Oh! Greta, onde é que
petróleo e ecologia combinam?!
O desbotado “cenoura”, o ex-presidente da República Jorge
Sampaio, anunciou hoje, com pompa e circunstância, que a Fundação Gulbenkian tinha
decidido atribuir o Prémio Gulbenkian para a Humanidade, no valor de 1 milhão
de euros, a Greta Thunberg, a
adolescente activista que alega bater-se por um “planeta verde”.
Escolhida entre 136 candidaturas, que correspondiam a 79
organizações e 57 personalidades, a jovem já se comprometeu a aplicar a
totalidade do valor do prémio, através da Fundação com o seu nome, no
financiamento de projectos e actividades em que está envolvida. Ou seja, não
lhe interessa de onde vem o dinheiro, só lhe interessa que ele ... vem!
Ora, convém referir àqueles que passam a vida a
apresentar-se como os lídimos defensores da natureza e do ambiente, que Gulbenkian
era conhecido como o "Senhor 5%", graças a uma daquelas mordomias que
o sistema colonial proporcionava a quem o servisse bem.
Durante décadas arrecadou uma enorme fortuna à custa desta taxa "perpétua" sobre os negócios do petróleo do Médio Oriente. Sobreviveu a várias guerras e crises do petróleo. E a sua fortuna, apesar de ter vendido a petrolífera PARTEX – um dos seus principais activos - aos accionistas tailandeses da PTTEP, não deixa de ter o selo e a marca de um produto que fez verter rios de sangue e deixou no terreno milhões de mortos.
Bem podem Jorge Sampaio (que presidiu ao júri que atribuiu
este prémio) e Isabel Mota – presidente da Fundação Gulbenkian - vir tentar branquear
a história da fortuna Gulbenkian, que deu origem à Fundação com o seu nome,
fazendo crer que, desfazendo-se a Fundação dos activos energéticos fósseis que
mantinha na sua carteira, como que por milagre espontâneo, Gulbenkian e a sua
família,bem como a Fundação a que deu nome,
passariam a estar ilibados de responsabilidades no saque do petróleo e nas
guerras que provocou e provoca.
Gulbenkian nunca se livrará do epíteto do “Senhor 5%”. Nem
das responsabilidades de ter beneficiado de um negócio de sangue, guerra e
rapina dos povos árabes. Pelo que, quem compactua com ele e com a memória dele,
só pode ser considerado cúmplice dessa “herança” cruel.
Para os que agora tentam branquear a história, é preciso denunciar que Gulbenkian decidiu instalar a sede da sua fundação em Portugal – há mais de meio século -, primeiro porque o regime fascista de Salazar e Marcelo com ele acordou maiores benefícios fiscais e, depois, porque a ditadura parecia acautelar qualquer desmando revolucionário que pusesse em causa a sua fortuna.
Mas, nem a "revolução" de Abril colocou o seu património em risco...NUNCA!
Será que a eco-histérica Greta Thunberg, quando em Dezembro deste ano, for
receber o cheque de 1 milhão de euros não ficará preocupada com a possibilidade
de ficar com as mãos sujas de petróleo e do sangue que o imperialismo tem feito
derramar para dominar e controlar as suas reservas em todo o mundo e, em
particular, no Médio Oriente?
Por aqui se vê, por um lado, a coerência desta gente e, por outro, quem é que se dedica a co-financiar estes movimentos pseudo-ecológicos, sem que a origem criminosa ou corrupta desse dinheiro lhes desperte qualquer problema de “consciência”!
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