Paradoxalmente
Vivemos uma grande
época
Estamos a viver um grande momento, a história mundial escreve-se
em tempo real diante dos nossos olhos. A comunicação social a soldo, mesmo
quando procura ocultar a verdade e fazer engolir a propaganda de uma ou de
outra facção do capital, não pode deixar de erguer uma ponta do véu sobre as
negociações, as fraudes, os crimes que um clã comete contra o outro e
vice-versa. A história ensina-nos que uma das condições da insurreição
populista leva a classe dominante a paralisar politicamente até que não possa
mais governar, até perder toda a legitimidade. Estamos a aproximar-nos desse
ponto sem retorno ou de as facções do capital exasperadas por ver as suas fortunas
de "Monkey Money" (dinheiro de fantasia – nota do tradutor) se desmoronar
– se evaporar - apesar dos milhares de biliões de divisas que os bancos
centrais imprimem e que os governos desacreditados e falidos despejam.
Evidentemente, o grande capital é atraído para um processo
de mudança de guarda à cabeça do império do capital mundializado. Esse vasto
programa está-se a desenrolar diante de nós, independentemente de nós, e as
ridículas mascaradas eleitorais não são de natureza a apaziguar a população que
os governos incompetentes estão a tornar precários, empobrecidos,
proletarizados, paralisados e em prisão domiciliária sem entender que sob o
capitalismo assalariado - sem assalariado produtor de riqueza - essa é a
calamidade ... mesmo os serviços de saúde não serão mais assegurados. Que a
senhora pequeno-burguesa não compreenda a relação entre economia produtiva e a assistência
médica de qualidade ... podemos entender.
Mas, que um pateta político que parece vir de Júpiter não compreenda vai para
além da compreensão. A menos que esses políticos calculistas nada possam fazer,
tal como os bilionários que os patrocinam. Isso explicaria as decepções de Donald
Trump, o Republicano, da
mesma forma que explicarão os contratempos do seu possível substituto "Sleepy
Joe" (o Joe Biden “dorminhoco” – nota do tradutor), o Democrata.
O paradoxo dos ricos que liquidam uma
parte da sua riqueza
Estamos a testemunhar o "emburguesamento" (do
inglês «compradorisation» - nota
do tradutor) do capital ocidental (como
havia acontecido há uma trintena de anos atrás com o capital soviético). No
Ocidente, muitos sectores industriais que produzem mais-valia são
desclassificados - em termos de produtividade e lucratividade - e, portanto,
são condenados a fechar. A pandemia seguida de confinamento mortal proporcionou
a oportunidade perfeita para anunciar o encerramento dessas fábricas não
rentáveis em França, no Canadá, nos Estados Unidos e em todo o Ocidente. Não
temam pelos bilionários ocidentais: eles emergirão do confinamento reduzido, mas
ainda ricos. Enfim, eles têm uma escolha? Não, bilionários ocidentais não têm
escolha ... eles devem fechar as suas fábricas não rentáveis o mais rápido
possível, a fim de minimizar custos - não sem antes obter, com a ajuda de
sindicatos reformistas, montes de falsos subsídios dos Estados falidos.
Exemplo: o fabricante britânico de motores aeronáuticos Rolls-Royce realiza 10%
da sua facturação na China e acaba de obter ajuda do governo britânico para
continuar a sua relocalização! O mesmo acontece com a General Motors, que
produz mais de 20% da sua produção na China "Comunista" (sic). A Renault
ameaça fechar fábricas em França se a empresa não obtiver subsídios do estado
francês. A Renault não está a ameaçar fechar as suas fábricas na China. Os
políticos são mobilizados para fazer reclamações patrióticas para justificar
esses subsídios a empresas que ainda assim fecharão as suas fábricas não
competitivas.
A feira das subvenções para bilionários é organizada às custas
dos Estados burgueses sobre- endividados por causa da pandemia falsa. Os
governos do G20 comprometeram-se a gastar 10 triliões de dólares para ajudar a financiar
a saída do confinamento mortal que eles mesmos impuseram e isso está a
arrastar-nos para a recessão com 25 a 30% de desemprego antecipado.
Falsa pandemia e confinamento mortal
Pandemia e confinamento ou não, o colapso económico era
inevitável para o campo Atlântico. O destino está lançado desde a subida de
gama da indústria chinesa, o desenvolvimento do 5G e o lançamento do imenso
projecto das “Novas Rota da Seda”, em que o crescente poder hegemónico da China investirá um trilião de dólares em infraestruturas para reconfigurar as redes
globais de transporte que agora sairão daquele país e se espalharão por todo o
planeta.
A pandemia e o confinamento mortal serviram de pretexto para
justificar essa desclassificação Atlântica e explicar o surgimento do novo
Império Chinês. Aduladores, jornalistas e conspiradores chamam a essa mudança
de guarda, o estabelecimento de uma "Nova Ordem Mundial" pela "Besta
à espreita no estado profundo" (sic) . https://les7duquebec.net/archives/256075.
Resta saber se os dois blocos imperialistas (Estados Unidos e
China) se poderão entender quanto à partilha dos despojos sem recorrer à guerra
bacteriológica ou nuclear.
Todos terão compreendido que esta encenação oportunista -
aproveitando a instável situação económica mundial - não foi efectuada sem
problemas - atritos e confrontos dentro da classe dominante. Durante quatro
anos, o gladiador americano rugiu na sua jaula cada vez mais estreita e desengonçada
e hoje recusam-lhe um segundo mandato (!) Transferir milhares de biliões de
dólares em dívidas soberanas do
estado fétiche, sobre as costas dos proletários é ao mesmo tempo complicado e
arriscado para a camarilha republicana, enquanto a camarilha do capital
financeiro em Wall Street pensa que o cavalo democrata seria mais capaz de
ter sucesso com a farsa.
São cada vez mais numerosas as pessoas que entendem que
esses abonos e essas subvenções salariais a crédito que caem como a chuva terão
que um dia ser reembolsados pelo pagador dos impostos salariais. Quem pode
garantir que a mula assalariada assuma calmamente a sua carga quando se esforça
para suprir as necessidades básicas da sua família e quando o seu emprego não
está garantido? A revolta popular está às portas da Casa Branca, quem quer que
seja o inquilino. A luta de classes torna-se mais complicada dentro do stablishment (sistema – nota do
tradutor) e contra a classe assalariada. https://les7duquebec.net/arhives/255392.
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