sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Guião para a reforma do estado:

A regra de ouro para quem trabalha é o derrube deste governo!


O momento escolhido para a apresentação da famigerada Reforma do Estado por parte do governo de traição nacional protagonizado por Coelho e Portas e tutelado por Cavaco, não foi obra do acaso. Foi uma desesperada tentativa de desviar as atenções para a eminente aprovação no parlamento da Lei Geral do Orçamento de Estado para 2014 que enfatiza e agrava o genocídio fiscal em que este governo tem persistido desde que tomou posse.

O princípio geral a que obedeceu a apresentação, pelo salta- pocinhas Paulo Portas, do Guião para a Reforma do Estado é o de que, água mole em pedra dura tanto malha até que fura, esperando, com esta técnica que, finalmente, e já sem cortinas de fumo, o PS e a direcção de Seguro formalizem, de uma vez por todas, o pacto que PS, PSD e CDS – uma vezes às claras, outras nos bastidores – há muito celebraram entre si.

Um pacto que visa empobrecer o povo e que retirou a independência e a soberania nacional a Portugal, no preciso momento em que, todos eles, em nome da resolução de uma crise da dívida e do défice, subscreveram e assinaram o Memorando da traição nacional com a tróica germano-imperialista, entretendo-se, depois, em guerrinhas de alecrim e manjerona para determinar quem era da tróica de direita e quem era da tróica de esquerda.

O que Portas, Coelho e Cavaco pretendem com esta reforma do estado é, por um lado, tornar definitivas medidas terroristas e fascistas que estão a aplicar sobre os trabalhadores e o povo português, afirmando ser temporárias e, por outro, promover as alterações constitucionais necessárias para que o Tribunal Constitucional já não possa invocar inconstitucionalidade a normas que tem vindo sucessivamente a chumbar, no quadro constitucional actual.

Uma das reformas que o governo de traição nacional quer ver introduzida na constituição, é a regra de ouro que impõe saldos orçamentais e regras de redução da dívida. Bem pode Seguro fingir estar contra, mas a assinatura do PS, ao lado de PSD e CDS, consta não só do Tratado de Lisboa, como da directiva que extinguiu o FEEF e criou o MEE, onde tal regra é explicitamente exigida pelo directório europeu e pelo imperialismo germânico que este serve e representa.

Na situação em que nos encontramos de fazer frente a uma violenta ofensiva  da contra-revolução, e quando se torna cada vez mais necessário que os trabalhadores contem com organizações firmes, resolutas e combativas que adoptem formas de luta avançadas, o PS prefere o oportunismo conciliador e eleitoralista que sempre o caracterizou, temeroso de ser atingido pela luta que se agiganta nas ruas, nos locais de trabalho, na sociedade.

É por isso que, face a mais este ataque soez, aos trabalhadores, ao povo, aos democratas e patriotas, só resta uma saída: derrubar o governo de traição nacional PSD/CDS e o seu patrono e mentor Cavaco, isolar os oportunistas da direcção do PS, com  Seguro à cabeça, para poderem constituir um Governo Democrático Patriótico que recuse o pagamento de uma dívida que não contraíram, nem dela retiraram qualquer benefício, um governo que prepare a saída de Portugal do euro e da União Europeia.


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