Há uns
tempos atrás um daqueles banqueiros parasitas que viu o seu banco sobreviver
graças à política terrorista e fascista deste governo de serventuários,
apostado em levar à prática todos os ditames da tróica germano-imperialista, um
tal Fernando Ulrich, afirmava provocatóriamente que o povo português, face ao
roubo do seu trabalho e dos seus salários, ao inaudito aumento da carga fiscal,
aos cortes nas chamadas prestações
sociais, à crescente denegação do direito à justiça, à educação, à saúde,
ao aumento de todos os bens e serviços essenciais, para pagar uma dívida que
não havia contraído e da qual não havia retirado qualquer benefício, “ai
aguenta…aguenta!”
Pois bem,
agora no âmbito de uma das muitas sessões
de esclarecimento que o governo de traição nacional está a realizar pelo
país, a fim de convencer os trabalhadores e o povo a aderirem ao agravamento do
genocídio fiscal que representa a Lei Geral do Orçamento de Estado para 2014, o
ministro da destruição do que resta da educação pública, Nuno Crato, não
querendo ficar atrás do imbecil Ulrich, defendeu esta segunda-feira, em Ovar,
que o povo teria de trabalhar um ano sem
comer, para que fosse paga na totalidade essa dívida!
Podem
alguns considerar haver algum humor
(seguramente negro) nestas declarações de Crato. O que é certo é que o governo
que integra já implementa um conjunto de
medidas, a mando da tróica germano-imperialista, que nem sequer, como é
tradicional num modelo de sociedade em que o capital explora o trabalho,
asseguram o mínimo suficiente de subsistência para que os trabalhadores e suas famílias reproduzam a força de trabalho necessária à prossecução de um sistema
que assenta na exploração do homem pelo homem.
E depois, vem o ministro Crato destacar
a preocupante redução da natalidade! Escamoteando
claramente que essa redução está intimamente associada à promoção institucional
da emigração, aos cortes nas prestações sociais, ao crescente nível de
desemprego e precariedade que, primeiro o deposto governo de Sócrates, e agora
o governo de traição nacional que integra, aceitaram implementar quando
assinaram o Memorando de Entendimento
com os grupos financeiros e bancários, sobretudo alemães, que beneficiam
lautamente com o negócio da dívida. Grupos
e interesses esses respaldados pela tríade mafiosa e assassina composta por
FMI, BCE e Comissão Europeia, todas elas estruturas dirigidas ou influenciadas pelo imperialismo germânico.
A um
cenário de ter “de trabalhar mais de um ano sem comer, sem utilizar
transportes, sem gastar absolutamente nada só para pagar a dívida”, a um
cenário de que só assim se poderia “sair…deste beco” e voltar a colocar a
economia – capitalista, é claro - na senda do crescimento, como para os
trabalhadores não existem becos sem saída, eles têm estado envolvidos em
sucessivas lutas que vão, a título de exemplo, da paralisação dos transportes a
greves no sector dos trabalhadores da função pública e das comunicações, lutas
que terão necessáriamente que desembocar na convocação, organização e mobilização
de todas as greves gerais que sejam necessárias, e por período ilimitado se necessário, até ao
derrube de um governo cujos ministros advogam a fome para o povo e quem
trabalha para que um dívida ilegítima, ilegal e odiosa seja paga!
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