Um debate enriquecedor
e que deve ser prosseguido
A convite da candidata do PCTP/MRPP à Presidência da Câmara
Municipal de Lisboa, Joana Miranda, estiveram esta 2ª feira na Sala Roma do
Hotel Roma, em Lisboa, candidatas de vários partidos e listas independentes às
eleições autárquicas na capital.
Para além de Joana Miranda, única candidata feminina à
presidência da CML, estiveram presentes as candidatas do PSD, Alexandra Duarte ,
do PAN, Manuela Gonzaga, do BE, Mariana Mortágua e da Plataforma da Cidadania,
Aline Gallasch-Hall.
Conforme se expressava na carta convite, o debate
destinava-se a discutir problemas específicos das mulheres, suas expectativas e
ansiedades, seus direitos, no contexto da capital, podendo, assim as
participantes o entendessem, estender-se a temas comuns a todos os cidadãos
lisboetas, independentemente do sexo ou orientação sexual.
Oportunidade para Joana Miranda defender que a estratégia do
PCTP/MRPP para resgatar Lisboa, que passa pelo regresso da indústria à cidade,
por uma rede de transportes articulada com concelhos vizinhos – no âmbito da
Região Especial de Lisboa que sempre defendemos – e uma rede de creches,
infantários e lares – de dia ou de residência – para idosos, é a única que
aliviaria a carga de trabalho que, normalmente, se abate sobre a mulher
trabalhadora que, para além do seu trabalho profissional se vê confrontada no
resto do dia com outras tarefas que sequestram o seu direito ao descanso e ao
fruir da vida.
Joana Miranda evidenciou, ainda, que a destruição e falta de
conservação de jardins, canteiros e árvores a que se assiste por toda a cidade,
em nada contribuem para que o merecido descanso e relaxamento a que as
mulheres têm direito, tal como os seus companheiros, seja uma realidade, dando
como exemplos a destruição e descaracterização do Jardim do Campo Grande, mas
também o abocanhar de cerca de 10% do Parque de Monsanto para a construção de
eixos rodoviários que exponenciam a entrada caótica e a invasão de Lisboa pelo
automóvel.
A assistir e a participar no debate estavam homens e
mulheres, tendo alguns dos presentes dirigido questões às candidatas e
expressado as suas opiniões, de forma viva e democrática, o que proporcionou um
debate ainda mais vivo e uma participação mais activa por parte de todas as
convidadas.
Um debate a repetir, certamente! Da nossa parte todos os
esforços serão envidados para que no próximo possamos contar, para além das
representantes dos partidos neste debate presentes, com mulheres candidatas nas
listas do PS e do PCP que, provavelmente por motivos de agenda, não puderam
desta vez participar.
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