A regra de ouro para quem trabalha é o
derrube deste governo!
O momento escolhido para a apresentação da famigerada Reforma do Estado por parte do governo
de traição nacional protagonizado por Coelho e Portas e tutelado por Cavaco,
não foi obra do acaso. Foi uma desesperada tentativa de desviar as atenções
para a eminente aprovação no parlamento da Lei Geral do Orçamento de Estado
para 2014 que enfatiza e agrava o genocídio fiscal em que este governo tem
persistido desde que tomou posse.
O princípio geral a que obedeceu a apresentação, pelo salta-
pocinhas Paulo Portas, do Guião para a
Reforma do Estado é o de que, água
mole em pedra dura tanto malha até que fura, esperando, com esta técnica
que, finalmente, e já sem cortinas de fumo, o PS e a direcção de Seguro
formalizem, de uma vez por todas, o pacto que PS, PSD e CDS – uma vezes às
claras, outras nos bastidores – há muito celebraram entre si.
Um pacto que visa empobrecer o povo e que retirou a
independência e a soberania nacional a Portugal, no preciso momento em que,
todos eles, em nome da resolução de uma crise da dívida e do défice,
subscreveram e assinaram o Memorando da traição nacional com a tróica
germano-imperialista, entretendo-se, depois, em guerrinhas de alecrim e manjerona para determinar quem
era da tróica de direita e quem era
da tróica de esquerda.
O que Portas, Coelho e Cavaco pretendem com esta reforma do estado é, por um lado, tornar
definitivas medidas terroristas e fascistas que estão a aplicar sobre os trabalhadores
e o povo português, afirmando ser temporárias e, por outro, promover as
alterações constitucionais necessárias para que o Tribunal Constitucional já
não possa invocar inconstitucionalidade a normas que tem vindo sucessivamente a
chumbar, no quadro constitucional actual.
Uma das reformas
que o governo de traição nacional quer ver introduzida na constituição, é a regra
de ouro que impõe saldos orçamentais e regras de redução da dívida. Bem
pode Seguro fingir estar contra, mas a assinatura do PS, ao lado de PSD e CDS,
consta não só do Tratado de Lisboa, como da directiva que extinguiu o FEEF e
criou o MEE, onde tal regra é explicitamente exigida pelo directório europeu e
pelo imperialismo germânico que este serve e representa.
Na situação em que nos encontramos de fazer frente a uma
violenta ofensiva da contra-revolução, e
quando se torna cada vez mais necessário que os trabalhadores contem com
organizações firmes, resolutas e combativas que adoptem formas de luta
avançadas, o PS prefere o oportunismo conciliador e eleitoralista que sempre o
caracterizou, temeroso de ser atingido pela luta que se agiganta nas ruas, nos
locais de trabalho, na sociedade.
É por isso que, face a mais este ataque soez, aos
trabalhadores, ao povo, aos democratas e patriotas, só resta uma saída:
derrubar o governo de traição nacional PSD/CDS e o seu patrono e mentor Cavaco,
isolar os oportunistas da direcção do PS, com
Seguro à cabeça, para poderem constituir um Governo Democrático Patriótico
que recuse o pagamento de uma dívida que não contraíram, nem dela retiraram
qualquer benefício, um governo que prepare a saída de Portugal do euro e da
União Europeia.
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