quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Propostas para Resgatar uma Capital Sequestrada - Parte V

Direito ao Lazer e aos Espaços Verdes


Mercê da política do pato-bravismo e da invasão do automóvel, Lisboa encontra-se cada vez mais desprovida de espaços públicos de lazer, e de espaços verdes. Lisboa vê a cada dia que passa os seus jardins e árvores a desaparecerem, a serem abatidas por pessoas que nenhuma qualificação têm para tal efeito, já que a Câmara despediu os seus jardineiros e passou a atribuir as suas tarefas – absolutamente essenciais para uma cidade viva e agradável de nela se viver – a empreiteiros externos sem qualquer qualificação na matéria.

Lisboa também carece hoje mais que nunca de um novo e moderno Jardim Botânico onde as pessoas possam, simultaneamente, cultivar a sua relação com a Natureza, aumentar os seus conhecimentos e encontrar a paz e relaxamento a custo zero.

Como deve ter também um grande, moderno e aprazível Parque de diversões à altura duma capital europeia.

Ao contrário do que prometeu a vereação dirigida por António Costa e, particularmente pelo Robin Hood Fernandes, o Zé que não faz falta, nada foi feito para inverter, por um lado, a degradação dos parques e jardins da cidade e, por outro, fazer surgir novos espaços verdes em zonas, como nos Olivais, onde foram lançadas, de forma anárquica novas urbanizações.

Assistimos, exactamente, ao contrário disso. Como já referimos, fruto do despedimento de centenas de altamente especializados jardineiros e cantoneiros, substituídos por autênticos operadores de moto-serra, empresas privadas cujo único objectivo é a obtenção do lucro, sucederam-se os actos de vandalismo e arboricídio, como são exemplo os plátanos da Av. da Liberdade, os jacarandás da Rua Rosa Araújo, a destruição das árvores na Rua Pascoal de Melo e na Ribeira das Naus, a descaracterização e destruição do Jardim do Campo Grande ou da Mata de Benfica.

O que a vereação de António Costa nunca percebeu foi que uma grande parte dos nossos parques e jardins estão a morrer e precisam, por isso, de uma intervenção mais profunda e vasta que passa, não pelo vazamento e implante de florinhas, mas, nomeadamente  pela substituição de árvores.

É nesse sentido que a candidatura do PCTP/MRPP à Câmara Municipal de Lisboa propõe a constituição de uma equipa de recuperação dos parques e jardins de Lisboa, chefiada por técnicos competentes e em articulação com as universidades que, além de conhecerem e respeitarem as árvores e as plantas, conheçam e amem a cidade.


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