19 de Maio de 2020 Robert Bibeau
A grande questão que
atormenta todos aqueles que têm nas mãos o destino sanitário e económico do
Ocidente é esta: o confinamento servirá para qualquer
coisa?
Porque o confinamento
de populações e, portanto, a cessação de actividade de grupos industriais
inteiros, a eutanásia de inúmeras PME, terá uma série de custos humanos,
políticos e de segurança que são difíceis de suportar. Será que vai valer a
pena? O confinamento permitiu salvar vidas?
Essas vidas salvas são identificáveis, quantificáveis?
Vejamos o que nos dizem os números. Vamos comparar a
população de alguns países europeus, ou vizinhos da Europa, o número de mortes
causadas pelo Covid-19, e depois façamos uma proporção "mortes
do Covid-19 por milhão de habitantes".
Os números da população são os do INED para 2019, e os das vítimas
do Covid-19 são os da Universidade John
Hopkins em 29 de Abril de 2020. As fontes estão indicadas na parte inferior
desta página.
*************************
§
Alemanha : 83 milhões de habitantes
e 6 314 mortos
§
França : 67
milhões de habitantes e 23 660 mortos
§
Itália
: 60,3 milhões de habitantes e 27 359 mortos
§
Espanha : 46,9
milhões de habitantes e 23 822 mortos
§
Holanda : 17,2
milhões de habitantes e 4 711 mortos
§
Bélgica : 11,4 milhões de habitantes e 7 501 mortos
§
Suécia :
10,2 milhões de habitantes e 2 462 mortos
§
Suíça : 8,5 milhões de habitantes e 1
699 mortos
§
Israel
: 8,5 milhões de habitantes e 212 mortos
§
Dinamarca : 5,8 milhões de habitantes e 443 mortos
§
Finlândia : 5,5
milhões de habitantes e 199 mortos
O que proporciona os seguintes rácios « número de
vítimas do Covid-19 por milhão de habitantes”:
§
Bélgica : 657
§
Espanha : 507
§
Itália
: 453
§
França : 353
§
Holanda : 273
§
Suécia : 241
§
Suíça
: 199
§
Dinamarca : 76
§
Alemanha
: 76
§
Finl^ndia : 36
§
Israel
: 24
Quando a poeira que cobre este campo de batalha assentar e
os espíritos tiverem arrefecido, teremos que considerar seriamente as múltiplas
causas destas diferenças nos resultados, como a idade média das populações, práticas sociais e o estado dos hospitais,
o uso de certos tratamentos, os métodos de contagem de vítimas, o equipamento
em gel ou máscara, o clima, as condições climáticas, os níveis de poluição, as consequências
de bloqueios administrativos, a massificação de testes de triagem, a maior ou
menor confusão operacional das administrações que supervisionam o sector da
saúde, a maior ou menor mobilização industrial, o nível de disciplina dos
cidadãos, os tipos de habitat, a maior ou menor previsão das autoridades, etc.
Dito isto, ressalta dos números apresentados, que o
confinamento é o que parece ser: uma manobra de última hora para autoridades
míopes e sem meios, um último recurso arriscado.
Fontes :
§ Nombre de victimes du Covid-19 (tendo em conta dados
facultados pela Université John Hopkins), COVID-19 Dashboard by the Center for
Systems Science and Engineering (CSSE) at John Hopkins University :
§ « Apesar de um forte mortalidade nos lares de idosos e
sem confinamento estricto, o país (Suécia) parece estar na média dos seus
vizinhos europeus em matéria de mortos ligadas ao vírus.» (Article de Slate.fr, 22.4.2020) :
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