quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O papel da Mulher na cidade de Lisboa e no país:

Um debate enriquecedor e que deve ser prosseguido


A convite da candidata do PCTP/MRPP à Presidência da Câmara Municipal de Lisboa, Joana Miranda, estiveram esta 2ª feira na Sala Roma do Hotel Roma, em Lisboa, candidatas de vários partidos e listas independentes às eleições autárquicas na capital.

Para além de Joana Miranda, única candidata feminina à presidência da CML, estiveram presentes as candidatas do PSD, Alexandra Duarte , do PAN, Manuela Gonzaga, do BE, Mariana Mortágua e da Plataforma da Cidadania, Aline Gallasch-Hall.

Conforme se expressava na carta convite, o debate destinava-se a discutir problemas específicos das mulheres, suas expectativas e ansiedades, seus direitos, no contexto da capital, podendo, assim as participantes o entendessem, estender-se a temas comuns a todos os cidadãos lisboetas, independentemente do sexo ou orientação sexual.


Ainda que não houvesse consenso sobre a génese social, política e económica da discriminação a que as mulheres são sujeitas, apesar do regime de paridade (as famosas quotas) a que partidos e plataformas cidadãs, assim como empresas, estão obrigadas a respeitar por lei, o debate foi bastante enriquecedor na medida em que, sem condições prévias de partida, nenhuma das mulheres presentes sentiu qualquer constrangimento em evidenciar as suas opiniões e propostas.


Oportunidade para Joana Miranda defender que a estratégia do PCTP/MRPP para resgatar Lisboa, que passa pelo regresso da indústria à cidade, por uma rede de transportes articulada com concelhos vizinhos – no âmbito da Região Especial de Lisboa que sempre defendemos – e uma rede de creches, infantários e lares – de dia ou de residência – para idosos, é a única que aliviaria a carga de trabalho que, normalmente, se abate sobre a mulher trabalhadora que, para além do seu trabalho profissional se vê confrontada no resto do dia com outras tarefas que sequestram o seu direito ao descanso e ao fruir da vida.

Joana Miranda evidenciou, ainda, que a destruição e falta de conservação de jardins, canteiros e árvores a que se assiste por toda a cidade, em nada contribuem para que o merecido descanso e relaxamento a que as mulheres têm direito, tal como os seus companheiros, seja uma realidade, dando como exemplos a destruição e descaracterização do Jardim do Campo Grande, mas também o abocanhar de cerca de 10% do Parque de Monsanto para a construção de eixos rodoviários que exponenciam a entrada caótica e a invasão de Lisboa pelo automóvel.

A assistir e a participar no debate estavam homens e mulheres, tendo alguns dos presentes dirigido questões às candidatas e expressado as suas opiniões, de forma viva e democrática, o que proporcionou um debate ainda mais vivo e uma participação mais activa por parte de todas as convidadas.


Um debate a repetir, certamente! Da nossa parte todos os esforços serão envidados para que no próximo possamos contar, para além das representantes dos partidos neste debate presentes, com mulheres candidatas nas listas do PS e do PCP que, provavelmente por motivos de agenda, não puderam desta vez participar.

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