Direito ao Lazer e aos Espaços Verdes
Mercê
da política do pato-bravismo e da invasão do automóvel, Lisboa encontra-se cada
vez mais desprovida de espaços públicos
de lazer, e de espaços verdes.
Lisboa vê a cada dia que passa os seus jardins e árvores a desaparecerem, a
serem abatidas por pessoas que nenhuma qualificação têm para tal efeito, já que
a Câmara despediu os seus jardineiros e passou a atribuir as suas tarefas –
absolutamente essenciais para uma cidade viva e agradável de nela se viver – a
empreiteiros externos sem qualquer qualificação na matéria.
Lisboa
também carece hoje mais que nunca de um novo
e moderno Jardim Botânico onde as pessoas possam, simultaneamente, cultivar
a sua relação com a Natureza, aumentar os seus conhecimentos e encontrar a paz
e relaxamento a custo zero.
Como
deve ter também um grande, moderno e aprazível Parque de diversões à altura duma capital europeia.
Ao
contrário do que prometeu a vereação dirigida por António Costa e,
particularmente pelo Robin Hood
Fernandes, o Zé que não faz falta, nada foi feito para inverter, por um lado, a
degradação dos parques e jardins da cidade e, por outro, fazer surgir novos
espaços verdes em zonas, como nos Olivais, onde foram lançadas, de forma
anárquica novas urbanizações.
Assistimos,
exactamente, ao contrário disso. Como já referimos, fruto do despedimento de centenas
de altamente especializados jardineiros e cantoneiros, substituídos por
autênticos operadores de moto-serra, empresas privadas cujo único objectivo é a
obtenção do lucro, sucederam-se os actos de vandalismo e arboricídio, como são
exemplo os plátanos da Av. da Liberdade, os jacarandás da Rua Rosa Araújo, a
destruição das árvores na Rua Pascoal de Melo e na Ribeira das Naus, a
descaracterização e destruição do Jardim do Campo Grande ou da Mata de Benfica.
O
que a vereação de António Costa nunca percebeu foi que uma grande parte dos
nossos parques e jardins estão a morrer e precisam, por isso, de uma
intervenção mais profunda e vasta que passa, não pelo vazamento e implante de
florinhas, mas, nomeadamente pela substituição de árvores.
É
nesse sentido que a candidatura do PCTP/MRPP à Câmara Municipal de Lisboa
propõe a constituição de uma equipa de recuperação dos parques e jardins de
Lisboa, chefiada por técnicos competentes e em articulação com as universidades
que, além de conhecerem e respeitarem as árvores e as plantas, conheçam e amem
a cidade.
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