Selassié: “Persona non grata”
A luta pela expulsão da tróica germano imperialista e pelo
REPÚDIO DA DÍVIDA, que não foi contraída pelo povo, nem dela o povo retirou
qualquer benefício, assenta num programa de luta democrático patriótico que tem
congregado o apoio de um cada vez maior número de camadas populares, com ou sem
partido.
Com a entrevista que o “chefe” dos “inspectores do cacimbo”,
criados de libré que a Srª Merkel envia regularmente a Portugal para ver se o
andamento do saque aos nossos recursos está a correr consoante os interesses
dos grupos financeiros e bancários que representa, Selassié de sua graça, deu
ao jornal “Público”, onde destilou um conjunto de afirmações que expressam bem
o programa de colonização que têm em mente para o nosso país, a luta tem,
agora, de acrescentar um novo objectivo: barrar a entrada em Portugal a este
cavalheiro e mandar prendê-lo caso contrarie esta disposição.
Paradigmática da forma como os saqueadores tratam os
saqueados, as suas colónias ou protectorados, e de que, para eles, todos os
meios justificam esses fins, é a afirmação de Selassié ao supracitado jornal,
quanto à “solidariedade” que lhe merece o governo dos serventuários Passos e
Portas, mormente quando apresenta medidas terroristas e fascistas que fujam, de
“forma criativa”, às determinações do Tribunal Constitucional em “contrariar” o
saque dos subsídios de férias e de natal, “apenas” a trabalhadores da função
pública, reformados e pensionistas (acórdão que deu uma clara indicação ao
governo de como deveria roubar todos os trabalhadores e não somente alguns).
Ou seja, a velha máxima hipócrita burguesa quanto à lei e a
justiça: que se cumpra e se aplique desde que não vá contra o sacrossanto lucro
e a deificada acumulação capitalista. E, a arrogância de quem pensa que tem os
servos bem afinados com a sua estratégia de saque é tal que, sem qualquer pejo,
Selassié indica que, para ele e para os senhores que representa, o Tribunal
Constitucional, a nossa soberania, são excrescências…dispensáveis.
Ora bem, este sábado, à tarde, nas cidades de Lisboa, Porto,
Coimbra, Braga, Faro, etc., os trabalhadores, o povo, os jovens, os
intelectuais, têm de marcar uma massiva presença e demonstrar que se estão a
mobilizar e a organizar, que estão dispostos a constituir uma ampla frente de
camadas populares, de esquerda, não para exigir que o governo “mude de
políticas”, mas para derrubar o governo que aplica as medidas que a tróica
germano-imperialista lhe dita que imponha ao nosso povo.
Uma frente que,
depois de expulsar essa tróica do nosso país, constituirá um governo
democrático patriótico cujas primeiras medidas serão o REPÚDIO DA DÍVIDA e a
nacionalização da banca e de todos os sectores e empresas estratégicas para uma
economia ao serviço do povo.
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