sexta-feira, 22 de novembro de 2013

O Dia Seguinte!

Lições a retirar do evento na Aula Magna


Trotskistas e anarquistas nunca poderiam perceber o que se passou esta 5ª feira, 21 de Novembro,  na Aula Magna. Pudera! Para quem saltita entre o mais infantil dos esquerdismos, convocando “as massas” para o assalto ao porto de Lisboa, apelando “às pessoas” a “pegar em armas” ou sugerindo ” às polícias e ao exército” que se coloquem ao “lado do povo” como se aquelas estruturas, por mais “indignadas” que pareçam estar, não façam parte do estado que representa os interesses de uma classe que sobrevive à custa da exploração do trabalho de outrem, como se o que se está a passar não fossem episódios de uma intensa e antagónica luta entre classes e interesses de classe.

Esta gente não percebe, pois considera que o movimento é tudo e o objectivo nada, que estamos numa fase em que o objectivo principal é o derrube do governo de traição nacional, um governo de serventuários ao serviço da tróica germano-imperialista, e do seu mentor e tutor Cavaco Silva. Confundem tudo!

Confundem estratégia com táctica, não percebem como se perfilam na sociedade as classes e os interesses de classe que levaram esta 5ª feira, dia 21 de Novembro, à Aula Magna, em Lisboa, representantes dessas classes e interesses que estão dispostos a unir-se, apenas e tão só, em torno desse objectivo democrático e patriótico que é o derrube deste governo que mais não tem feito do que aplicar, a mando dos grandes grupos financeiros, bancários e industriais europeus – com os alemães à cabeça – toda a sorte de medidas terroristas e fascistas que têm levado ao empobrecimento do povo e de quem trabalha e à absoluta perda de soberania.


Quanto às responsabilidades – passadas e futuras – que cada um dos actores que participam neste processo têm ou virão a ter, a história se encarregará de as resolver. Tem de haver a consciência de que ,a seu tempo, desta unidade que se formou em torno do objectivo comum do derrube deste governo e do seu tutor Cavaco, sairão uns, quando a luta para consolidar um governo democrático patriótico passar pelo não pagamento de uma dívida que não foi contraída pelo povo, nem o povo dela retirou qualquer benefício, para dar lugar a outros, que defenderão a saída de Portugal do euro e da União Europeia.

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