação, etc. – e reprodução da força de trabalho. Números e valores que consubstanciam o programa de empobrecimento que este governo, ao serviço dos interesses dos grandes grupos financeiros, bancários e industriais europeus – com os alemães à cabeça – persiste em levar a cabo.

Tanto mais provocatória é esta afirmação quando, dias antes foi dado a conhecer um estudo do Credit Suisse, assinalando que o número de milionários tinha crescido em Portugal e que 870 deles eram detentores de rendimentos equivalentes a cerca de 45% do valor do Produto Interno Bruto (PIB), isto é, quase metade do valor de tudo o que produzido pelos trabalhadores portugueses!

Esmagadora maioria de trabalhadores esses que, ou vivem do salário mínimo, ou – no caso dos precários, falsos recibos verdes, etc. – abaixo desses valores. Salários e rendimentos que os remetem para a condição de pobreza ou limiar da pobreza e os obrigam a recorrer ao negócio da caridade! Sobre esta indústria da caridade sugiro a leitura deste artigo que pode ser visionado em:(http://queosilenciodosjustosnaomateinocentes.blogspot.pt/2012/12/a-industria-da-caridade.html)

Claro está que o que, a mando do governo de serventuários da tróica germano-imperialista, grilos falantes, provocadores profissionais, como João César das Neves visam escamotear, é o facto de que, em nome do pagamento de uma dívida que não contraiu, e da qual não retirou qualquer benefício, o povo e quem trabalha vê serem assaltadas as suas já magras pensões e reformas – para as quais descontaram uma vida inteira de trabalho –, vê roubados os seus salários e o seu trabalho.

Enquanto, no extremo oposto, os 870 milionários a que fazemos referência mais acima, não cessam de encher os bolsos à custa dos faraónicos juros que a dívida proporciona e de toda a sorte de isenções fiscais – como é o exemplo do IMI em relação aos fundos imobiliários -, em contraponto com o genocídio fiscal que este governo de traição nacional Coelho/Portas sujeita o povo português.


Este abominável César das Neves terá o mesmo destino dos seus patrões: a defenestração! O povo, os trabalhadores em geral, os democratas e patriotas, os intelectuais, a juventude estudantil e trabalhadora, saberá unir-se em torno de um programa comum que passa pelo derrube deste governo e a constituição de um governo democrático patriótico que se recusará a pagar esta dívida e preparará a saída de Portugal do euro e da União Europeia.

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