quinta-feira, 20 de setembro de 2012

A privatização da TAP

Cavaco participa activamente na venda a retalho do país


O governo de traição nacional actualmente no poder, uma das tarefas que abraçou mais fervorosa e caninamente em cumprimento das imposições da Tróica germano-imperialista, foi sem dúvida a da privatização da quase totalidade dos activos públicos do país, em particular das empresas e sectores estratégicos para a salvaguarda da nossa independência nacional e desenvolvimento económico.

Da EDP, ANA, TAP, sector dos transportes em geral, Águas, sector da saúde, Estaleiros navais, etc. nada escapa ao frenesim da venda do país pelo governo para, com o produto dessa delapidação, pagar os juros dos juros e dos juros de uma dívida que não pára de aumentar e que se tornou impagável.Mas de todas as privatizações a mais dolorosa e que piores consequências trará, não apenas para os trabalhadores mas para a nossa soberania e qualquer estratégia de crescimento económico, é sem dúvida a privatização da TAP.
 
Deixar de ter um transportadora aérea de bandeira, implica a renúncia ao controlo de um importantíssimo instrumento na execução de uma política de desenvolvimento ao serviço dos interesses do povo português.Mas, para o governo de traição nacional isso é totalmente secundário, já que os seus patrões representados pela Tróica só têm um fito – através da chantagem da dívida, abocanhar os sectores da economia com maior garantia de rentabilidade.
 
Apesar da oposição e denúncia de todos os sectores democráticos e patrióticos à privatização da TAP, Cavaco Silva acaba de promulgar o diploma legal que determina essa privatização, o qual como se sabe, prevê o saneamento financeiro da empresa à custa dos contribuintes, através do aumento do capital, para tornar chorudo e apetecível a venda aos capitalistas estrangeiros.
Para quem teima em alimentar ilusões ou depositar uma réstia de esperança num presidente da república já totalmente isolado e desmascarado devia ter vergonha.
 
Cavaco Silva é um reaccionário acabado, responsável pela situação a que o país foi sendo conduzido e que, como se viu, não esboça a mínima hesitação em promulgar todas as leis que se traduzam no roubo dos salários e do trabalho, no aumento incomportável da miséria e da fome para milhares de famílias trabalhadoras e no desemprego e na venda do país a retalho.
Para ele, é isto que torna o país credível aos olhos dos especuladores e dos abutres das multinacionais e da Banca internacional.
 
A única alternativa democrática na actual situação política só pode passar pelo derrube deste governo e de todos os que se perfilem a seu lado ou com ele contemporizem.
 
A actual crise política não se resolve com pedidos ao presidente da república para a formação de governos à sua semelhança ditos de salvação nacional, ou com a substituição do aumento das contribuições para a segurança social por outras medidas de austeridade semelhantes que, como toda a gente já percebeu, só podem dirigir-se aos que vendem a sua força de trabalho ou (já não) vivem do subsídio de desemprego ou da pensão de reforma.
 
A única alternativa pela qual se impõe a pena lutar é precisamente a que passa pelo derrube deste governo, por qualquer forma, e pela constituição de um governo de unidade popular democrático patriótico que exclui obviamente todos os que aceitem a canga da Tróica e que acham que o povo português, ainda assim, mesmo sem o aumento da TSU, tem de fazer sacrifícios para pagar uma dívida que ele não contraiu.
E um passo fundamental nesse sentido é o de convocar e realizar uma grande greve geral nacional!

 
 
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