Lições a retirar do
evento na Aula Magna
Trotskistas e anarquistas nunca poderiam perceber o que se
passou esta 5ª feira, 21 de Novembro, na
Aula Magna. Pudera! Para quem saltita entre o mais infantil dos esquerdismos,
convocando “as massas” para o assalto ao porto de Lisboa, apelando “às pessoas”
a “pegar em armas” ou sugerindo ” às polícias e ao exército” que se coloquem ao
“lado do povo” como se aquelas estruturas, por mais “indignadas” que pareçam
estar, não façam parte do estado que representa os interesses de uma classe que
sobrevive à custa da exploração do trabalho de outrem, como se o que se está a
passar não fossem episódios de uma intensa e antagónica luta entre classes e
interesses de classe.
Esta gente não percebe, pois considera que o movimento é
tudo e o objectivo nada, que estamos numa fase em que o objectivo principal é o
derrube do governo de traição nacional, um governo de serventuários ao serviço
da tróica germano-imperialista, e do seu mentor e tutor Cavaco Silva. Confundem
tudo!
Confundem estratégia com táctica, não percebem como se perfilam
na sociedade as classes e os interesses de classe que levaram esta 5ª feira,
dia 21 de Novembro, à Aula Magna, em Lisboa, representantes dessas classes e
interesses que estão dispostos a unir-se, apenas e tão só, em torno desse
objectivo democrático e patriótico que é o derrube deste governo que mais não
tem feito do que aplicar, a mando dos grandes grupos financeiros, bancários e
industriais europeus – com os alemães à cabeça – toda a sorte de medidas
terroristas e fascistas que têm levado ao empobrecimento do povo e de quem
trabalha e à absoluta perda de soberania.
Quanto às responsabilidades – passadas e futuras – que cada
um dos actores que participam neste processo têm ou virão a ter, a história se
encarregará de as resolver. Tem de haver a consciência de que ,a seu tempo,
desta unidade que se formou em torno do objectivo comum do derrube deste
governo e do seu tutor Cavaco, sairão uns, quando a luta para consolidar um
governo democrático patriótico passar pelo não pagamento de uma dívida que não
foi contraída pelo povo, nem o povo dela retirou qualquer benefício, para dar
lugar a outros, que defenderão a saída de Portugal do euro e da União Europeia.
Partilho completamente.
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