domingo, 1 de setembro de 2013

O imperialismo americano é um Tigre de Papel!

Finalmente, e conforme já se esperava, o laureado Nobel, Obama, anunciou que o imperialismo americano está preparado para aplicar o “rectificativo” que merece o regime sírio por, segundo alega, ter utilizado armas químicas contra o seu povo, assassinando assim, segundo as “provas” que apresenta, milhar e meio de mulheres, homens e crianças sírias inocentes.

 As "verdades" do imperialismo norte-americano estão bem expressas na guerra do Vietname, na 1ª invasão do Iraque, na 2ª invasão com ocupação do mesmo país, na guerra e ocupação do Afeganistão, no apoio à "democracia" e às "primaveras árabes" com os resultados que se evidenciam dia após dia, na ingerência sistemática em vários países do mundo, nas marionetas que patrocina e coloca em vários governos, etc., etc., etc.

O que é certo é que, dominando, através dos seus “aliados” ocidentais as cadeias de “comunicação social” que destilam diariamente imagens manipuladas e depoimentos “aleatórios” de populares favoráveis a uma intervenção “musculada” dos “amigos americanos”, lá vai criando uma “opinião publicada” favorável a essa intervenção militar. Uma coisa é ingenuidade, outra é...CEGUEIRA!

A hipocrisia de uma superpotência que se arroga o "direito" de ter as armas de destruição maciça mais demolidoras e destrutivas do planeta - as bombas atómicas - que podem liquidar milhões de pessoas e verte hipócritas lágrimas de crocodilo por um milhar e meio de vítimas que morreram por acção de armas químicas. Quando,  outras fontes que não as suspeitas do costume,  isto é, o imperialismo americano, afirmam ter sido utilizadas pelos "rebeldes", mercenários que fizeram o serviço na Líbia e que depois foram deslocados para a Síria e armados pelos seus amigos dos EUA e aliados.

Ainda está fresca na memória de todos os argumentos que o governo imperialista dos EUA utilizaram para invadir e ocupar o Iraque. O facto de o regime de Sadam Hussein possuir armas de “destruição maciça" . Argumento que, face às posteriores evidências foram obrigados a desmentir. Ainda está fresca na memória de todos os argumentos que os imperialistas avançaram para “justificar” o bombardeamento da Líbia, bem como o que resultou destas agressões.

Depois, vêm sempre armar-se em vítimas afirmando que os que se opõem a estas manobras imperialistas e de rapina são anti-americanos. O que é perfeitamente abusivo, já que ao condenar e opor-se às guerras de opressão e domínio levadas a cabo pelos EUA, existe a plena consciência de que uma coisa são as elites, os governos, primeiro dos Bush, agora do "laureado" Nobel, Obama, outra coisa, bem diversa, é o povo americano.

Era como se agora atribuíssemos a todo o povo alemão a loucura assassina de Hitler ou ao povo judeu o genocídio que o governo de Israel pratica em relação aos palestinianos! Ou, mais caseiro, como se considerássemos que o povo português gosta de ser colonizado pelo imperialismo germânico e pela Srª Merkel, apenas porque no governo e na presidência da república estão 3 indivíduos que se prestam a ser seus serventuários...de libré!


As forças anti-imperialistas sabem perfeitamente separar águas! Sabem, nomeadamente, que o facto de estarem contra a invasão da Síria, do Iraque, do Afeganistão, ou a ingerência em vários países - árabes e não só -, não quer dizer que estejam a favor dos regimes que governam esses países. Nada disso! A diferença entre a posição que defendem e a daqueles que apoiam os EUA mas, também, a Rússia, a China ou outras potências imperialistas emergentes, como a Alemanha, é que acham criminoso o "princípio" de que pode haver uma forte "justificação" - de preferência moral, ética ou, como é moda agora, que ponha em causa os "soberanos interesses americanos" - para agredir, invadir, ocupar e dominar outro país.

Cada povo tem de se organizar, tem de mobilizar as forças necessárias, para resolver as suas contradições internas e ver-se livre dos seus tiranos!

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